Por Rafael Menegueti
Como prometido, seguimos com o especial sobre a discografia do Linkin
Park, iniciada aqui:
Linkin Park em 2015 |
A Thousand Suns (2010)
O sucesso comercial da banda parecia moldado pelo estilo
de composições que a banda apresentava. Talvez por isso mesmo a direção tomada
pela banda em “A Thousand Suns” tenha causado tanta surpresa. O disco
conceitual é também o mais experimental da carreira da banda. O grupo fez um
disco difícil até mesmo de definir em uma categoria. Com menos ênfase nas
guitarras (quase nenhuma na verdade) e um foco maior em sintetizadores, batidas
eletrônicas e influencias pop, industrial e hip-hop, o disco desagradou os fãs
mais antigos e atraiu um publico ainda mais diversificado ao grupo. Apesar de
tudo, o ousado disco possui algumas boas canções, mesmo que a proposta da banda
pareça confusa. O resultado foi um trabalho que exige a atenção do ouvinte para
os detalhes e também um gosto musical mais aberto a esse tipo de
experimentação. Destaques:
Burning In the Skyes, Iridescent, The Catalyst.
Living
Things (2012)
Mesmo com um álbum difícil como o “A Thousand Suns”, a
popularidade da banda continuava alta, e eles decidiram aproveitar isso ao
máximo não demorando muito para lançar um novo trabalho. Em 2012 então chegava
às lojas “Living Things”, que trazia a banda de volta as faixas mais
radiofônicas e também ao rock que os consagrou. De fato, o que era prometido
foi cumprido. O trabalho parece sintetizar um pouco de tudo que a banda havia
feito na sua primeira fase, com a sonoridade mais eletrônica e industrial
atual. O disco também se difere bastante de seu antecessor por ser bem mais simples
e fácil de ouvir. Destaques:
Lost In the Echo, Burn It Down, Victimized.
Recharged
(2013)
Já no ano seguinte a banda lançou mais um trabalho de
remixes. Apesar da ideia parecer novamente repetitiva, a banda fez um pouco
diferente de “Reanimation”, de 2002. Ao invés de focar no lado mais hip-hop de
sua formula, aqui eles convidaram DJs, alguns até conhecidos como Steve Aoki,
presente na única faixa inédita do trabalho, para remixar as canções de seu
mais recente disco “Living Things”. Com isso, o que os fãs receberam foi um
apanhado de faixas eletrônicas, na minha opinião interessantes apenas para fãs
do gênero ou fãs incondicionais do grupo. Destaque: A Light That Never Comes.
The Hunting Party (2014)
E por fim, o mais recente disco: “The Hunting Party”.
Dessa vez a banda realmente agarrou o rock como prioridade. O disco tem uma
pegada e influencia clara de hardcore e punk. Energico, com ênfase nas
guitarras e peso na bateria, é o disco mais próximo do que foi “Hybrid Theory”,
apesar da pegada roqueira aqui ter dado um passo a mais, inclusive com solos de
guitarra, algo inédito em trabalhos da banda. O disco tem ainda participações
especiais de nomes como Page Hamilton (Helmet), Tom Morello (Rage Against the
Machine) e Daron Malakian (System of a Down), que dão ainda mais consistência nas
guitarras das canções. Destaques:
Guilty All the Same, Keys to the Kingdom, Rebellion, Until It´s Gone.
Ao vivo,
DVDs e outros
Alem da discografia de estúdio tradicional, a banda
tambem lançou dois álbuns ao vivo, Live In Texas (2004) e “Road to Revolution:
Live at Milton Keynes” (2008), ambos em formato CD e DVD. Não posso deixar de
citar tambem o DVD “Frat Party at the Pankake Festival”, que contem um documentário
sobre a turnê e fase do álbum “Hybrid Theory”. Outros lançamentos interessantes
são os EPs do fã clube oficial da banda, o LP Underground. Os membros do fã clube
já tiveram, com exclusividade, acesso a aproximadamente quinze discos com
demos, faixas ao vivo e outras faixas raras.
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