sábado, 31 de dezembro de 2016

Feliz 2017!!

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Muito obrigado à todos os leitores por mais um ano de confiança. Que o ano de 2017 seja repleto de alegria, amor e muito som. Que todos os seus sonhos se realizem. Feliz 2017!!!!!!

sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

Elvis Presley – The Wonder of You (2016):



Por Davi Pascale

The Wonder of You traz clássicos do rei do rock em novas versões. Disco é continuação do bem sucedido If I Can Dream e irá agradar a imensa legião de fãs do artista.

No ano passado, foi lançado If I Can Dream, onde vários clássicos do rei ganharam uma nova roupagem com orquestração. É exatamente disso que se trata The Wonder of You. Ele é meio que um segundo volume. Inclusive a orquestra que o acompanha é a mesma, a Royal Philharmonic Orchestra. Assim como no primeiro volume, as canções não foram descaracterizadas. A que mais se distancia é “A Big Hunk O´ Love” que ganhou uma nova introdução.

Sim, as vozes são de Elvis Presley. Eles isolaram a voz do Elvis, retrabalharam os arranjos e depois misturaram tudo. Trouxeram o Elvis para os anos 2000. Talvez alguns fãs mais puristas fiquem bravos ao ler sobre, mas é certeza que aqueles que arriscarem à ouvir irão mudar de opinião. O projeto é muito bem feito e muito respeitoso.

Vale lembrar, contudo, que mais uma vez, as canções privilegiadas não são da fase rock n roll. Portanto não espere por versões modernas de “Jailhouse Rock”, “Whole Lotta Shakin´ Goin´ On”, “Tutti-Frutti” ou “Blue Suede Shoes”. O enfoque aqui são as canções românticas e seu repertório gospel.

Por conta da tecnologia de hoje ser mais avançada do que na época em que Elvis era vivo, as orquestrações ganham mais vida, são mais bem definidas. A orquestração de “Memories” deu uma bela encorpada. Ficou lindíssima, por sinal. O mesmo acontece em canções como “I Just Can´t Help Believin´” ou “The Wonder Of You”. Tenho certeza que o cantor ficaria orgulhoso.

Outra que foi levemente modificada foi o clássico “Always On My Mind”. Assim como “A Big Hunk o´ Love” sua introdução foi recriada. É verdade que mexer em clássicos é algo perigoso, mas os músicos foram bem felizes. A versão final ficou muito bonita. Outros grandes destaques ficam por conta de “Amazing Grace” e da divertida “I´Ve Got a Thing About You Baby”.

Como nada é perfeito nessa vida, cometeram, mais uma vez, o mesmo deslize do primeiro volume. Criaram um dueto fake entre Elvis e um artista atual. Em If I Can Dream, a bola fora era o Michael Bublé. Dessa vez, ficou por conta de Helene Fischer. Uma cantora pop da Russia. A garota é bonita, canta bem, mas essa ideia de forjar duetos, nunca me agradou.

The Wonder Of You demonstra que o repertório de Elvis não envelheceu. Sua voz ainda impressiona e comove. Era impressionante a afinação, a facilidade que tinha de trabalhar com diferentes gêneros e, principalmente, de tomar a musica para si. Uma vez registrada na voz dele, dificilmente lembrava-se do artista original. Salvam-se raríssimas exceções. Sem dúvidas, trata-se de um CD bem bonito para ouvir com sua família na virada de ano. Fica a dica...

Nota: 9,0 / 10,0
Status: Excelente

Faixas:
      01)   A Big Hunk O´ Love
      02)   I´ve Got a Thing About You Baby
      03)   Suspicious Minds
      04)   Don´t
      05)   I Just Can´t Help Believin´
      06)   Just Pretend
      07)   Love Letters
      08)   Amazing Grace
      09)   Starting Today
      10)   Kentucky Rain
      11)   Memories
      12)   Let It Be Me
      13)   Always On My Mind
      14)   The Wonder of You 
      15)   Just Pretend (c/ Helene Fischer)

quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

CPM 22 – Ao Vivo no Rock In Rio (2016):



Por Davi Pascale

Show do CPM 22 no Rock in Rio chega ao mercado em CD e DVD. Apresentação traz performance redonda, repertório cheio de hits e banda consagrada.

Existe muito fã de rock n roll que não gosta de bandas radiofônicas, nunca tive problema com isso. Até porque muitos dos artistas tidos como clássicos do rock também possuem uma sonoridade comercial. Claro que não estou me referindo ao CPM como uma banda clássica, longe disso, mas se aceitamos tal atitude da velha geração, por que tem de ser diferente com a nova geração?

Não há nada de errado com o grupo de Badauí. Fazem canções punk com um acento pop. Instrumental simples, porém bem trabalhado. Ok, algumas letras poderiam ser melhores, mas isso não é exclusividade deles... Para o bem ou para o mal, mesmo com todas as críticas sofridas por um publico mais conservador e por críticos musicais, os caras sobreviveram às mudanças de mercado e construíram uma carreira.

