Por Rafael Menegueti
Sonata Arctica: Novo álbum em breve |
Recentemente houve a confirmação oficial de que os
finlandeses do Sonata Arctica estão
trabalhando em um novo álbum. O lançamento do que deve ser o nono trabalho de
estúdio da banda deve ocorrer em algum momento no segundo semestre, mas para
aquecer e aguentar a espera, irei comentar a discografia dos caras no post de
hoje.
Por conta da extensa lista de lançamentos que a banda
possui, deixarei de lado EPs, álbuns ao vivo, coletâneas e afins. Mas, apenas
pra deixar registrado, a banda lançou três EPs (Sucessor, Orientaton e Takatalvi), três álbuns ao vivo, sendo
dois deles em CD e DVD (For the Sake of
Revenge e Live In Finland), e um
apenas em CD (Songs of Silence – Live In
Tokyo). A banda também lançou duas coletâneas oficiais (The End of This Chapter e The Collection) e uma regravação do
álbum de estreia, Ecliptica.
Ecliptica (1999)
O álbum de estreia da banda foi lançado em 1999, e nele a
banda ainda era um quarteto. Tony Kakko acumulava as funções de vocalista e tecladista,
e suas composições tinham uma proposta bem direta. Estruturas típicas do power
metal e sem enrolações, Ecliptica
segue sendo um dos álbuns favoritos de muitos fãs, pois possui algumas das
faixas mais marcantes da banda. Este foi o único álbum com o baixista Janne
Kivilahti. Destaques: Fullmoon, Replica, Letter to Dana.
Silence (2001)
O sucesso que a banda teve em seu disco de estreia se
repetiu com Silence. A banda dessa
vez procurou trazer novos elementos às canções. Entre faixas com andamento mais
suave e outras mais velozes e pesadas, o disco agradou pelas temáticas das
letras e por mostrar uma banda mais empenhada em fazer um som único dentro de
seu estilo. Foi o primeiro álbum com Marko Paasikoski no baixo (ele chegou a
ser um segundo guitarrista bem no início da banda) e o único com o tecladista
Mikko Härkin. Destaques: Black Sheep, Sing In Silence, Tallulah
e Wolf & Raven.
Winterheart’s
Guild (2003)
Em seu terceiro disco, a banda deu mais ênfase a
velocidade e peso. Winterheart’s Guild
é um pouco mais melódico que seus antecessores, e investe bastante em refrães
cativantes e memoráveis. Nesse disco é possível notar muita evolução na
capacidade da banda em criar riffs e também nos solos de guitarra de Jani Liimatainen,
cada vez mais bem elaborados. Algumas músicas também mostram elementos
progressivos bem melhores do que em tentativas anteriores. O tecladista Jens
Johansson (Stratovarius, Cain’s Offering) contribuiu com os solos de teclado de
algumas das faixas. Tony Kakko voltou a ficar encarregado dos teclados no
resto. Destaques: The Cage, Gravenimage, Broken, Victoria’s Secret.
Reckoning Night (2004)
Pouco mais de um ano e meio depois, o grupo lançou Reckoning Night, seu quarto disco.
Nele, a banda deu ainda mais asas a sua criatividade, explorando elementos cada
vez mais progressivos e letras muito envolventes. Nesse disco, as guitarras de
Jani estão mais agressivas e as músicas ainda mais atmosféricas. Esse disco
traz algumas das melhores composições da banda e ainda mostra uma abertura
maior nas influências que o Sonata usa em sua sonoridade. Nesse disco o
tecladista Henrik Klingenberg faz sua estreia com a banda em estúdio. Destaques: Don’t Say A Word, Wildfire
e White Pearl, Black Oceans…
Unia
(2007)
Esse é talvez o disco mais controverso da banda. Ele
divide opiniões entre os fãs de maneira extrema. Há quem ame o disco, há quem
odeie. O fato é que Unia é o disco
onde a banda teve uma abordagem mais experimental, e fugiu um pouco das
estruturas que eram características da banda. Isso não agradou os fãs mais
antigos, que preferiam a velha formula power metal habitual. Pois bem, a banda
mudaria ainda mais dali pra frente. O maior marco desse disco talvez seja o
fato de ser o último com o guitarrista original Jani Liimatainen. Destaques: In Black and White, Paid In
Full, It Won’t Fade, Caleb, The Vice.
The Days
of Grays (2009)
A grande mudança que The
Days of Grays traria não ficou apenas na entrada do guitarrista Elias
Viljanen. O disco também trouxe pela primeira vez arranjos sinfônicos nas
músicas do Sonata Arctica, e a banda abraçou de vez o aspecto progressivo em
suas composições. Cada vez mais melódico e apostando uma sonoridade cada vez
mais radiofônica, esse disco comprova que a banda buscou evoluir e se
distanciar da estrutura convencional que o power metal que eles apresentavam possuía.
Com essa sonoridade mais ampla, a banda garantiu ainda mais riqueza ao seu som,
mesmo que isso significasse encarar certa desaprovação de alguns fãs mais
conservadores. Nesse álbum a cantora Johanna Kurkela fez uma participação
especial em duas faixas, sendo a única vez que isso aconteceu em um álbum da
banda (exceção de backing vocals). Destaques: Deathaura,The Last Amazing Grays, Juliet, No Dream Can Heal A Broken Heart.
Stones
Grow Her Name (2012)
Após a grande evolução apresentada em The Days of Grays, a banda buscou
trazer ainda mais elementos novos em seu novo álbum, mesmo que isso
significasse fugir completamente daquilo que se estava acostumado. Stones Grow Her Name tem influências no
hard rock, metal clássico e outros estilos, e rompeu com algumas das referências
que a banda trazia sempre consigo, como as metáforas com lobos, por exemplo. O
resultado, embora não tenha ficado ruim, foi algo bem diferente daquilo que se
poderia imaginar. Nesse disco o baixista Marko fez sua despedida em estúdio,
pois sairia da banda no ano seguinte. Destaques: Only The Broken Hearts
(Make You Beautiful), Losing My
Insanity, Alone In Heaven e I Have A Right.
Pariah’s
Child (2014)
Depois de tanta experimentação, o Sonata Arctica buscou
trazer um pouco da velha fórmula de volta. Para provar isso, até o velho
logotipo da banda foi resgatado, alem das referências a lobos, e o grupo fez de Pariah’s Child um disco onde vários elementos tradicionais se
refaziam. Claro que não foi uma volta as origens especificamente, mas é possível
perceber a antiga alma da banda entre as composições. Depois de quase 15 anos
do lançamento do debut, seria demais esperar que a banda tivesse folego para
mais faixas velozes e alucinantes, mas nesse disco a banda ainda dá uma prova
de que sabe fazer power metal competente e com temáticas incríveis. O disco
marcou a estreia de Pasi Kauppinen no baixo. Destaques: The Wolves Die Young,
Blood, Half A Marathon Man, X Marks
the Spot e Larger Than Life.