Por Davi Pascale
Lendário grupo lança seu décimo-sexto
trabalho de inéditas. Mesmo atravessando período delicado, banda australiana demonstra
poder de fogo em álbum consistente e honesto.
O ano de 2014 certamente não foi
um bom ano para o AC/DC. Depois de Malcolm Young ser afastado por problemas de saúde
(para quem está por fora, o rapaz foi constatado com demência e está
impossibilitado de continuar tocando), o baterista Phil Rudd se meteu em
confusões. Foi acusado de estar envolvido no mandato de assassinato de duas
pessoas, foi preso, etc. A situação do músico ainda é uma incógnita. O rapaz
não aparece nas fotos promocionais, nem nos videoclipes e os músicos não deram
certeza se o levarão na turnê que ocorrerá em 2015.
Embora sua situação ainda esteja
confusa, Phil gravou a bateria no disco. Problemas à parte, o cara é um bom
músico e entrega aos fãs aquilo que esperam dele. Bateria reta, seca, sem
grandes inovações. Como sempre foi. Malcolm, contudo, não teve condições de
concluir o disco. Para seu lugar, trouxeram Stevie Young. Sobrinho de Angus e
Malcolm. Mas, acalmem-se. O cara não é mais criança já tem um tempo. Já atua na
cena musical desde os anos 80 e já chegou a substituir Malcolm anteriormente.
Para ser mais exato, em 1988, quando estavam divulgando o LP Blow Up Your Video. Stevie fez um bom
trabalho de guitarra. Conseguiu manter a essência da banda. Se bem que as músicas já estavam prontas quando assumiu. Os irmãos Young assinam a composição de todas as faixas.
Stevie Young grava seu primeiro disco com o AC/DC |
Existem bandas como o Metallica, por exemplo, que adoram uma inovaçãozinha. Outras, como Motorhead, gostam de manter sua essência e entregar à seus fãs o que esperam deles. O AC/DC faz parte do segundo time. Os arranjos seguem a mesma linha de sempre. Vocal gritado, guitarra falando alto, apostando em um hard rock flertando com blues em alguns momentos. Entretanto, fazia tempo que não entregavam um disco com composições tão inspiradas. O álbum é curto, direto. 35 minutos de som, sem nenhuma balada no disco.
Em "Rocks The House" saem um pouquinho do senso comum, trazendo uma evidente influência de Led Zeppelin. Outra surpresa foram os segundos iniciais de "Dogs of War" nos remetendo à Jimi Hendrix. "Rock The Blues Away" aponta para o AC/DC dos anos 80, tem uma pegada que me lembrou o Blow Up Your Video. No resto do tempo, o que temos é a sonoridade clássica do AC/DC.
Faixas como "Emission Control", "Hard Times", além da já citada "Rock The Blues Away" destacam-se no disco. O CD já se encontra nas lojas e traz uma capa com efeito holográfico, que é muito bacana. Sim, a versão brasileira também saiu assim. Um dos melhores discos de 2014. Pode comprar sem medo!
Nota: 9,0 / 10,0
Em "Rocks The House" saem um pouquinho do senso comum, trazendo uma evidente influência de Led Zeppelin. Outra surpresa foram os segundos iniciais de "Dogs of War" nos remetendo à Jimi Hendrix. "Rock The Blues Away" aponta para o AC/DC dos anos 80, tem uma pegada que me lembrou o Blow Up Your Video. No resto do tempo, o que temos é a sonoridade clássica do AC/DC.
Faixas como "Emission Control", "Hard Times", além da já citada "Rock The Blues Away" destacam-se no disco. O CD já se encontra nas lojas e traz uma capa com efeito holográfico, que é muito bacana. Sim, a versão brasileira também saiu assim. Um dos melhores discos de 2014. Pode comprar sem medo!
Nota: 9,0 / 10,0
Status: Empolgante
Faixas:
01) Rock Or Bust
02) Play Ball
03) Rock The Blues Away
04) Miss Adventure
05) Dogs of War
06) Got Some Rock & Roll Thunder
07) Hard Times
08) Baptism By Fire
09) Rock The House
10) Sweet Candy
11) Emission Control