domingo, 11 de dezembro de 2016

Glenn Hughes – Resonate (2016):



Por Davi Pascale

Glenn Hughes lança novo álbum solo. Em seu décimo quarto disco, musico abraça o rock n roll e lança um de seus trabalhos mais pesados.

Glenn Hughes é um cara que pode cantar de tudo. Dono de um alcance inacreditável e de uma técnica vocal assustadora, transita com facilidade entre o rock n roll, o funk, o blues, o soul e o heavy metal. E o mais impressionante, consegue convencer em qualquer território que se arrisque.

Claro, sempre torcemos para que nos brinde com um álbum de rock. Afinal, tem um histórico e tanto dentro do gênero, com capítulos marcantes ao lado do Trapeze e do Deep Purple. Além de uma passagem relâmpago dentro do Black Sabbath. Invejável, fala aí...

Quem for fã do lado mais funk/soul, daquele lado que explorou em álbuns como Feel, irá delirar com o suingue de “Landmines”, além do bônus “Nothing´s The Same”, uma balada voz/violão, onde Hughes canta com toda sua alma. Entretanto, esse disco é mais recomendado para quem curte o lado mais roqueiro do músico. Em especial de discos como The Way It Is e Return of Crystal Karma.

“How Long” traz um solo de teclado bem na onda do Purple. Outro momento que emocionará aos fãs de Blackmore é a paulada “Steady”. Tente ouvir a introdução dessa música sem se lembrar dos tempos de Burn...

Soren Andersen é o guitarrista do disco. Embora seja conhecido por acompanhar Mike Tramp (White Lion) em sua fase mais Tom Petty, o músico apresenta aqui uma guitarra extremamente suja, trazendo uma áurea quase sombria para as canções de Hughes. Algo facilmente perceptível em faixas como “Let It Shine” ou “God Of Money”.

Temos duas baladas no set regular: “When I Fall” e, a melhor delas, “Long Time Gone”. Essa última poderia facilmente tornar-se um single do disco. Tem todas as características de uma musica de trabalho. Não é longa, tem um refrão que entra fácil na cabeça, além de ser muito bem construída. Arriscaria dizer que é uma das melhores baladas já registradas pelo the voice of rock.

Existem dois álbuns de Glenn Hughes no mercado brasileiro. Esse e o novo do Voodoo Hill. Se tiver que optar entre um ou outro, esse é o disco que você tem que pegar. O disco do Voodoo Hill é muito bem executado, mas as composições ficam a dever um pouquinho. Esse, por outro lado, é absolutamente mortal. Possivelmente, um dos melhores discos solo de Glenn Hughes e, certamente, um dos melhores álbuns de 2016. Indispensável!!!

Nota: 9,0 / 10,0
Status: Destaque do ano

Faixas:
      01)   Heavy
      02)   My Town
      03)   Flow
      04)   Let It Shine
      05)   Steady
      06)   God of Money
      07)   How Long
      08)   When I Fall
      09)   Landmines
      10)   Stumble & Go
      11)   Long Time Go
      12)   Nothing´s The Same