O show no Rock in Rio é a prova disso. 14 músicas, onde ao menos 10, são conhecidas entre admiradores e detratores. Público com todas as letras na ponta da língua e com uma empolgação fora do comum. Realmente, muito bacana ver o grande publico apoiando a banda dessa forma em um evento desses. A reação da galera em “Um Minuto Para o Fim do Mundo” é impressionante.



Claro que a resposta voltava-se para os músicos que devolviam com o dobro de energia que costumam se apresentar. O repertório está muito bem executado. Destaque vai para o trabalho de bateria de Ricardo Japinha que demonstra ser um músico criativo. A parte de guitarra e baixo destaca-se pela energia. As linhas são bem simples. Badauí nunca foi dono de uma grande voz, mas está cantando melhor do que o costume.

Duas músicas do setlist ficaram de fora do CD. Não sei se quiseram manter a tradição de 14 faixas, mas não teria cortado “Ontem” do repertório final.  O cover do Ramones – “Sheena Is a Punk Rocker – ok, acaba funcionando melhor no DVD mesmo, mas “Ontem” eu teria deixado no compact disc também. É uma faixa marcante na trajetória dos garotos.

Os músicos falam pouco durante o show. Quando falam, são os previsíveis agradecimentos ressaltando a importância do festival e a felicidade de estarem tocando no mesmo palco onde grandes monstros do rock já se apresentaram. Realmente, o festival já trouxe shows históricos como Queen (nos tempos de Freddie Mercury), Whitesnake, Faith No More (fase Real Thing) só para citar alguns.

Ótimo trabalho de uma banda que não tem medo de ser popular. Repertório bom, execução boa, qualidade de gravação boa. Claro, se tua praia é heavy metal, não precisa perder seu tempo. Caso contrário, vale conferir. Belo show! Simples, direto, com garra. Ouça!

Nota: 9,0 / 10,0
Status: Ótimo

Faixas:
      01)   Regina Let´s Go
      02)   O Mundo Dá Voltas
      03)   Tarde de Outubro
      04)   Dias Atrás
      05)   Não Sei Viver Sem Ter Você
      06)   Atordoado
      07)   Vida ou Morte
      08)   Um Minuto Para o Fim do Mundo
      09)   Irreversível
      10)   Apostas & Certezas
      11)   Não Vá Embora
      12)   Inevitável
      13)   Anteontem 
      14)   Desconfio

quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

Vespas Mandarinas – A Man Without Qualities (2015):



Por Davi Pascale

Compacto do Vespas Mandarinas resgata faixas obscuras e traz sonoridade bem diferente do seu debut Animal Nacional. Trabalho bem bacaninha...

Desde que a Polysom resolveu resgatar o bom e velho vinil que o pessoal resolveu fazer uma verdadeira viagem no tempo. Atualmente, temos artistas brasileiros prensando seus discos em fitas K7. Outro resgate bem interessante foi o do compacto. Nos anos 80, a galera prensava compacto com as faixas de trabalho. Depois, pararam. O mais bacana desse resgate é que grande parte dos compactinhos de hoje são formados com canções inéditas. É exatamente esse o caso do Vespas Mandarinas.

Entre os fãs, é comum se referirem à ele como O Ovo Enjaulado. Muito provavelmente por conta da arte que estampa a campa do disco, mas não há nenhuma faixa com esse nome por aqui. O formato optado foi o do compacto simples. Ou seja, uma musica em cada lado. Alguns artistas, antigamente, prensavam compacto duplo. Tratava-se de uma mídia apenas, porém, com duas faixas em cada lado.

“Estrada Escura” é uma canção que ficou de fora do seu debut. A faixa é boa, mas é bem diferente da sonoridade tradicional do conjunto. Trata-se de uma balada psicodélica. Lembra um pouco o Oasis fase Standing On The Shoulder Of Giants. Ou ainda, alguma faixa perdida da banda gaúcha Cachorro Grande.

O grande creme, contudo, é a versão em inglês de “Um Homem Sem Qualidades” cantada pelo Mark Arm (Mudhoney). O Vespas chegou a abrir um show do Mudhoney e convidou o músico para gravar a versão em inglês da canção e ele topou. 

A versão em inglês, contudo, não foi escrita pelo Mark e, sim, pelo letrista do grupo Adalberto Rabelo Filho. Outra curiosidade é que o baixo de “A Man Without Qualities” foi gravado pelo não menos genial Lee Marcucci (Tutti-Frutti, Radio Taxi). A música ganhou uma sonoridade mais crua, bem alternativo, nos remetendo direto à cena grunge. Ficou bem interessante!

A Man Without Quailities ou O Ovo Enjaulado, como queiram, é um trabalho simples, mas bem resolvido. O Vespas Mandarinas fez um álbum de estreia bem interessante. Dessa galera que faz um rock com um pé no mainstream foi o que se saiu melhor, nos últimos tempos. Boas faixas, boas letras. Provavelmente, irei escrever sobre o Animal Nacional e o DVD ao vivo deles daqui um tempo. De todo modo, como disse, as faixas aqui fogem do som do debut. Portanto, mesmo se você não curtiu o disco de estreia, vale uma checada.

