Por Rafael
Menegueti
Kamelot - Silverthorn |
A poucas
semanas de mais um show dos mestres do power metal sinfônico, Kamelot, no
Brasil, vamos falar do mais recente trabalho da banda, o álbum “Silverthorn”,
lançado em 2012. Este álbum marca a estréia do vocalista sueco Tommy Karevik na
banda. Ele tem a difícil tarefa de substituir Roy Khan.
Difícil tarefa
mesmo! Afinal, não é fácil substituir um vocalista em nenhuma banda. Isso porque
os fãs criam uma identificação muito forte com a voz dos vocalistas. De modo
que, quase sempre, quando uma mudança ocorre, o novo vocalista vira alvo de inúmeros
julgamentos por parte dos fãs. E muitas vezes, eles acabam sendo massacrados, simplesmente
por não serem como seus antecessores. E não seria Tommy que escaparia disso.
Não há como
negar. É bastante perceptível a diferença de estilos entre Roy Khan e Tommy
Karevik. O primeiro tinha uma voz mais marcante, enquanto o novo tem como
principal qualidade o timbre mais suave e um ótimo domínio técnico. No meu
ponto de vista, Tommy é um substituto a altura de Roy, embora sua entrada no
grupo marque um novo estilo para os mesmos.
“Silverthorn”
é um disco bom, com músicas agradáveis e arranjos bem trabalhados. Mas,
comparado aos álbuns anteriores da banda, é bem mais contido. A impressão que
se tem é a de que as músicas poderiam oferecer mais. Poderia ter sido mais
ousado. Parece que eles tiveram receio de inovar e frustar os fãs. Mas isso não
chega a tornar o disco chato, de modo algum.
O fato é
que esse álbum tem excelentes faixas, como “My Confession”, “Sacrimony (Angel
of Afterlife)”, “Torn” e “Prodigal Son”. Também não decepcionam as baladas “Song
for Jolee” e “Falling Like the Fahrenheit”. As participações especiais de Elize
Ryd (Amaranthe), Alissa White-Gluz (The Agonist), e também do quarteto de
violinistas Ekipse foram muito bem incluídas.
Os membros do Kamelot, com Tommy Karevik ao centro |
Assim como
em outros trabalhos anteriores, esse disco conta uma historia. No caso, de uma
garota chamada Jolee, que viveu no século XIX e morreu em um acidente
presenciado pelos irmãos, e se torna uma anjo da vida após a morte. A capa do
disco mostra a imagem de Jolee como uma adulta em espírito. Embora você
precise prestar bastante atenção nas letras para conseguir captar essas
referencias, isso deixa o disco mais interessante e dá um significado às
composições.
Mesmo que “Silverthorn”
não esteja entre os melhores álbuns do Kamelot, vale conferir. Isso porque ele
mostra uma banda em um novo caminho, com músicas interessantes e um novo e
talentoso vocalista. Pode até ser que você estranhe tantas diferenças, mas
definitivamente ele vai agradar os seus ouvidos
Nota:
6,5/10
Status:
Inspirador
Faixas:
1 "Manus Dei"
2 "Sacrimony (Angel of Afterlife)"
3 "Ashes to Ashes"
4 "Torn"
5 "Song for Jolee"
6 "Veritas"
7 "My Confession"
8 "Silverthorn"
9 "Falling Like the Fahrenheit"
10 "Solitaire"
11 "Prodigal
Son"
12 "Continuun"