terça-feira, 23 de junho de 2015

Discografia comentada: Linkin Park (PARTE 1)

Por Rafael Menegueti

O Linkin Park mantém a mesma formação há 15 anos
Um dos maiores nomes da música mundial, o Linkin Park conseguiu conquistar uma legião de fãs em todo o mundo em seus mais de 15 anos de estrada. Ao longo de sua carreira, a banda norte-americana se reinventou a cada lançamento, o que ajudou ainda mais a popularizar seu som e criar um público cada vez mais diversificado. Do nu-metal ao rock alternativo, música eletrônica e hip-hop, o Linkin Park consegue inovar sendo uma banda difícil até de definir em um estilo. Mesmo que falem do nu-metal, nunca achei que eles se encaixassem perfeitamente nesse estilo. Pra mim é muito mais, é uma banda que tem uma identidade e estilo próprios, evidenciados em cada um de seus discos. E é exatamente sobre eles que vou falar no texto de hoje:

Hybrid Theory (2000)


Este foi o primeiro disco em que eu me viciei na vida. Não sei o que mais me causava impacto, se eram os riffs de guitarra, a musicalidade na mistura de rock e hip-hop ou os vocais furiosos com letras marcantes. O fato era que o disco prendia a atenção do ínicio ao fim, com músicas realmente empolgantes. O estilo não era tão inovador. Outras bandas, como o Limp Bizkit, já se utilizavam bem dessa mistura. No entanto, o Linkin Park tinha um apelo diferente, e “Hybrid Theory” era um disco impressionante. Destaques: In The End, One Step Closer, Forgotten.


Reanimation (2002)


O sucesso do primeiro disco já havia tornado a banda uma febre. Apesar disso, antes do segundo de inéditas, a banda explorou suas outras influencias e referencias em um disco onde retrabalhavam todo o seu repertorio do primeiro disco e lados b. O resultado foi o “Reanimation”, lançado em 2002. Investindo em varias parcerias com nomes do hip-hop e alguns do rock, como Jonathan Davis do Korn, a banda conseguiu fazer um trabalho interessante com grande parte de suas músicas mais conhecidas remixadas, mas ficou um álbum muito mais para quem é fã da banda se identificar. Destaques: Pts.OF.Athrty, P5hng Me A*wy e 1stp Klosr.


Meteora (2003)


O aguardado segundo disco de inéditas da banda veio trazendo um pouco do mesmo que tornou a banda um sucesso. Embora a essência fosse a mesma, era bem notável a evolução no modo da banda compor. Eles criaram um álbum bem mais aberto a uma sonoridade mais popular, o que resultou em alguns hits, como “Faint” e, claro, a estourada “Numb”. Apesar disso, “Meteora” não chega a ter o mesmo impacto do debut pois ele tem uma pegada muito próxima dele, e algumas faixas não parecem se encaixar muito no disco. O que levou a banda então a prosseguir com sua metamorfose. Destaques: Somewhere I Belong, Faint, Lying From You.


Collision Course  EP (2004)


Esse lançamento foi onde a banda mais se aproximou do hip-hop. Trata-se da parceria com o rapper Jay-Z, em alguns remixes que misturam faixas da banda e do cantor. Particularmente, esse é o único trabalho da banda do qual eu não gosto. Isso porque achei a ideia de remixar músicas de novo àquela altura muito repetitiva. E inserir a parceria com Jay-Z me deu a sensação de que aquilo tudo era mais uma tentativa de faturar em cima de sucessos que já estavam enjoando de tão explorados. Sem destaques.


Minutes to Midnight (2007)


Após um período longe dos holofotes a banda reapareceu em 2007 com “Minutes to Midnight”. E se antes a banda já vinha buscando um som mais mainstream, nesse disco eles abraçam a sonoridade comercial de vez. Ainda existem os momentos de explosão e peso, como em “Given Up”, mas o foco foi criar hits fáceis e melodias mais cativantes. O disco dividiu a crítica e os fãs, mas ser comercial não um erro nesse trabalho. A mensagem das músicas era boa, só faltou mesmo um pouco mais de identidade com a banda. Mesmo assim, algumas canções se sobressaem positivamente. Destaques: What I’ve Done, Given Up, Shadow of the Day.


Fiquem ligados, quinta-feira eu volto com a segunda parte da discografia!