Nota: 7,5 / 10,0
Status: Bom

Faixas:
      01)   A Man Without Qualities 
      02)   Estrada Escura

terça-feira, 27 de dezembro de 2016

Twisted Sister – Metal Meltdown: Live From The Hard Rock Casino Las Vegas (2016):



Por Davi Pascale

Twisted Sister lança novo DVD ao vivo. Show, realizado em homenagem à A.J. Pero, é focado em clássicos e traz banda transbordando energia. Mike Portnoy se mantém fiel às canções.

Em 20 de Março de 2015, os fãs do Twisted receberam uma notícia que os deixaram chocados. Anthony Jude Pero, mais conhecido como A.J. Pero, havia morrido de uma parada cardíaca aos 55 anos de idade. Algumas semanas depois, mais precisamente em 07 de Abril de 2015, os músicos anunciaram que fariam alguns shows em homenagem ao baterista e logo depois embarcariam para sua última tour, Forty And Fuck It. Quem ocuparia o lugar de Pero nessas apresentações finais seria nada mais, nada menos do que o ex-Dream Theater, Mike Portnoy.

Esse DVD que chega agora ao mercado é justamente o primeiro show dessa leva final. A apresentação foi registrada no The Joint Hard Rock Hotel, em Las Vegas. Na mesma noite, apresentaram-se Extreme, Great White e Skid Row. Tudo que um fã de hard rock poderia querer...

Apesar de ter sido criado em homenagem ao falecido músico, o show não tem um clima down. Mark Mendoza continuava socando o baixo, Dee Snider pulando feito um louco de um lado para o outro, gritando no microfone e chacoalhando a cabeça. Os guitarristas Eddie Odeja e Jay Jay French são os que apareciam mais abalados. Apesar de não falarem no assunto, era perceptível pelas suas expressões faciais que estavam um pouco tristes. Moviam-se pouco, estavam mais sérios do que o de costume. As músicas, contudo, eram executadas com a mesma garra de sempre.

O repertório é o típico repertório do Twisted Sister. Iniciando com “What You Don´t Know” e “The Kids Are Back” e encerrando com “S.M.F.”. Sem espaço para novidades ou lados B, mandam clássicos atrás de clássicos: “Come Out And Play”, “Stay Hungry”, “Shoot ´Em Down”, “I Believe In Rock n´ Roll”, “We´re Not Gonna Take It”, “The Price”, “I Wanna Rock”...

Mike Portnoy foi o escolhido para completar a tour. Quem conhece seu trabalho ao lado do Dream Theater, ou ainda com o Liquid Tension Experiment, sabe o quão fera esse cara é. Dono de uma técnica absurda, Portnoy virou referência no instrumento. Depois que a banda de James La Brie despontou com “Pull Me Under” todo mundo que comprava uma bateria queria aprender algo do Dream Theater. Conseguir tocar uma música do cara era a certeza de que estava no caminho certo no mundo da música.

O grande problema quando se coloca um músico muito técnico em uma banda com uma sonoridade mais direta, como o Twisted Sister, é que corre-se o risco do músico matar a essência do conjunto. Isso não ocorre aqui, contudo. Assim como faz em seus projetos covers, Portnoy se manteve fiel às canções, tocou do jeito como foram escritas. Portanto, se você não curte prog metal, não precisa ficar com medo de adquirir o novo trabalho.

A.J. Pero foi lembrado no show com o número “A.J. Pero Tribute”, onde foi exibido nos telões um número solo do musico. Atitude muito bacana. Além do show, o DVD traz um documentário de 90 minutos e o áudio do show em CD. Para mim, o único ponto baixo. Sim, gosto de discos ao vivo e os considero uma boa banda nos palcos. O problema é que no CD, todas as faixas acabam com fade out. Isso acaba tirando um pouco o brilho, para mim.

Metal Meltdown é uma bonita despedida da cena e uma bonita homenagem ao companheiro de longa data. A apresentação do Extreme já foi lançada oficialmente e em breve estarei comentando por aqui. Na torcida agora para lançarem os outros shows, em especial, o do Skid Row. Será que lançam?

Nota: 9,0 / 10,0
Status: Fantástico

Faixas:
      01)   What You Don´t Know (Sure Can Hurt You)
      02)   The Kids Are Back
      03)   Stay Hungry
      04)   The Beast
      05)   Shoot Em´ Down
      06)   You Can´t Stop Rock n´ Roll
      07)   I Believe In Rock n´ Roll
      08)   Under The Blade
      09)   I´Am (I´m Me)
      10)   We´re Not Gonna Take It
      11)   The Fire Still Burns
      12)   The Price
      13)   Burn In Hell
      14)   A.J. Pero Tribute
      15)   I Wanna Rock
      16)   Come Out And Play
      17)   S.M.F.

segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

George Michael and Queen with Lisa Stansfield – Five Live (1993):



Por Davi Pascale

Ontem à noite, em pleno Natal, recebemos uma das notícias mais tristes do ano. O astro pop George Michael morreu aos 53 anos. A causa da morte não foi revelada. E, infelizmente, pode ter sido qualquer coisa. O cantor tinha histórico de vida desregrada com aventuras sexuais, bebidas e drogas. Entretanto, nada disso tira seu valor e seu inegável talento na música. George foi um dos artistas pop que ganharam a admiração dos roqueiros. Tanto entre os ouvintes, quanto entre os músicos. Não poderíamos deixar de fazer nossa homenagem ao rapaz.

