quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Amaranthe - Massive Addictive (2014)



Durante o mês de Janeiro, o Riff Virtual está de férias. Nesse período, estaremos reprisando algumas de nossas melhores matérias. A partir de 1 de Fevereiro estaremos de volta com matérias inéditas. Obrigado pelo apoio. Rock On!



Por Rafael Menegueti
O Amaranthe surgiu como uma promessa de criatividade e novo ar no meio do cenário do metal europeu. A proposta diferente da banda, de unir o peso do metal à sonoridade do pop e eletrônico, dividiu muito as opiniões. Houve quem aceitasse numa boa (meu caso) e houve os que odiaram. O fato é que o grupo lançou um disco de estreia que chamou a atenção pelas músicas fortes, o talento de seus integrantes e pela criatividade na hora de fazer videoclipes.

Depois, com “The Nexus” a banda conseguiu levar a usa ideia adiante, mesmo que algumas faixas pudessem soar muito parecidas umas com as outras. E acho que esse acabou sendo o principal problema de “Massive Addictive”, que acaba de ser lançado pelo sexteto sueco. O disco continua na mesma pegada que a banda mostrou em seus trabalhos anteriores, mas parece estar ficando monótono por conta disso.

Tudo que ouvimos em “Massive Addictive” não vai soar novo aos ouvidos dos fãs, a não ser pela voz gutural do novo vocalista Henrik Englund, que acaba de se juntar a banda substituindo Andreas Solveström. Intenso uso de sintetizadores e ênfases nas guitarras continuam fazendo o estilo da banda. A banda segue fazendo um bom trabalho instrumental, mas tudo está ficando repetitivo demais, muito igual ao que eles já haviam mostrado antes.

Os membros do Amaranthe
Por um lado, a qualidade não piorou. As primeiras faixas mostram isso, e algumas até são bem empolgantes, de “Dynamite” até a faixa título, quarta do disco, as músicas são bem interessantes, mesmo sem serem muito diferentes. O single “Drop Dead Cynical” até se destaca, como pode-se imaginar, mas depois a mesmice faz com que o álbum entre em um estado monótono. Algo mais empolgante só aparece novamente na faixa “Unreal”, nas seguintes, a balada “Over and Done” e “Danger Zone”. De “Skyline” pra frente o disco segue na mesma, algum peso, solos e refrões pegajosos como de costume. Não chega a ser ruim ou chato, mas também não é espetacular.

No geral, o disco não chega a me decepcionar, pois já imaginava que isso pudesse ocorrer. A proposta deles é muito ousada para garantir que eles sempre consigam lançar discos únicos. O que salva a banda é o fato de eles serem extremamente competentes no que fazem. Elize Ryd tem uma voz incrível. O guitarrista Olof Mörck é habilidoso e tem domínio sobre as composições. Mas nem isso garante que se consiga fazer um disco perfeito. “Massive Addictive” não chega a ser ruim, mas está longe do que a banda poderia ter mostrado aos fãs.

Nota: 6/10
Status: Razoável
Faixas:

1. "Dynamite"
2. "Drop Dead Cynical"
3. "Trinity"
4. "Massive Addictive"
5. "Digital World"
6. "True"
7. "Unreal"
8. "Over and Done"
9. "Danger Zone"
10. "Skyline"
11. "An Ordinary Abnormality"
12. "Exhale"