Por Davi Pascale
Estive no ultimo domingo
assistindo o show da rapazeada do Leela no bar Lado B, em São Caetano do Sul. Como é comum nos bares da região, a
noite começou cedo e contou com algumas bandas locais. No dia, tivemos 4 bandas
de abertura: Dois Mundos, Junky Monks, DeSexta e Republica Dissidente
Mocambola. Duas com trabalhos autorais e duas de covers. Galera esforçadinha,
mas nada que me impressionasse.
Noite fria, mas nenhuma dor de
cabeça para chegar no local. Na região do ABC, as cidades são todas próximas e
como o show rolou em um domingo, o transito estava livre. Essa foi minha primeira
vez naquele estabelecimento e achei o local rapidinho. O único lado negativo é
que todos os estacionamentos da região estavam fechados e tive que largar meu
carro na rua. Pelo menos, consegui estacionar bem perto do bar.
As bandas faziam sets curtos.
Algo entre 30 e 40 minutos. A bateria era a mesma para todos. Portanto, a troca
de palco era bem rápida. O pessoal do Leela começou o show no horário. Às 21h
em ponto. Sem nenhum minutinho de atraso. Para quem não se recorda ou está por
fora, o grupo é liderado pelo casal Bianca Jhordão (guitarra e voz) e Rodrigo
Brandão (guitarra, sintetizadores) e chegou a ter bastante exposição na época
de seus dois primeiros discos.
Para quem gosta da banda, o que é
meu caso, a noite foi bem bacana. Os músicos fizeram a passagem de som na
frente de todo mundo. Conversaram com o pessoal antes e após o show. Inclusive,
assistiram a ultima apresentação antes deles no meio do publico. Para tornar
tudo ainda mais especial, o local era bem pequeno. Qualquer ponto que ficasse,
a visão era ótima, além de dar um tom bem intimista. Foi como se estivéssemos
assistindo um ensaio aberto. Quem compareceu, se divertiu bastante.
A nova formação – que conta com
Rafael Garga, Eduardo Barreto, além da dupla Rodrigo e Bianca – está bem
azeitada. Rafael senta a mão na bateria. Eduardo toca as linhas de baixo com
segurança. Rodrigo passeia entre guitarras e sintetizadores. Bianca canta,
dança, toca guitarra e theremim. Manja aquele instrumento que o Jimmy Page
“brinca” ao interpretar o clássico “Whole Lotta Love” no filme The Song Remains The Same? Pois é, o
próprio...
Simpáticos, a banda interagia com
a plateia entre as músicas. Com o volume no talo, as músicas ganham mais peso
no show. O repertório foi curto, perto de 10 faixas, mas cobriu toda a
discografia do conjunto. Do seu álbum de estreia apareceram “Sou Assim” e
“Odeio Gostar”. De Musica Todo Dia,
vieram “Cidade Sitiada” e “Por Um Fio/Hey Babe”. De seu segundo trabalho Pequenas Caixas, apareceram “Mundo
Visionário”, além de “Amor Barato”, responsável por fechar a noite.
As surpresas mesmo ficaram por
conta de duas músicas inéditas, além de uma homenagem ao falecido Chris
Cornell. Os músicos que são bastante fãs da cena de rock alternativo relembraram
um velho hit do Soundgarden, a balada “Black Hole Sun”. Show realmente muito
bacana. A única pena é que o repertório foi curto e o tempo passou rapidinho.
Algo entre 45 e 50 minutos de show. Mas, valeu, fazia tempo que não assistia a
banda ao vivo. Deu para matar a saudade...