Considero Listen Without Prejudice sua grande obra-prima, contudo, para aqueles que não estão muito acostumados com a sonoridade pop ou que questionam seus dotes vocais, esse EP acaba sendo uma grande porta de entrada. Em 19 de Abril de 1993 chegava às lojas Five Live. Disco muito aguardado entre muitos pois, finalmente, seria lançado oficialmente sua tão falada participação no show tributo ao Freddie Mercury.

O concerto foi realizado em 20 de Abril de 1992. Aproximadamente, 5 meses após a morte do emblemático cantor do Queen. Grandes nomes do rock e do pop celebraram a obra de Freddie Mercury em uma histórica apresentação no Wembley Stadium. Entre eles; Axl Rose, Metallica, Extreme, Annie Lennox, Seal, mas quem chamou a atenção mesmo foi George Michael. Contando apenas com 29 anos nas costas, o cantor optou por interpretar “Somebody To Love”, uma faixa extremamente difícil e, mesmo assim, brilhou no evento. Além de ser super afinado, conseguiu reproduzir o dificílimo falsete no fim da canção.

Era comum em determinado momento do show rolarem alguns duetos. O cantor britânico dividiu os microfones com a cantora Lisa Stansfield em “These Are The Days Of Our Lives”. Mais uma vez, funcionou incrivelmente bem. Ambas as versões, entraram no CD. No dia, ainda teve mais uma que ficou de fora, “39”, originalmente cantada por Brian May. Quem sabe não lançam um dia?

Em 1991, George Michael lançou sua turnê Cover to Cover, onde misturava canções de seu repertório com suas músicas preferidas. A turnê passou pelo Brasil, como parte da segunda edição do Rock In Rio. O EP foi concluído com 3 faixas dessa turnê. De quando ele se apresentou no mesmo Wembley Stadium, mais precisamente no dia 22 de Março de 1991. As escolhidas da vez foram “Killer” (Adamski), “Papa Was a Rolling Stone” (Temptations) e “Calling You”, trilha sonora do filme Bagddad Café. O medley de “Killer/Papa Was a Rolling Stone” ganhou uma versão editada e foi transformada em um single de bastante sucesso.

Five Live teve grande repercussão e conseguiu atingir a marca de 5.000.000 de discos vendidos. Nenhum músico viu um tostão sequer. Todo o dinheiro arrecadado com as vendas desse material foi destinado à Mercury Phoenix Trust, entidade criada pelos músicos do Queen para ajudar no combate à Aids.

Algumas edições receberam uma sexta faixa, “Dear Friends”. A música já era conhecida entre os fãs do Queen, faz parte do clássico Sheer Heart Attack, e acredito que tenha entrado aqui pela mensagem da letra. A versão era a mesma.

Em relação ao George Michael... É inegável seu talento, uma das vozes mais afinadas, além de ser um artista extremamente versátil, com arranjos de uma qualidade ímpar. Também é inegável a influência que tinha no mundo da música. Entre seus admiradores estavam gente do porte de Elton John, Paul McCartney, Paul Stanley, Queen... Esqueça esses posts do tipo ‘gênio coisa nenhuma’, ‘agora todo mundo é fã’ e outras babaquices e dê uma chance à um dos grandes talentos do universo pop. Agora não é hora de diminuir o trabalho do cara. Pelo contrário, é hora de celebrar sua arte...

Nota: 10,0 / 10,0
Status: Excelente

Faixas:
      01)   Somebody to Love
      02)   Killer
      03)   Papa Was a Rollin´ Stone
      04)   These Are The Days of Our Lives with Lisa Stansfield
      05)   Calling You 
      06)   Dear Friends

domingo, 25 de dezembro de 2016

Brian Setzer Orchestra – Rockin´ Rudolph (2015):



Por Davi Pascale

Hoje é Natal!!! E, como de costume, trago uma dica para alegrar suas festas com álbuns de primeiríssimo nível. A dica, dessa vez, é um álbum gravado pelo Brian Setzer Orchestra. Recheado de rock e jazz, o disco vai deixar seu Natal mais feliz.

Adquiri esse CD meio por acaso. Foi mais um daqueles discos que trouxe da minha recente viagem. Quando visitei a Best Buy, no ultimo Novembro, haviam vários discos de Natal em oferta. Como sei que vários artistas do rock fazem esse tipo de registro, dei uma checada. Dito e feito. Encontrei dois CDs do gênero que não conhecia. Um registro do Train e esse do Brian Setzer.

Para quem não associou o nome à pessoa, Brian Setzer era o líder do Stray Cats. Aquele grupo que invadiu as rádios nos anos 80 com canções de rockabilly como “Rock This Town” e “Stray Cat Stuff”. Esse trabalho, contudo, está com uma pegada mais jazz. Aquela sonoridade bem típica de Natal norte-americano.

O repertório é extremamente agradável. Quem já ouviu algum disco do gênero, certamente, identificará várias das canções apresentadas aqui. Não se trata de um trabalho autoral. Simplesmente, criou releituras para canções natalinas. Aqui no Brasil, não foi criado esse costume, mas nos Estados Unidos essas músicas são tão parte do Natal, quanto montar uma árvore de Natal.

