Por Davi Pascale
Glenn Hughes lança novo álbum solo.
Em seu décimo quarto disco, musico abraça o rock n roll e lança um de seus
trabalhos mais pesados.
Glenn Hughes é um cara que pode
cantar de tudo. Dono de um alcance inacreditável e de uma técnica vocal
assustadora, transita com facilidade entre o rock n roll, o funk, o blues, o
soul e o heavy metal. E o mais impressionante, consegue convencer em qualquer
território que se arrisque.
Claro, sempre torcemos para que
nos brinde com um álbum de rock. Afinal, tem um histórico e tanto dentro
do gênero, com capítulos marcantes ao lado do Trapeze e do Deep Purple. Além de
uma passagem relâmpago dentro do Black Sabbath. Invejável, fala aí...
Quem for fã do lado mais
funk/soul, daquele lado que explorou em álbuns como Feel, irá delirar com o suingue de “Landmines”, além do bônus “Nothing´s
The Same”, uma balada voz/violão, onde Hughes canta com toda sua alma. Entretanto, esse disco é mais recomendado para quem curte o lado
mais roqueiro do músico. Em especial de discos como The Way It Is e Return of Crystal Karma.
“How Long” traz um solo de
teclado bem na onda do Purple. Outro
momento que emocionará aos fãs de Blackmore é a paulada “Steady”. Tente ouvir a
introdução dessa música sem se lembrar dos tempos de Burn...
Soren Andersen é o guitarrista do
disco. Embora seja conhecido por acompanhar Mike Tramp (White Lion) em sua fase
mais Tom Petty, o músico apresenta aqui uma guitarra extremamente suja,
trazendo uma áurea quase sombria para as canções de Hughes. Algo facilmente
perceptível em faixas como “Let It Shine” ou “God Of Money”.
Temos duas baladas no set regular: “When I Fall” e, a
melhor delas, “Long Time Gone”. Essa última poderia facilmente tornar-se
um single do disco. Tem todas as características de uma musica de trabalho. Não
é longa, tem um refrão que entra fácil na cabeça, além de ser muito bem
construída. Arriscaria dizer que é uma das melhores baladas já registradas pelo
the voice of rock.
Existem dois álbuns de Glenn
Hughes no mercado brasileiro. Esse e o novo do Voodoo Hill. Se tiver que optar
entre um ou outro, esse é o disco que você tem que pegar. O disco do Voodoo
Hill é muito bem executado, mas as composições ficam a dever um pouquinho. Esse,
por outro lado, é absolutamente mortal. Possivelmente, um dos melhores discos
solo de Glenn Hughes e, certamente, um dos melhores álbuns de 2016.
Indispensável!!!
Nota: 9,0 /
10,0
Status:
Destaque do ano
Faixas:
01) Heavy
02) My Town
03) Flow
04) Let It Shine
05) Steady
06) God of Money
07) How Long
08) When I Fall
09) Landmines
10) Stumble & Go
11) Long Time Go
12) Nothing´s The Same