quinta-feira, 17 de março de 2016

The Trews – The Trews (2014):



Por Davi Pascale

Os canadenses do The Trews chegam ao seu quinto álbum. Grupo aposta em um pop/rock de qualidade e entrega um disco com diversas faixas cativantes e com ar de hit.

Eles estão na estrada desde 1997, mas descobri a banda recentemente quando recebi o álbum encartado na revista inglesa Classic Rock. Na verdade, iniciaram a ativa com o nome de One L´d Trouse, uma fala de uma música da trupe do Monty Python. Depois, passaram seu nome para The Trouser. E foi somente em 2002 que os rapazes resolveram alterar seu nome para The Trews. Um acerto. Expressão muito mais fácil de pronunciar e escrever.

Vi algumas publicações se dirigindo à eles como uma banda de hard rock. Não conheço seus primeiros discos. Até agora, somente esse CD caiu em minhas mãos. Pelo que ouvi aqui, não os consideraria uma banda de hard rock. Certamente, eles devem curtir o gênero. Há alguns (poucos) riffs que poderiam executados por um grupo do gênero; como o de “New King”, por exemplo. Entretanto, se tivesse que rotular seu som classificaria como pop/rock ou apenas rock.

Sim, existe uma pegada comercial em todo o disco. Refrões pegajosos, guitarra não muito suja, faixas curtas. Banda pronta para tocar na rádio. Não julgo isso como algo ruim, contudo. Principalmente, quando o trabalho é tão bem feito, tão redondinho. The Trews traz fortes influências de Beatles, Collective Soul, R.E.M. Em alguns momentos, me remetem um pouco ao Train. Como podem notar, nada de baixa qualidade.

Grupo aposta em som comercial, mas convence

“Rise In The Wake” começa com uma guitarra levemente distorcida, interpretando um bom riff e com uma bateria bem 70´s. A faixa é muito boa, mas não se deixe enganar. O disco não é inteiro nessa pegada. As que contam que essa influência mais hard, são “What´s Is Fair, Is Fair” e a já citada “New King”. De resto, como já disse, é mais comercial.

É mais comercial, mas a qualidade se mantém. A influência country surge com força nas guitarras de “Age of Miracles” e na balada “65 Roses”. A faixa “The Sentimentalist” poderia ter aparecido nos 2 primeiros discos do Collective Soul. A acústica “In The Morning” traz um dueto com a cantora Serena Ryder. Uma artista canadense de 33 anos. Canta aqui, com uma vez meio rasgada. Como se fosse uma versão mais jovem de Melissa Etheridge. A influência dos quatro rapazes de Liverpool é sentida com clareza em “Living The Dream”, enquanto a bateria de “Under The Sun” deixaria Larry Mullen Jr com um sorrisão de orelha à orelha.

Quase todas as músicas desse disco poderiam se tornar grandes hits, caso ganhassem execução massiva nas rádios. A rapaziada do The Trews demonstra que é possível fazer um som comercial gostoso de se ouvir, com boas melodias, sem soar pasteurizado. Recomendado aos fãs de uma sonoridade mais pop.

Nota: 8,0 / 10,0
Status: Trabalho comercial de qualidade

Faixas:
      01)   Rise In The Wake
      02)   Age of Miracles
      03)   Permanent Love
      04)   The Sentimentalist
      05)   65 Roses
      06)   What´s Fair Is Fair
      07)   Where There´s Love
      08)   In The Morning (c/ Serena Ryder)
      09)   New King
      10)   Living The Dream 
      11)   Under The Sun