Uma pena que não exista esse costume por aqui. As canções são alegres, quase sempre com uma mensagem bonita por trás. Embora seja conhecido por ser um cantor de rock, Setzer sai bem na interpretação vocal. As faixas escolhidas casaram bem em sua voz. Em especial; “Here Comes Santa Claus” e “Have Yourself a Merry Little Christmas”.

Também há espaço para algumas canções instrumentais, presentes na segunda metade do disco. As faixas são bonitas, mantém o espírito natalino de paz e alegria. A produção do disco ficou nas mãos de Peter Collins. Renomado produtor que já trabalhou com nomes como Alice Cooper, Rush, Queensryche e Suicidal Tendencies. Apesar do currículo, o rapaz conseguiu manter o espírito do projeto.

O lado rockabilly de Setzer está mais sutil, mas aparece em algumas canções. Para ser mais preciso em “Rockabilly Rudolph” e “Rockin´ Around The Christmas Tree”. O ponto alto do disco, contudo, fica por conta da jazzy “Yabba-Dabba Yuletide”. Uma genial paródia criada em cima de “Flinstones Theme Song”. Sim, é isso mesmo que você está imaginando. O cara criou uma música de natal em cima do tema do Flinstones. E, de boa, ficou genial!

Rockin´ Rudolph é muito bem feito. Muito bem gravado, muito bem cantado e muito bem tocado. E o mais bacana de tudo, resgata direitinho o clima natalino. Disco muito bacana para deixar rolando durante a reunião de família. Fica a dica!

Nota: 9,0 / 10,0
Status: Divertido

Faixas:
      01)   Rockin´ Around The Christmas Tree
      02)   Yabba-Dabba Yuletide
      03)   Most Wonderful Time Of The Year
      04)   Rockabilly Rudolph
      05)   Here Comes Santa Claus
      06)   Have Yourself a Merry Little Christmas
      07)   Swingin´ Joy
      08)   Carol Of The Bells
      09)   Little Jack Frost
      10)   Hark! The Herald Angels Sing
      11)   O Little Town of Bethelehem 
      12)   Yabba-Dabba Yuletide (Extended)

sábado, 24 de dezembro de 2016

Notícias do Rock

Por Davi Pascale

Hoje é véspera de Natal. Amanhã farei um post relacionado ao tema. Enquanto o post não vem, trago para vocês, alguns dos principais acontecimentos da ultima semana. Fiquem com mais uma edição do Notícias do Rock. Ho, ho, ho... Feliz Natal!!!


Judas Priest lançará edição deluxe de Turbo



O lendário grupo Judas Priest está em estúdio preparando o sucessor de Redeemer of Souls. Enquanto o disco novo não vem, os músicos reeditam o polêmico Turbo. Assim como a recente reedição de Defenders Of The Faith, o CD será triplo e trará como bônus um show da turnê. Nesse caso, a apresentação de Kansas City. Muito bacana...


Journey ganha votação para Rock n Roll Hall of Fame



Como de costume, o Rock n Roll Hall of Fame lançou uma votação para que o público escolhesse um dos artistas a serem premiados em 2017. As opções eram Pearl Jam, Cars, Yes, Electric Light Orchestra e Journey. O grupo de Neal Schon venceu.Vamos ver como fica a história agora. A premiação tem mania de homenagear somente a formação original. No caso do Journey, a fase mais amada é a do Steve Perry. E aí? Irão ignorar o trabalho de Fleischman? De Perry? Bem, certeza que Augeri e Pineda estarão fora da premiação, o que considero uma pena... Parabéns à banda, contudo!


Morre musico do Status Quo



Essa manhã recebemos a notícia de que Rick Parfitt, guitarrista do Status Quo, morreu. O musico, presente desde o início, havia sido internado em um hospital da Espanha para tratar de um machucado no ombro e acabou contraindo uma infecção. Seu estado de saúde, contudo, era delicado. O músico já tinha vencido um câncer na garganta e tinha 4 stents no coração. Descanse em paz!


Sepultura lança música nova

O maior grupo de heavy metal do Brasil, acaba de lançar sua nova música. A faixa estará presente em Machine Messiah, seu décimo quarto álbum de estúdio que chega às lojas dia 13 de Janeiro via Nuclear Blast. O guitarrista Andreas Kisser declarou em recente entrevista à Metal Hammer que o disco trata sobre a robotização da sociedade. Confira a faixa a seguir...


sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

Toto – Live At Montreux 1991 (2016):



Por Davi Pascale

Show raro do Toto chega ao Brasil pela Som Livre. Material, lançado em CD e DVD, traz o grupo em época delicada, mas com o profissionalismo de sempre.

Início dos anos 90 foi uma época delicada para a galera do Toto. Joseph William saiu da banda. Na época, os integrantes queriam trazer Bobby Kimball de volta, mas a gravadora insistiu que contratassem Jean-Michael Byron, um cantor sul-africano. A parceria durou pouco. Os músicos não aguentaram os ataques de estrelismo de Byron e demitiram o rapaz. O guitarrista Steve Lukather resolveu assumir temporariamente o vocal. Foi nessa época que o registro ocorreu.

