terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

Eclipse – Armageddonize (2015):



Por Davi Pascale

Grupo sueco chega ao seu quinto trabalho. Músicos continuam apostando na sonoridade hard 80´s e devem empolgar os fãs do gênero.

Quem viveu os anos 80 e curtiu a cena de L.A. deve estar com um sorriso no rosto com a retomada do gênero. Vários ótimos grupos surgiram nos últimos anos tentando reviver aquela atmosfera: Crashdiet, Reckless Love, H.E.A.T., Dynazty, Steel Panther... Outro ótimo exemplo é o grupo que estamos comentando hoje, o Eclipse.

A banda ainda é vista pela crítica como um novato, mas lá se vão 15 anos desde que os caras iniciaram sua trajetória. A dupla Erik Martensson (vocal) e Magnus Henriksson (guitarra) são considerados heróis por aqueles que curtem essa retomada. E verdade seja dita, são os dois que sobressaem durante a audição mesmo. Bom... sendo honesto, o grupo começou a chamar a atenção da moçada com seu trabalho anterior, o ótimo Bleed & Scream. Talvez, por isso, ainda sejam vistos como um ‘novo nome’. E não tem nada de errado com isso. Alguns grupos demoram a acontecer mesmo. Nos anos 90, tivemos alguns exemplos disso. Soundgarden e Soul Asylum se destacaram na mídia depois de anos ralando no cenário underground.

Erik Martensson se sobressai no disco

“I Don´t Wanna Say I´m Sorry”, “Wide Open”, “Love Bites” (não, não é a do Def Leppard. Nem a do Judas Priest), “Caught Up In The Rush” e “All Died Young” são as mais rocks, as mais pesadas. Como um bom grupo de hard rock, o CD é guiado por guitarra e voz. E isso é o que se destaca nessas faixas. Os riffs e as linhas vocais melódicas se sobressaem. Sim, há a presença de teclados, mas são sutis.  Em “Stand On Your Feet” e “The Storm”, duas que contam com uma pegada um pouco mais comercial, o teclado se sobressai mais, mas mesmo assim não chega a encobrir as guitarras. O peso é mantido. Influências de grupos como Def Leppard, Journey e Skid Row são sentidas durante a audição.

“Breakdown” é a que mais se afasta do restante álbum, contando com uma pegada mais bluesy e uma linha vocal bem David Coverdale. Me lembrou bastante grupos como Whitesnake e Blue Murder, mas é a única nessa linha. Como todo bom grupo do gênero, não poderia faltar uma baladinha. Trazem aqui “Live Like I´m Dying”. Boa faixa, mas foi a que menos me agradou.

Talvez a galera exagere na paixão à dupla Erik/Magnus, mas não há como negar que são extremamente competentes e fazem a diferença na banda. Para quem sente falta dos dias em que os grupos de rock enchiam arenas, dos dias em que os grupos celebravam diversão acima de tudo, dos dias em que os músicos não tinham vergonha de serem comerciais, a audição é obrigatória. Aperte o play e boa viagem no tempo!

Nota: 8,0 / 10,0
Status: Nostálgico e Empolgante

Faixas:
      01)   I Don´t Wanna Say I´m Sorry
      02)   Stand On Your Feet
      03)   The Storm
      04)   Blood Enemies
      05)   Wide Open
      06)   Live Like I´m Dying
      07)   Breakdown
      08)   Love Bites
      09)   Caught Up In The Rush
      10)   One Life – My Life 
      11)   All Died Young