quinta-feira, 25 de junho de 2015

Discografia comentada: Linkin Park (PARTE 2)

Por Rafael Menegueti

Como prometido, seguimos com o especial sobre a discografia do Linkin Park, iniciada aqui:

Linkin Park em 2015
A Thousand Suns (2010)



O sucesso comercial da banda parecia moldado pelo estilo de composições que a banda apresentava. Talvez por isso mesmo a direção tomada pela banda em “A Thousand Suns” tenha causado tanta surpresa. O disco conceitual é também o mais experimental da carreira da banda. O grupo fez um disco difícil até mesmo de definir em uma categoria. Com menos ênfase nas guitarras (quase nenhuma na verdade) e um foco maior em sintetizadores, batidas eletrônicas e influencias pop, industrial e hip-hop, o disco desagradou os fãs mais antigos e atraiu um publico ainda mais diversificado ao grupo. Apesar de tudo, o ousado disco possui algumas boas canções, mesmo que a proposta da banda pareça confusa. O resultado foi um trabalho que exige a atenção do ouvinte para os detalhes e também um gosto musical mais aberto a esse tipo de experimentação. Destaques: Burning In the Skyes, Iridescent, The Catalyst.


Living Things (2012)


Mesmo com um álbum difícil como o “A Thousand Suns”, a popularidade da banda continuava alta, e eles decidiram aproveitar isso ao máximo não demorando muito para lançar um novo trabalho. Em 2012 então chegava às lojas “Living Things”, que trazia a banda de volta as faixas mais radiofônicas e também ao rock que os consagrou. De fato, o que era prometido foi cumprido. O trabalho parece sintetizar um pouco de tudo que a banda havia feito na sua primeira fase, com a sonoridade mais eletrônica e industrial atual. O disco também se difere bastante de seu antecessor por ser bem mais simples e fácil de ouvir. Destaques: Lost In the Echo, Burn It Down, Victimized.


Recharged (2013)


Já no ano seguinte a banda lançou mais um trabalho de remixes. Apesar da ideia parecer novamente repetitiva, a banda fez um pouco diferente de “Reanimation”, de 2002. Ao invés de focar no lado mais hip-hop de sua formula, aqui eles convidaram DJs, alguns até conhecidos como Steve Aoki, presente na única faixa inédita do trabalho, para remixar as canções de seu mais recente disco “Living Things”. Com isso, o que os fãs receberam foi um apanhado de faixas eletrônicas, na minha opinião interessantes apenas para fãs do gênero ou fãs incondicionais do grupo. Destaque: A Light That Never Comes.


The Hunting Party (2014)


E por fim, o mais recente disco: “The Hunting Party”. Dessa vez a banda realmente agarrou o rock como prioridade. O disco tem uma pegada e influencia clara de hardcore e punk. Energico, com ênfase nas guitarras e peso na bateria, é o disco mais próximo do que foi “Hybrid Theory”, apesar da pegada roqueira aqui ter dado um passo a mais, inclusive com solos de guitarra, algo inédito em trabalhos da banda. O disco tem ainda participações especiais de nomes como Page Hamilton (Helmet), Tom Morello (Rage Against the Machine) e Daron Malakian (System of a Down), que dão ainda mais consistência nas guitarras das canções. Destaques: Guilty All the Same, Keys to the Kingdom, Rebellion, Until It´s Gone.


Ao vivo, DVDs e outros

Alem da discografia de estúdio tradicional, a banda tambem lançou dois álbuns ao vivo, Live In Texas (2004) e “Road to Revolution: Live at Milton Keynes” (2008), ambos em formato CD e DVD. Não posso deixar de citar tambem o DVD “Frat Party at the Pankake Festival”, que contem um documentário sobre a turnê e fase do álbum “Hybrid Theory”. Outros lançamentos interessantes são os EPs do fã clube oficial da banda, o LP Underground. Os membros do fã clube já tiveram, com exclusividade, acesso a aproximadamente quinze discos com demos, faixas ao vivo e outras faixas raras.