Quando realizaram essa apresentação em Montreux, o álbum Kingdom of Desire estava sendo preparado. Os músicos optaram por demonstrar algumas músicas em primeira mão. As escolhidas foram a faixa-título e a instrumental “Jake To The Bone”. Essa conta com uma pegada meio jazz, bastante quebrada de tempo, serve para demonstrar todo o potencial dos músicos. O Toto sempre trabalhou com músicos de primeiro nível. Conforme esperado, os caras arregaçam.

O primeiro LP do grupo – Toto (1978) – contava com 6 integrantes. Nesse show, estavam reduzidos à um quarteto: Mike Porcaro (baixo), Jeff Porcaro (bateria), David Paich (teclado) e Steve Lukather (guitarra). Para cair na estrada, contrataram um percussionista e 3 backing vocals (2 garotas e um rapaz). Anos 80 e 90 era comum, os artistas utilizarem backing no palco. Eric Clapton, Rolling Stones e Phil Collins são ótimos exemplos.

O setlist é curto. 8 faixas em um pouco mais de uma hora de show. Dos hits, apenas 3 aparecem por aqui: “Rosanna”, “I´llbe Over You” e “Africa”. Ou seja, somente aquelas que foram realmente um marco na trajetória dos rapazes. Por incrível que pareça, “Hold The Line” ficou de fora. “Africa” foi cantada pelo tecladista David Paich e Fred White, um dos backings.

No resto do espetáculo, quem assume os vocais é o guitarrista Steve Lukather. Foi ele, inclusive, quem assumiu o vocal no trabalho seguinte. Steve demonstrou ser um bom vocalista, afinado e seguro, mas é nas guitarras mesmo que ele chama a atenção. Principalmente, na versão de “Red House”, canção de Hendrix que o rapaz dedicou aqui à Stevie Ray Vaughan. Famoso guitarrista que havia morrido à pouco menos de um ano.

Mais uma tragédia ocorreria um pouco tempo. Marcante, principalmente, para os fãs de Toto. O baterista Jeff Porcaro seria encontrado morto em 5 de Agosto de 1992, vítima de uma overdose de cocaína. Portanto, esse show acaba sendo meio essencial na coleção dos fãs. Afinal, é uma das últimas apresentações ao lado do músico.

Embora todos sejam excelentes instrumentistas, quem rouba a cena mesmo, nessa apresentação, é o guitarrista Steve Lukather e o tecladista David Paich. Assisti-los com atenção é o mesmo que ter uma aula de música. Não é brincadeira o que esses caras tocam e os dois estavam inspiradíssimos nessa noite.

Toto Live At Montreux 1991 não é uma fita greatest hits live. Contudo, chama atenção pela qualidade da performance e conta com um bom repertório. Fita recomendada não apenas aos fãs do conjunto, mas aos fãs da boa música em geral.

Nota: 10,0 / 10,0
Status: Profissional

Faixas:
      01)   On The Run
      02)   Kingdom of Desire
      03)   I´ll Be Over You
      04)   Africa
      05)   Take To The Bone
      06)   Red House
      07)   Rosanna 
      08)   I Want To Take You Higher

quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

Skid Row – Under The Skin: The Making of Thickskin (2003):



Por Davi Pascale

Under The Skin marca recomeço do Skid Row. Vídeo é curto e mostra músicos bem-intencionados, com gana de seguir em diante.

Sim, eu sei. Sebastian Bach era a cara do grupo e grande parte de seus fãs sentem sua falta. Indiscutível. Ainda assim, a trupe do Skid Row vem fazendo um trabalho digno. Se por um lado, não resgata a magia do passado; de outro, está acima do que boa parte das bandas fazem atualmente. Posso dizer isso sem medo porque tive a oportunidade de assisti-los mês passado e o show me surpreendeu.

O vocalista aqui não era nem o Tony Harnell, nem o Sebastian Bach e nem o ZP Theart. O responsável por assumir a bronca, nessa época, era o Johnny Solinger. Um vocal que sempre dividiu opiniões. Realmente, o alcance dele era um pouco mais baixo do que o dos outros caras, mas eu curtia seu trabalho vocal. Tinha um bom timbre. Meio rasgadão. Nas músicas mais pesadas, em alguns momentos, ele me lembrava o John Bush (Anthrax). Aparentemente, a intenção dos músicos era se desligar do passado. Se era isso, conseguiram. Não apenas o vocal era diferente, como a banda seguia por outros caminhos.

O show que assisti recentemente foi bem nostálgico. Me senti de volta à 1993. Parece que as músicas dessa segunda fase ficaram para trás. Claro que para nós, fãs, é genial a sensação de voltar no tempo, mas se fosse músico da banda, insistiria em alguns sons da fase mais atual. Os discos mais recentes têm boas músicas. Em especial, o Thicksin, que era o trabalho que estavam lançando nessa época.

