quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Coisas que me irritam nos rockeiros

Por Rafael Menegueti

Já faz algum tempo que eu fiz, por brincadeira, uma lista de coisas que irritam os rockeiros. Agora a minha idéia é inverter, mostrar coisas que os rockeiros fazem que me irritam, ou outras pessoas. Vejam se concordam:

- A mania de confundir o “eu não gosto” com o “é uma bosta”. Não é por que você não gosta de certa banda ou música que isso irá torná-la ruim. Gosto pessoal é algo muito relativo. O que não te agrada pode agradar outras pessoas. Um exemplo: uma das bandas mais criticadas da atualidade é o Avenged Sevenfold, no entanto eu raramente vejo algum argumento plausível para criticá-los. Sempre são coisas como “eles copiam o Metallica” (isso se chama influência, não cópia) e “eles tem um visual ridículo” (dane-se o visual, o que interessa é a música). Mas na realidade, eles são uma grande banda, com ótimos músicos e que alcançaram um sucesso comercial muito grande, por isso toda a atenção. Mas obviamente, ninguém é obrigado a gostar também.

- Falando em comercial, esse é outro problema que me chama a atenção: quando as pessoas condenam uma banda ou artista por ele buscar o sucesso comercial. Falam disso como se fosse errado ser bem sucedido e buscar estrelato. Muitas bandas se fazem valer de estratégias comerciais para fazer sucesso, mas isso não diminui a qualidade musical. É chato ver um artista ser criticado apenas por ele ter escolhido uma música com apelo mais popular como single, por exemplo, ou por ter feito um disco com uma sonoridade diferente do que ele costuma fazer. Ser comercial não é isso. Ser comercial, na minha opinião é vender a imagem da banda para propaganda, ou permitir que terceiros ditem os rumos de seu trabalho, fingir ser algo que você não é. Ser mais popular pode ser algo conquistado unicamente pela capacidade do artista. Portanto esse papo pra mim é bobagem.


- “Morte ao falso metal”. Cale essa boca! Esse papo de “falso metal” já deu e está mais ultrapassado do que os disquetes de 3”½. Ao longo de todos esses anos o heavy metal foi se dividindo em inúmeras vertentes, se unindo a outros elementos e influencias, o que tornou o estilo um dos mais variados e ricos de toda a música. Quando essa bobagem de criticar um estilo diferente começou, era unicamente por parte de sujeitos que idolatravam estilos mais extremos e não suportavam os mais melódicos, e vice versa. Mas, como sempre, essa idéia tomou proporções maiores do que deveria, e pra alguns virou ódio. E os fãs se viram no meio de uma disputa para definir o que seria o verdadeiro metal. Mas verdadeiro metal é tudo aquilo que se propor a sê-lo. Se tiver qualidade e competência, por que ficar implicando? Deixem a música fluir.