quarta-feira, 21 de junho de 2017

Riverdogs – World Gone Mad (2011):



Por Davi Pascale

Acompanho o Vivian Campbell já tem algum tempo, mas só descobri essa banda agora. Os caras soltaram um novo álbum chamado California, que ainda não tive a oportunidade de ouvir, e fui pesquisar sobre. Descobri que o grupo fez sua estreia em 1990, já contando com as guitarras de Campbell e retornaram à ativa com esse EP de 2011, que comento hoje. Assim que ouvir o novo trabalho, escreverei por aqui, mas vamos nos concentrar agora nesse...

Acredito que muitos correrão atrás da banda por conta da participação do famoso guitarrista. Afinal, além de empunhar as guitarras do Def Leppard desde 1992, o rapaz chegou a trabalhar com outros grandes nomes do rock como Thin Lizzy, Dio e Whitesnake. Entretanto, já devo avisá-los: não esperem um trabalho pesado, nem um trabalho guiado por guitarras. Ao menos nesse disco, o trabalho do Riverdogs apresenta um som limpo, bastante melódico, onde o grande destaque acaba sendo o vocalista Rob Lamonthe.

Não conhecia muito o trabalho de Rob. A única referencia que tinha dele eram os vocais de “The River” no álbum solo de Greg Chaisson (Badlands). Gostei muito do seu timbre de voz que me remeteu à bandas como Mr Big e Lynch Mob. Embora não cante tão alto quanto, seu timbre vai meio nessa onda. Aparenta ser um grande vocalista. O baterista Marc Danzeisen ficou conhecido por seu trabalho ao lado de Gilby Clarke (Guns n Roses), já o Nick Brophy sempre foi o cara de frente no Riverdogs.

Esse material teve início em 2003, assim que resolveram retornar à ativa, mas por algum motivo as gravações foram engavetadas e os músicos só voltaram a mexer nesse material 8 anos depois. A única mais pesadinha é justamente a faixa-título. Responsável por abrir o CD, a faixa traz um ar meio moderno e já deixa claro algumas características da banda. Conta com uns backing vocals meio Beatles e um solo de guitarra curto e simples. Características que seguem em todo o álbum.


“Big Steel Town” é bem simpática. Soa como um feliz cruzamento entre Collective Soul e Goo Goo Dolls. “Just a Little Higher” traz os violões guiando a faixa, mas para os fãs do hard rock L.A. (sim, essa banda é de Los Angeles), a que trará maior satisfação será justamente “For You”, quem embora também traga uma mixagem moderna é guiada por um riff meio bluesy. Elemento que os fãs da cena curtem bastante.

Sinto que poderiam deixar Campbell um pouco mais solto. Entendi que a proposta é não ser um grupo exibicionista, o que não considero ruim, mas é de chorar quando ouvimos um solo tão bonito quanto ao que criou em “This Empty Room” terminar tão rápido. Poderiam deixar que o garoto solasse um pouco mais. Bem... Talvez isso aconteça nos shows.

Para quem não está preocupado com esses detalhes e quer apenas ouvir um bom álbum de rock n roll, o disco atende bem o propósito. O material é bem gravado, bem tocado e as músicas são boas. “Glitter Town” traz uma pegada bem rock n roll e conta com um bom refrão. “Best Day of My Life” também é bem interessante. O único senão foi a regravação de “No Matter What” (Badfinger). Certamente, não ficou ruim, mas também não é algo memorável. Serve mais como uma curiosidade mesmo.

World Gone Mad é um trabalho melódico, calmo, moderno, porém muito bem feito. Os arranjos são muito bem resolvidos e, como já deu para sentir, os músicos são de primeira. Vale uma checada...

Nota: 7,5 / 10,0
Status: Bem resolvido

Faixas:
      01)   World Gone Mad
      02)   Big Steel Town
      03)   Best Day Of My Life
      04)   Just a Little Higher
      05)   For You
      06)   This Empty Room
      07)   Glitter Town 
      08)   No Matter What