O curta mostra a banda nesse período. Explicam a ideia do retorno, a busca pelo novo vocalista, trazem alguns trechos de shows e das gravações do então novo álbum. Apenas 2 músicas estão na íntegra – “Thick Is The Skin” e “One Light”. Clipes criados com imagem a partir da gravação do CD. Interessante!

A ideia da fita é seguir o padrão dos VHS´s dos anos 80. Ou seja, trata-se do que era chamado de homevideo. Um filme curto – nesse caso, aproximadamente 50 minutos – com depoimentos dos músicos, cenas de bastidores, filmes caseiros, cenas engraçadas. Não é um documentário realizado com a intenção de explicar a trajetória e, sim, mostrar o que a banda é naquele momento. Como o vídeo não é muito longo, acaba sendo interessante de assistir.

Era possível notar que os dias de glória, infelizmente, haviam ficado para trás. Os shows eram realizados em locais pequenos, os ensaios em lugares minúsculos. É nítido que a ideia de recomeço reapareceu em todos os sentidos. Legal que os músicos não deixaram se abalar com a situação...

A única frustração veio nos extras. A ideia é bacana. Entra uma imagem do grupo na tela, você clica em um integrante e aparece algo relacionado à aquele integrante. O mais bacana foi o do guitarrista Dave Snake Sabo com um solo inspirado no meio de “Beat Yourself Blind”. Phil Varone colocou imagens dele gravando uma música do novo álbum. A ideia é legal, mas não tem o músico indo e voltando e a linha de bateria é bem simples. Não é algo tão curioso assim. Solinger poderia ter optado por algo mais bacana do que mostrar ele cozinhando ao som de uma música mexicana. Fala sério...

Under The Skin, certamente, não tem a mesma magia de Oh Say Can You Scream ou Roadkill, mas diverte. Ainda estou esperando por um DVD ao vivo desses caras, Para assistir de forma despretensiosa...

Nota: 7,0 / 10,0
Status: Agradável

quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

Heart – Live At The Royal Albert Hall With The Royal Philharmonic Orchestra (2016):



Por Davi Pascale

Ann e Nancy Wilson lançam novo DVD ao vivo. Misturando novas e velhas canções, as irmãs renovam o seu material ao dividir o palco com uma orquestra.

Já perdi as contas de quantas vezes a galera do Heart colocou um DVD ao vivo no mercado. Seus fãs estão muito bem abastecidos de imagem da banda. Pelo menos, em relação à essa nova fase. Esse novo vídeo ganha um diferencial ao contar com a participação da Royal Philharmonic Orchestra em metade do set. Exatamente, não é em todo o show.

As garotas abrem a apresentação com o rock “Magic Man” e, logo em seguida, chamam a orquestra ao palco. Uma pena que tenham optado por realizar apenas metade do show dessa forma. E uma pena que não tenham seguido uma sugestão do maestro. Durante um bate papo com a dupla, o rapaz sugeriu que fizessem juntos uma versão de “Stairway to Heaven”. Elas negaram porque afirmaram que já constava no set um cover do Led no bis. Caramba, essas chances não se perdem. O resultado teria ficado sensacional.

Algumas músicas ficaram interessantíssimas ao lado da orquestra. Os grandes destaques ficam por conta de “Dreamboat Annie”, “Sweet Darlin´”, “These Dreams” e “Alone”. Outra que ficou lindíssima foi a versão que fizeram de “Two”, uma canção do Ne-Yo, na voz de Nancy Wilson. Embora não seja muito comentado seus dotes vocais, a moça conta com uma ótima voz e é extremamente afinada. A música ficou lindíssima na sua interpretação.



Ann Wilson continua debulhando nos vocais. Impressionante a força que ainda tem na voz, as notas que consegue atingir. Nancy continua mandando super bem nos violões. Perceptível, principalmente, na execução de “Silver Wheels”. Não é segredo para ninguém que as duas são grandes fãs do Led Zeppelin, portanto, não me estranhou os segundos de “Babe, I´m Gonna Leave You” inseridos no meio da canção.

Como disse, elas comentaram com o maestro que tocariam um som do Zeppelin. E assim foi... A escolhida da vez foi o clássico “No Quarter” e, mais uma vez, ficou espetacular. Não sei como elas ainda não gravaram um álbum tributo ao Led Zeppelin ainda.

O setlist passa por todas as fases da banda. “Barracuda” e “Crazy On You” nos remetem aos primórdios. Antes da fase comercial que é tão conhecida aqui no Brasil. A galera que começou a se ligar nelas nos anos 80, irá delirar com “What About Love” e “These Dreams”. Também vale se ligar na já citada “Sweet Darlin´”, uma canção de Bebe Le Strange que ganhou uma nova releitura no último disco do grupo, Beautiful Broken. Ficou bem interessante. A fase mais recente é resgatada em “Mashallah” e “Sand”.

A apresentação é extremamente profissional. Os músicos que estão por trás são de primeira. A produção de palco é lindíssima. A parte com a orquestra ficou sensacional. Tem muita banda de rock que quando se aventura nesse universo, o som fica meio embolado. Com elas, isso não aconteceu. Os arranjos estão muito bem resolvidos. E, como disse, as duas estão em grande forma. Vídeo excepcional!!!

