Por Rafael Menegueti
Seguindo a
recente onda de postagens com bandas de metal sinfônico que eu tenho feito,
aproveito aqui para apresentar uma banda que sei que muita gente ainda não
conhece aqui no Brasil. Trata-se da banda espanhola Diabulus In Musica. O grupo
já lançou dois excelentes álbuns, e está prestes a lançar um terceiro, Argia,
provavelmente no mês de abril.
A banda, com a formação do album "The Wanderer" |
Fundada em
2006, na cidade de Pamplona, a banda conta atualmente com Zuberoa Asnárez
(vocais), Gorka Elso (teclado e guturais), Odei Ochoa (Baixo), David Carrica (bateria)
e Alexey Kolygin (guitarra). No entanto, a banda já mudou de formação algumas
vezes, exceto no vocal e no teclado.
Com uma
sonoridade sinfônica bastante influenciada por estilos como o thrash e o
metalcore, o Diabulus In Musica se diferencia por ser uma banda com um estilo
bem difícil de rotular. Zuberoa possui a mesma técnica lírica característica das
bandas desse estilo, mas a banda segue uma linha mais agressiva do que normalmente
costumamos ouvir no estilo, mas não chega a soar como metal extremo. Os dois
primeiros discos da banda são bem semelhantes mas mostram uma evolução natural
entre um e outro.
Secrets
(2010)
O primeiro álbum
da banda tem uma sonoridade bem agressiva. Na primeira vez que os ouvi, não
pude deixar de notar na semelhança da estrutura das músicas com coisas que
bandas como o Metallica vinha lançando ao longo dos anos, mas não chega a ser
parecido. A bateria é bem pesada, e os riffs de guitarra são simples mas
envolventes. As músicas grudam na cabeça, e o fato da vocalista ter uma bela
voz faz com que ele seja de fácil audição. Em alguns momentos, como na faixa “St.
Michael’s Nightmare”, é possível perceber uma clara influencia de bandas como Epica
e Nightwish na estrutura das músicas. Um disco divertido e eficiente.
The
Wanderer (2012)
O segundo
disco da banda mostra uma evolução no sentido de que as composições parecem
mais complexas do que as do debut. Se “Secrets” era simples e divertido, esse já
é mais elaborado, com vocais mais marcantes e mais encorpado. As orquestrações também
estão mais bem trabalhadas nesse álbum. No demais ele segue a mesma linha das
composições do anterior. Riffs simples e eficientes, guturais agressivos e uma
leve tendência ao progressivo, lembrando um pouco os primeiros trabalhos do
Within Temptation. Também conta com a participação especial de Mark Jansen
(Epica, MaYaN) na ótima faixa “Blazing the Trail”. Uma sequencia digna para uma
banda que promete crescer ainda mais no cenário do metal sinfônico.
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