domingo, 21 de junho de 2015

Malta – Aramaçan (19/06/2015):



Por Davi Pascale

Grupo vencedor de reality show da Rede Globo de Televisão, apresentou-se em Santo André, no lendário clube do Aramaçan. Apesar do local ser tradicional, a equipe do local estava despreparada. Mesmo assim, quem resolveu enfrentar a baixa temperatura, pode se divertir ao som do grupo de pop rock.

Na última sexta-feira, o grupo Malta fez sua primeira apresentação na região do ABC. Não sei exatamente quantas pessoas tinha no local, mas ao julgar a exposição deles na mídia e a vendagem de Supernova, esperava um publico maior. Acredito que a censura tenha prejudicado um pouco o espetáculo. O show estava censurado para 18 anos e o grupo possui bastante força entre o público jovem. Está certo que abaixo disso poderia ir acompanhado dos pais, mas tenho certeza que nem todos os pais topam tal empreitada.

O grupo fez uma apresentação bem profissional, mas nem tudo foram flores no dia. O evento estava bem desorganizado. As filas fora da casa se misturavam. Vários profissionais não sabiam orientar as pessoas para onde deveriam ir. Para piorar ainda mais, os seguranças da casa não estavam prontos para tal função e desrespeitaram vários presentes no final da apresentação. Não preciso nem dizer que, diante de uma equipe tão bem preparada, houve atrasos na abertura dos portões e, consequentemente, no início do espetáculo.

Por volta de 22:30h, o grupo Mamute subiu ao palco. Aquela velha história. Covers em excesso, poucas (e fracas) canções autorais. O grupo estava bem entrosado, mas o cantor é bem fraquinho. O show se tornou uma tortura quando resolveram interpretar “Highway to Hell” do AC/DC. Depois de Luan Santana torturar a alma de Elvis Presley com uma regravação medonha de “Suspicious Minds”, foi a vez dos garotos fazerem o mesmo com o vocalista da banda australiana. Bon Scott, nesse momento, enfrenta uma depressão profunda lá no céu. Não façam mais isso!

Ingresso do evento e encarte assinado

Já passava da meia-noite quando os vencedores da primeira edição do Superstar subiram ao palco. A apresentação teve início com “Entre Nós Dois”. O início do espetáculo já dava a dica. A banda está redonda. Entrosada, com boa presença de palco, os garotos têm o público na palma das mãos. Bruno Boncini não se intimidava com os gritos da platéia e brincava com o pessoal, além de contar várias histórias entre uma música e outra. O grupo estava, visivelmente, bem-humorado durante o show.

Quem já assistiu à uma apresentação dos rapazes, seja indo ao local ou até mesmo pelo televisor (a Multishow já transmitiu duas apresentações dos garotos), sabe que durante a canção “Baby” os músicos escolhem uma fã para subir ao palco. A brincadeira não ficou de fora. Como já esperado, a cena rolou durante a canção após o grupo eleger, junto à platéia, quem havia criado o melhor cartaz.

É comum quando uma banda se destaca logo no primeiro disco, os músicos arriscarem covers, prolongarem as músicas, criarem números solos e, às vezes, até novas composições para que o show não fique muito curto. Aqui, os arranjos não sofreram mudanças. Foram apresentados bem fieis ao disco, mas não faltaram interpretações de outros artistas que iam desde canções de ex-jurados do programa (“À Sua Maneira” do Capital Inicial e “Só Você” do Fábio Jr.) até canções internacionais como “Against All Odds” (Phil Collins). Os rapazes comentaram de um novo disco já estar sendo elaborado, mas não demonstraram nenhuma canção em primeira mão.

Até por possuírem apenas um único álbum, todas as músicas que seus fãs esperavam ouvir foram interpretadas como “Diz Pra Mim”, “Memórias” e “Vai Ser Assim”. A apresentação se encerrou perto de 2:00h com o hit “Supernova”. Os grandes destaques do show ficam por conta do baterista Adriano Daga, que roubou a cena com um belo solo de bateria, e do cantor Bruno que demonstrou ter um ótimo domínio vocal, além de ser bem carismático. Aqueles que compareceram, saíram do local satisfeitos. O show foi bem legal, só espero que da próxima vez, a casa esteja melhor preparada.