Nota: 9,0 / 10,0
Status: Profissional

Faixas:
      01)   Magic Man
      02)   Heaven
      03)   Dreamboat Annie
      04)   What About Love
      05)   I Jump
      06)   Sweet Darlin´
      07)   Two
      08)   These Dreams
      09)   Alone
      10)   Beautiful Broken
      11)   Mashallah!
      12)   Silver Wheels / Crazy On You
      13)   Sand
      14)   No Quarter
      15)   Barracuda
      16)   Kick It Out

Extra: Entrevista com Ann e Nancy Wilson

terça-feira, 20 de dezembro de 2016

Motley Crue – The End Live In Los Angeles (2016):



Por Davi Pascale

Motley Crue lança novo material ao vivo para celebrar fim de sua trajetória. Repertório é focado nos clássicos e emociona os antigos fãs.

Esse não é o primeiro álbum ao vivo do Motley Crue. Se não me engano, é o terceiro. Mesmo assim, esse ítem é indispensável na coleção dos seus seguidores. Afinal, trata-se do show de despedida dos garotos. Algo que é sempre marcante para aqueles que acompanharam o conjunto durante tanto tempo.

O repertório não é tão extenso quanto do DVD anterior, é mais enxuto. Entretanto, aquelas músicas que marcaram a carreira deles, estão quase todas aqui. O set foca no período clássico. Ou seja, entre 81-89, para ser mais específico do debut Too Fast For Love ao clássico Dr. Feelgood. Não há músicas inéditas, nem nenhuma música do trabalho que gravaram ao lado do John Corabi.

Para quem viveu os anos 80, a escolha não poderia ser melhor. Do início com “Girls, Girls, Girls” até o final com “Home Sweet Home” são vários flashes, várias lembranças. Absolutamente nostálgico!

A qualidade de gravação é ótima. Tanto a qualidade de som quanto a qualidade de imagem estão excelentes. Há algumas correções de estúdio, mas não chega a ser algo tão descarado. Os músicos optaram por deixar alguns erros. Em uma audição mais atenta, pegamos algumas atravessadas de Tommy Lee. Também fica claro a dificuldade de Vince Neil em cantar algumas músicas como “Shout At The Devil”, mas nada que tire o encanto ou que frustre.

Banda foca nos clássicos

Para aqueles que, assim como eu, tiveram a oportunidade de conferir a apresentação da banda no Rock in Rio, o DVD é uma recordação e tanto. Embora a performance seja a de Los Angeles, terra natal dos músicos, o repertório é bem similar. O show é bem parecido. Inclusive, com a participação das dançarinas. Aliás, muito bacana ver o Tommy Lee citando o show do Rio de Janeiro como um de seus momentos favoritos na turnê.

A ideia de colocar um trecho de “Mas Tequila” dentro de “Smokin´ In The Boys Room” foi genial e funcionou incrivelmente bem. Nikki Sixx e Tommy Lee ainda demonstram uma energia fora do comum. Honestamente, acho que eles ainda tinham gás para seguirem por mais alguns anos. Contudo, temos que respeitar a posição dos músicos. Na entrevista me pareceram meio desiludidos, meio cansados com a ideia de tocar as mesmas musicas toda turnê.

O CD traz o show quase que na integra. Somente os números solos foram deixados de fora. Realmente, na necessidade de ter que arrancar alguma música, essa acaba sendo a mais sensata. Não há dúvidas de que é mais divertido assistir um número solo do que ouví-lo. Principalmente, o solo de Tommy Lee com a bateria acoplada em uma montanha russa. Simplesmente animal!

Clássicos como “Wildside”, “Same Ol´ Situation”, “Looks That Kill”, “Kickstart My Heart”, “Primal Scream” e “Live Wire” soam absolutamente explosivas. Claro que há alguns momentos em que sentimos o peso da idade, principalmente nos vocais de Vince Neil, mas estão longe de soarem uma banda sem gás, decadente, em estágio final. Pelo contrário, estão com uma ótima energia. O final com "Home Sweet Home" sendo executada em um palco no meio da galera é, no mínimo, emocionante.

The End – Live In Los Angeles é um trabalho essencial não somente na coleção dos fãs de Motley Crue, mas na coleção dos fãs de hard rock em geral. Divertido, nostálgico, para cima, em uma expressão: rock n roll. Indispensável!

Nota: 10,0 / 10,0
Status: Espetacular

Faixas:
      01)   Girls, Girls, Girls
      02)   Wildside
      03)   Primal Scream
      04)   Same Ol´ Situation
      05)   Don´t Go Away Mad
      06)   Rock n Roll Party II / Smokin´ In The Boys Room
      07)   Looks That Kill
      08)   Mutherf***** Of The Year
      09)   In The Beginning / Shout At The Devil 
      10)   Louder Than Hell
      11)   Drum Solo*
      12)   Guitar Solo*
      13)   Saints Of Los Angeles
      14)   Live Wire
      15)   T.N.T / Dr. Feelgood
      16)   Kickstart My Heart
      17)   Home Sweet Home
      18)   Interviews With Motley Crue*
      19)   Nikki´s Flamethrower Bass*
      20)   Tommy´s Drum Rig*

*Material presente somente no vídeo