Por Davi Pascale
O Poison foi um dos grandes nomes
do chamado hair metal. Durante
a década de 80, emplacou várias músicas nas rádios como “Nothin´ But a Good
Time”, “Every Rose Has It´s Thorn”, “Ride The Wind”, “Uskinny Bop”... Em
2006, a Sony Music colocou no mercado esse material que havia sido lançado
inicialmente de maneira independente e que marcava o retorno da formação
clássica. Uma boa pedida para quem viveu aquela época.
Embora não fosse um grupo de
virtuoses, os shows do grupo eram bem famosos. Sempre contando com grande
produção de palco, as coreografias dos clipes presentes, quase sempre
apresentavam-se em grandes espaços. A performance costumava ser bem enérgica.
Aqui, já viviam uma outra realidade em relação à popularidade, mas a energia
continuava a mesma.
Já haviam lançando um CD duplo ao
vivo, no auge da carreira, chamado Swallow
This Live. Ao contrário do primeiro registro ao vivo, aqui não havia tanto
histeria na platéia, os números solos (que foram cortados dessa edição) eram
mais curtos, a introdução era mais sucinta, o guitarrista C.C. Deville tentava
realizar os solos mais próximos às gravações originais.
Registro, lançado inicialmente como Power To The People, celebrava retorno de C.C. Deville à banda |
A edição de 2000 foi lançada com
o nome de Power To The People e ainda é
a edição que seus fãs mais afoitos devem correr atrás. Aqui, além de terem
cortado os números solos de guitarra e bateria, foram cortadas também as 5
faixas inéditas de estúdio. Portanto, esse material é recomendado somente para
aqueles fãs mais saudosistas que viveram a época e querem ter um momento de
nostalgia ou então aos fãs mais ardorosos que são colecionadores do grupo. Afinal,
não somente o nome é outro como a arte de capa é outra. Se você é aquele cara
que sempre curtiu o grupo e veio comprando cada álbum que colocavam no mercado,
pode passar batido.
Gravado em 1999 em Atlanta, a
apresentação marcava o retorno de DeVille à banda. Embora, tecnicamente
falando, Richie Kotzen e Blues Saraceno fossem infinitamente superiores ao
rapaz, a popularidade havia caído muito. Me questiono ainda se por causa do
guitarrista ou se por causa da mudança de rumo. Em Native Tongue e Crack a
Smile, embora fossem ótimos discos e ainda mantivesse a veia hard rock, eles
haviam perdido um pouco o clima festeiro e traziam uma aproximação maior com o
blues, especialmente o trabalho gravado com Kotzen. Desde que o musico original
retornou, essas características foram abandonadas, voltando ao clima inicial.
O repertório é realizado em cima
dos 3 primeiros discos – os ótimos Look
What The Cat Dragged In, Open Up And
Say Ahh... e Flesh & Blood –
e realmente trazem um clima nostálgico durante a audição. Nunca fui fã de
ficaram cortando os discos nas reedições, sempre defendi a idéia de que
deveriam manter o trabalho idealizado pelo artista, mas certamente trata-se de
uma audição divertida. Se você curte rock n roll simples, para cima e com
refrões cativantes, pode comprar sem medo.
Nota: 08/10
Status: Nostalgico
Faixas:
01) Look What The Cat Dragged In
02) I Want Action
03) Something To Believe In
04) Love On The Rocks
05) Fallen Angel
06) Let It Play
07) Every Rose Has It´s Thorn
08) Uskinny Bop
09) Nothin´ But a Good Time
10) Talk Dirty To Me