Por Davi Pascale
Os canadenses do The Trews chegam ao seu quinto álbum. Grupo
aposta em um pop/rock de qualidade e entrega um disco com diversas faixas
cativantes e com ar de hit.
Eles estão na estrada desde 1997,
mas descobri a banda recentemente quando recebi o álbum encartado na revista
inglesa Classic Rock. Na verdade,
iniciaram a ativa com o nome de One L´d Trouse, uma fala de uma música da trupe
do Monty Python. Depois, passaram seu nome para The Trouser. E foi somente em
2002 que os rapazes resolveram alterar seu nome para The Trews. Um acerto. Expressão
muito mais fácil de pronunciar e escrever.
Vi algumas publicações se
dirigindo à eles como uma banda de hard rock. Não conheço seus primeiros
discos. Até agora, somente esse CD caiu em minhas mãos. Pelo que ouvi aqui, não
os consideraria uma banda de hard rock. Certamente, eles devem curtir o gênero.
Há alguns (poucos) riffs que poderiam executados por um grupo do gênero; como o
de “New King”, por exemplo. Entretanto, se tivesse que rotular seu som
classificaria como pop/rock ou apenas rock.
Sim, existe uma pegada comercial
em todo o disco. Refrões pegajosos, guitarra não muito suja, faixas curtas. Banda pronta
para tocar na rádio. Não julgo isso como algo ruim, contudo. Principalmente,
quando o trabalho é tão bem feito, tão redondinho. The Trews traz fortes influências de Beatles, Collective Soul,
R.E.M. Em alguns momentos, me remetem um pouco ao Train. Como podem notar, nada
de baixa qualidade.
Grupo aposta em som comercial, mas convence |
“Rise In The Wake” começa com uma
guitarra levemente distorcida, interpretando um bom riff e com uma bateria bem
70´s. A faixa é muito boa, mas não se deixe enganar. O disco não é inteiro
nessa pegada. As que contam que essa influência mais hard, são “What´s Is Fair,
Is Fair” e a já citada “New King”. De resto, como já disse, é mais comercial.
É mais comercial, mas a qualidade
se mantém. A influência country surge com força nas guitarras de “Age of
Miracles” e na balada “65 Roses”. A faixa “The Sentimentalist” poderia ter
aparecido nos 2 primeiros discos do Collective Soul. A acústica “In The Morning”
traz um dueto com a cantora Serena Ryder. Uma artista canadense de 33 anos.
Canta aqui, com uma vez meio rasgada. Como se fosse uma versão mais jovem de
Melissa Etheridge. A influência dos quatro rapazes de Liverpool é sentida com
clareza em “Living The Dream”, enquanto a bateria de “Under The Sun” deixaria Larry
Mullen Jr com um sorrisão de orelha à orelha.
Quase todas as músicas desse
disco poderiam se tornar grandes hits, caso ganhassem execução massiva nas
rádios. A rapaziada do The Trews demonstra que é possível fazer um som
comercial gostoso de se ouvir, com boas melodias, sem soar pasteurizado.
Recomendado aos fãs de uma sonoridade mais pop.
Nota: 8,0 / 10,0
Status: Trabalho comercial de
qualidade
Faixas:
01) Rise
In The Wake
02) Age
of Miracles
03) Permanent
Love
04) The
Sentimentalist
05) 65
Roses
06) What´s
Fair Is Fair
07) Where
There´s Love
08) In
The Morning (c/ Serena Ryder)
09) New
King
10) Living
The Dream
11) Under
The Sun