Por Davi Pascale
Grupo vencedor de reality show da
Rede Globo de Televisão, apresentou-se em Santo André, no lendário clube do
Aramaçan. Apesar do local ser tradicional, a equipe do local estava
despreparada. Mesmo assim, quem resolveu enfrentar a baixa temperatura, pode se
divertir ao som do grupo de pop rock.
Na última sexta-feira, o grupo
Malta fez sua primeira apresentação na região do ABC. Não sei exatamente
quantas pessoas tinha no local, mas ao julgar a exposição deles na mídia e a
vendagem de Supernova, esperava um
publico maior. Acredito que a censura tenha prejudicado um pouco o espetáculo.
O show estava censurado para 18 anos e o grupo possui bastante força entre o público
jovem. Está certo que abaixo disso poderia ir acompanhado dos pais, mas tenho
certeza que nem todos os pais topam tal empreitada.
O grupo fez uma apresentação bem
profissional, mas nem tudo foram flores no dia. O evento estava bem
desorganizado. As filas fora da casa se misturavam. Vários profissionais não
sabiam orientar as pessoas para onde deveriam ir. Para piorar ainda mais, os
seguranças da casa não estavam prontos para tal função e desrespeitaram vários
presentes no final da apresentação. Não preciso nem dizer que, diante de uma
equipe tão bem preparada, houve atrasos na abertura dos portões e,
consequentemente, no início do espetáculo.
Por volta de 22:30h, o grupo
Mamute subiu ao palco. Aquela velha história. Covers em excesso, poucas (e
fracas) canções autorais. O grupo estava bem entrosado, mas o cantor é bem
fraquinho. O show se tornou uma tortura quando resolveram interpretar “Highway
to Hell” do AC/DC. Depois de Luan Santana torturar a alma de Elvis Presley com
uma regravação medonha de “Suspicious Minds”, foi a vez dos garotos fazerem o
mesmo com o vocalista da banda australiana. Bon Scott, nesse momento, enfrenta
uma depressão profunda lá no céu. Não façam mais isso!
Ingresso do evento e encarte assinado |
Já passava da meia-noite quando
os vencedores da primeira edição do Superstar
subiram ao palco. A apresentação teve início com “Entre Nós Dois”. O início
do espetáculo já dava a dica. A banda está redonda. Entrosada, com boa presença
de palco, os garotos têm o público na palma das mãos. Bruno Boncini não se
intimidava com os gritos da platéia e brincava com o pessoal, além de contar
várias histórias entre uma música e outra. O grupo estava, visivelmente,
bem-humorado durante o show.
Quem já assistiu à uma
apresentação dos rapazes, seja indo ao local ou até mesmo pelo televisor (a Multishow já transmitiu duas
apresentações dos garotos), sabe que durante a canção “Baby” os músicos
escolhem uma fã para subir ao palco. A brincadeira não ficou de fora. Como já
esperado, a cena rolou durante a canção após o grupo eleger, junto à platéia,
quem havia criado o melhor cartaz.
É comum quando uma banda se
destaca logo no primeiro disco, os músicos arriscarem covers, prolongarem as
músicas, criarem números solos e, às vezes, até novas composições para que o
show não fique muito curto. Aqui, os arranjos não sofreram mudanças. Foram
apresentados bem fieis ao disco, mas não faltaram interpretações de outros
artistas que iam desde canções de ex-jurados do programa (“À Sua Maneira” do
Capital Inicial e “Só Você” do Fábio Jr.) até canções internacionais como “Against
All Odds” (Phil Collins). Os rapazes comentaram de um novo disco já estar sendo
elaborado, mas não demonstraram nenhuma canção em primeira mão.
Até por possuírem apenas um único
álbum, todas as músicas que seus fãs esperavam ouvir foram interpretadas como “Diz
Pra Mim”, “Memórias” e “Vai Ser Assim”. A apresentação se encerrou perto de
2:00h com o hit “Supernova”. Os grandes destaques do show ficam por conta do
baterista Adriano Daga, que roubou a cena com um belo solo de bateria, e do
cantor Bruno que demonstrou ter um ótimo domínio vocal, além de ser bem
carismático. Aqueles que compareceram, saíram do local satisfeitos. O show foi
bem legal, só espero que da próxima vez, a casa esteja melhor preparada.