Durante o mês de Janeiro, o
Riff Virtual está de férias. Nesse período, estaremos reprisando algumas de
nossas melhores matérias. A partir de 1 de Fevereiro estaremos de volta com
matérias inéditas. Obrigado pelo apoio. Rock On!
Por Rafael Menegueti
O Amaranthe
surgiu como uma promessa de criatividade e novo ar no meio do cenário do metal
europeu. A proposta diferente da banda, de unir o peso do metal à sonoridade do
pop e eletrônico, dividiu muito as opiniões. Houve quem aceitasse numa boa (meu
caso) e houve os que odiaram. O fato é que o grupo lançou um disco de estreia
que chamou a atenção pelas músicas fortes, o talento de seus integrantes e pela
criatividade na hora de fazer videoclipes.
Depois, com “The
Nexus” a banda conseguiu levar a usa ideia adiante, mesmo que algumas faixas
pudessem soar muito parecidas umas com as outras. E acho que esse acabou sendo
o principal problema de “Massive Addictive”, que acaba de ser lançado pelo
sexteto sueco. O disco continua na mesma pegada que a banda mostrou em seus
trabalhos anteriores, mas parece estar ficando monótono por conta disso.
Tudo que
ouvimos em “Massive Addictive” não vai soar novo aos ouvidos dos fãs, a não ser
pela voz gutural do novo vocalista Henrik Englund, que acaba de se juntar a
banda substituindo Andreas Solveström. Intenso uso de sintetizadores e ênfases
nas guitarras continuam fazendo o estilo da banda. A banda segue fazendo um bom
trabalho instrumental, mas tudo está ficando repetitivo demais, muito igual ao
que eles já haviam mostrado antes.
Os membros do Amaranthe |
Por um lado,
a qualidade não piorou. As primeiras faixas mostram isso, e algumas até são bem
empolgantes, de “Dynamite” até a faixa título, quarta do disco, as músicas são
bem interessantes, mesmo sem serem muito diferentes. O single “Drop Dead
Cynical” até se destaca, como pode-se imaginar, mas depois a mesmice faz com
que o álbum entre em um estado monótono. Algo mais empolgante só aparece
novamente na faixa “Unreal”, nas seguintes, a balada “Over and Done” e “Danger
Zone”. De “Skyline” pra frente o disco segue na mesma, algum peso, solos e refrões
pegajosos como de costume. Não chega a ser ruim ou chato, mas também não é
espetacular.
No geral, o
disco não chega a me decepcionar, pois já imaginava que isso pudesse ocorrer. A
proposta deles é muito ousada para garantir que eles sempre consigam lançar discos
únicos. O que salva a banda é o fato de eles serem extremamente competentes no
que fazem. Elize Ryd tem uma voz incrível. O guitarrista Olof Mörck é
habilidoso e tem domínio sobre as composições. Mas nem isso garante que se
consiga fazer um disco perfeito. “Massive Addictive” não chega a ser ruim, mas
está longe do que a banda poderia ter mostrado aos fãs.
Nota: 6/10
Status: Razoável
Faixas:
1. "Dynamite"
2. "Drop Dead Cynical"
3. "Trinity"
4. "Massive Addictive"
5. "Digital World"
6. "True"
7. "Unreal"
8. "Over and Done"
9. "Danger Zone"
10. "Skyline"
11. "An Ordinary Abnormality"
12. "Exhale"