quinta-feira, 16 de julho de 2015

Revolution Saints – Revolution Saints (2015):





Por Davi Pascale

Selo italiano cria supergrupo para demonstrar habilidades vocais do musico Deen Castronovo. Com ótimas composições, disco cativa ouvinte e se destaca como um dos grandes lançamentos do ano, mesmo sem contar com grandes novidades.

Revolution Saints não é exatamente uma banda, é um projeto. A ideia veio do pessoal do selo italiano Frontiers. A grande sacada é explorar o talento do cultuado Deen Castronovo enquanto vocalista. O rapaz é mais do que respeitado por suas habilidades enquanto baterista, tendo tocado com grandes nomes do rock como Ozzy Osbourne, Steve Vai e Marty Friedman, só para citar alguns, e há mais de 15 anos vem se destacando ao lado do Journey. Curriculum impressionante, não é mesmo? Bom, se isso já te deixou babando, pode ir buscar uma caixa de lenços porque o cara arregaça nos vocais também.

Esse tipo de projeto sempre me deixa dividido. Por um lado, sei que é um disco com qualidade garantida. De outro, tenho total consciência de que dificilmente sobreviverá mais do que dois trabalhos e venderá umas 1.000 cópias cada. O lado bom da história é que sua audição é empolgante. As composições são fantásticas e o álbum mantém a consistência do início ao fim. Não sei se comemoro ou se choro. Honestamente, esse e o novo do Black Star Riders são os melhores CDs que ouvi esse ano. E de inovador não tem nada.

Deen Castronovo se destaca nos vocais. CD agradará aos fãs do Journey

A sonoridade é Journey puro. Desde as construções das músicas, especialmente dos refrões, até as linhas vocais, altamente influenciadas por Steve Perry. Imagine aquele Journey do Escape, do Departure com um teclado um pouco menos evidente e a guitarra com um pouco mais de distorção. É exatamente isso que temos aqui.

Castronovo além de ficar responsável pelos vocais, ficou responsável pela bateria também. Com seu histórico, não poderia ser diferente. Dono de uma grande experiência, obedece a lógica dos grandes músicos. Toca aquilo que a música pede, sem ficar se preocupando com exibicionismo. As guitarras ficaram por conta de Doug Aldrich. Outro grande músico que já fez parte de grupos icônicos como Whitesnake e Dio. O rapaz rouba a cena com ótimos riffs e solos inspirados. Jack Blades, vindo diretamente do Night Ranger, completa o trio com seu baixo preciso. Os teclados ficaram por conta do produtor Alessandro Del Vecchio. Algo já esperado nas produções do selo.

Curiosamente, justo nas faixas que contam com a participação do guitarrista Neal Schon e do vocalista Arnel Pineda é onde eles soam mais afastados do trabalho do Journey. Entretanto, a sonoridade melodic rock se mantém. “Way To The Sun”, por exemplo, traz claras referências de Damn Yankees. “Back On My Trial”, “Turn Back Time”, “Locked Out of Paradise” e “Better World” são minhas faixas preferidas. Se você é fã de Journey, Tyketto, House of Shakira, Survivor e afins, pode ir sem medo. Discaço!

Nota: 9,0/10,0
Status: Journey Pt 2

Faixas:
      01)   Back On My Trial
      02)   Turn Back Time
      03)   You´re Not Alone
      04)   Locked Out Of Paradise
      05)   Way To The Sun
      06)   Dream On
      07)   Don´t Walk Away
      08)   Here Forever
      09)   Strangers to This Life
     10)   Better World
     11)   To Mend A Broken Heart
     12)   In The Name Of The Father (Fernando´s Song)