quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

Trixter – Human Era (2015):

A equipe do blog Riff Virtual se encontra de férias. Retomaremos nossas atividades no dia 20 de Janeiro. Enquanto essa data não chega, trazemos para vocês alguns de nossos melhores posts. Recordar é viver. Confira!



Por Davi Pascale

Com apoio do selo Frontiers, Trixter retorna com novo trabalho. Os músicos seguem a sonoridade à risca e entregam aos seus fãs exatamente aquilo que esperam deles. O clima de festa está de volta ao rock n´ roll.

Quem viveu os anos 80, certamente lembra-se de cena de hair metal que invadiu as rádios na época. Enquanto grupos como Bon Jovi, Cinderella, Skid Row, Poison e Motley Crue tomaram as rádios de assalto, vários grupos não passaram de promessas. Bandas que chegavam a ter seu clipe exibido na MTV (USA), tocavam nas rádios, mas não tinham a mesma atenção. Alguns competentes, inclusive. É nessa panela que entra o Trixter. Seus dois primeiros álbuns chegaram a ter alguma atenção na época, mas nunca foi aquele lance de vender milhões e se tornar uma febre.

Human Era é o segundo disco que lançam desde seu retorno em 2008. Se eles não conseguiram se estabelecer na época, não vai ser agora que a situação vai mudar. E os rapazes parecem ter consciência disso. O novo álbum não é uma tentativa de se adaptar ao mercado. Contando com sua formação clássica – “Pete” Loran, Steve Brown, P.J. Farley e Mark “Guss” Scott – entregam aquilo que seus fiéis seguidores esperam: um disco de hard rock oitentista. Todas as características do gênero estão aqui: vocais melódicos, refrões facilmente memoráveis, guitarra com diversos riffs. O famoso clima de festa. O único senão é a qualidade de gravação de bateria que achei meio morta.

Trixter lança novo trabalho com formação e sonoridade clássica

“Rockin´ To The Edge Of The Night” começa com tudo. Uma espécie de cruzamento entre Def Leppard e Bon Jovi (dos anos 80). “Crash That Party” mantém o clima festivo, destacando a levada de bateria. Aquela levada clássica: rápida, reta com bumbo e caixa juntos, no melhor estilo Tommy Lee (Motley Crue). “Not Like All The Rest” conta com um refrão pegajoso e um arranjo bem pra cima. Se estivéssemos nos anos 80, esse som iria para as rádios facilmente. “For You” traz uma forte influência de Van Halen, fase Dave Lee Roth. “Every Seconds Count” e “Beats Me Up” são as inevitáveis baladas. A primeira traz bastante influencia de seus conterrâneos de New Jersey, especialmente nas linhas vocais, enquanto a segunda traz a estrutura clássica do gênero. Suave, melódica, com forte presença de violões. Quem fez isso na época? Todo mundo que você puder imaginar. Firehouse, Warrant, Poison, por aí vai...

O disco vai retomando o fôlego aos poucos. “Good Times Now” é mais uma balada, mas já mais pra cima do que a anterior. O rock volta “Midnight In Your Eyes”, mas é com “All Night Long” que o disco volta a ganhar fôlego. “Soul Of a Lovin´Man” traz uma influencia de blues. Uma pegada meia Lynch Mob fase “Tangled In The Web”. O disco se encerra com a faixa título. Mais uma que poderia ter sido, facilmente, gravada pelo grupo de Jon Bon Jovi. 

Human Era é um trabalho bem feito. Bons trabalhos vocais, bons refrões, bom trabalho de guitarra. Entretanto, sua sonoridade aponta para os trabalhos mais comerciais dos anos 80. Aquela sonoridade meia cigarros Hollywood. Quem acompanhou a banda na época ou curtia esse som, tem de tudo para curtir o novo disco. Se nessa época, você curtia somente os sons mais pesadinhos como Cult, Whitesnake e Van Halen, vá com calma! Claro que não para compará-lo com o (ótimo) Hear!, mas ainda assim, satisfaz! 

Nota: 7,5/10,0
Status: Nostálgico

Faixas:
      01)   Rockin´ To The Edge Of The Night
      02)   Crash That Party
      03)   Not Like All The Rest
      04)   For You
      05)   Every Seconds Count
      06)   Beat Me Up
      07)   Good Times Now
      08)   Midnight In Your Eyes
      09)   All Night Long
      10)   Soul of a Lovin´ Man
      11)   Human Era