sábado, 8 de fevereiro de 2014

Discografia comentada: Diabulus In Musica

Por Rafael Menegueti

Seguindo a recente onda de postagens com bandas de metal sinfônico que eu tenho feito, aproveito aqui para apresentar uma banda que sei que muita gente ainda não conhece aqui no Brasil. Trata-se da banda espanhola Diabulus In Musica. O grupo já lançou dois excelentes álbuns, e está prestes a lançar um terceiro, Argia, provavelmente no mês de abril.
A banda, com a formação do album "The Wanderer"
Fundada em 2006, na cidade de Pamplona, a banda conta atualmente com Zuberoa Asnárez (vocais), Gorka Elso (teclado e guturais), Odei Ochoa (Baixo), David Carrica (bateria) e Alexey Kolygin (guitarra). No entanto, a banda já mudou de formação algumas vezes, exceto no vocal e no teclado.

Com uma sonoridade sinfônica bastante influenciada por estilos como o thrash e o metalcore, o Diabulus In Musica se diferencia por ser uma banda com um estilo bem difícil de rotular. Zuberoa possui a mesma técnica lírica característica das bandas desse estilo, mas a banda segue uma linha mais agressiva do que normalmente costumamos ouvir no estilo, mas não chega a soar como metal extremo. Os dois primeiros discos da banda são bem semelhantes mas mostram uma evolução natural entre um e outro.

Secrets (2010)

O primeiro álbum da banda tem uma sonoridade bem agressiva. Na primeira vez que os ouvi, não pude deixar de notar na semelhança da estrutura das músicas com coisas que bandas como o Metallica vinha lançando ao longo dos anos, mas não chega a ser parecido. A bateria é bem pesada, e os riffs de guitarra são simples mas envolventes. As músicas grudam na cabeça, e o fato da vocalista ter uma bela voz faz com que ele seja de fácil audição. Em alguns momentos, como na faixa “St. Michael’s Nightmare”, é possível perceber uma clara influencia de bandas como Epica e Nightwish na estrutura das músicas. Um disco divertido e eficiente.

The Wanderer (2012)


O segundo disco da banda mostra uma evolução no sentido de que as composições parecem mais complexas do que as do debut. Se “Secrets” era simples e divertido, esse já é mais elaborado, com vocais mais marcantes e mais encorpado. As orquestrações também estão mais bem trabalhadas nesse álbum. No demais ele segue a mesma linha das composições do anterior. Riffs simples e eficientes, guturais agressivos e uma leve tendência ao progressivo, lembrando um pouco os primeiros trabalhos do Within Temptation. Também conta com a participação especial de Mark Jansen (Epica, MaYaN) na ótima faixa “Blazing the Trail”. Uma sequencia digna para uma banda que promete crescer ainda mais no cenário do metal sinfônico.