quinta-feira, 30 de junho de 2016

Duca Leindecker – Plano Aberto CD + DVD (2015):





Por Davi Pascale

Líder do Cidadão Quem chega ao seu primeiro DVD solo. Vídeo traz convidados especiais e certamente agradará seus fãs de longa data.

Duca Leindecker é um dos artistas mais talentosos, surgido nos últimos tempos na cena brasileira. Infelizmente, o rapaz nunca conseguiu a projeção nacional que tanto mereceria. Mesmo fazendo um som comercial de qualidade, sua fama ficou restrita aos músicos e publico mais voltado para o sul do Brasil.

Certa vez, assisti uma entrevista do cantor Ritchie onde ele dizia que o Brasil era um país com muitos países em um só. Realmente, há um certo sentido. Temos regiões com costumes de vida diferente, expressões diferentes e, sim, influências diferentes. Não dá para chamar o sucesso de Duca de local, mas certamente é um artista de nicho. O que é uma pena. O som que faz tinha de tudo para invadir as rádios Brasil afora e a qualidade de seu trabalho é muito superior à 90 % da galera que está na grande mídia hoje.

Sua fama aumentou um pouquinho depois que realizou o duo Pouca Vogal ao lado de Humberto Gessinger, líder do Engenheiros do Hawaii. Aliás, Humberto faz uma breve aparição no show, realizando um interessante dueto em “Missão”. Colecionadores do Engenheiros, fiquem atentos.

O último disco de Duca Leindecker, (o ótimo) Voz, Violão e Batucada, trazia uma proposta diferente. Seguindo um pouco a lógica do Pouca Vogal. Ou seja, fazer canções em formato reduzido. Boa parte da percussão era realizada no próprio corpo do violão. No máximo, utilizava o bumbo e um pandeiro. Aqui, traz algumas músicas nesse formato. Caso de “Tudo é Longe” ou “Brutalidade e Sol”.

DVD explora lado instrumentista do cantor/compositor

Entretanto, esse não é o foco da apresentação. Aqui é focado seu lado mais de multi-instrumentista, além do lado compositor, é claro. O cantor passeia pelo violão, guitarra, piano, baixo, bumbo, pandeiro, além de cantar todas as músicas.

Em várias canções, conta com uma (boa) banda de apoio por trás. No set, mistura músicas de todas as suas fases. Desde seus tempos de Cidadão Quem, passando pelo Pouca Vogal, até chegarmos em seu mais recente trabalho de inéditas. Canções como “Pinhal”, “Dia Especial” e “Girassóis”, já são consideradas meio que clássicas entre seus fiéis seguidores, e fazem a alegria dos fãs mais uma vez.

Além do líder do Engenheiros, o show ainda conta com a participação de Tiago Iorc e de seu irmão Luciano Leindecker. Um dueto emocionante ocorre em "Ronco do Vulcão" com Duca no palco e Luciano nos telões. (Para quem está por fora, o baixista do Cidadão Quem morreu em 2014, por conta de um mieloma, um câncer que se desenvolve na medula óssea).

No vídeo, ainda temos um breve documentário com o músico explicando um pouco o conceito do show e os dois videoclipes criados para promover seu mais recente disco. Acompanha o pacote um CD com as músicas da apresentação. Com ótima qualidade de som e imagem, e uma apresentação redondíssima, o material se faz necessário na coleção de seus velhos fãs.

Nota: 9,0 / 10,0
Status: Profissional

Faixas CD/DVD:
      01)   Certeiro
      02)   Dia Especial
      03)   Nós
      04)   Depois da Curva
      05)   Tudo é Longe
      06)   Ao Fim de Tudo
      07)   Bossa
      08)   Até Aqui
      09)   Música Inédita
      10)   Iceberg
      11)   Brutalidade e Sol
      12)   O Amanhã Colorido
      13)   Cachecol Vermelho
      14)   Breve
      15)   Missão
      16)   Vício
      17)   Do Nosso Tempo
      18)   Pinhal
      19)   Girassóis
      20)   Ronco do Vulcão

quarta-feira, 29 de junho de 2016

Tesla – Five Man Video Band (1991):



Por Davi Pascale

É meus amiguinhos. O tempo passa. Lá se vão 25 anos desde que assisti esse vídeo pela primeira vez. Ainda no formato do velho VHS. Pré blu-ray, pré DVD, pré LD. E o mais bacana de tudo, reassistindo o material, agora em DVD, a magia continua intacta. Um dos vídeos acústicos que mais gosto.

Uma das razões dessa magia era o período em que a banda e em que o rock estava atravessando. 1990, 1991, era um período em que o rock n roll estava em alta. Grandes bandas, grandes discos, excursões enormes, etc etc etc. E uma das novas bandas que estava dando o que falar era o Tesla que fazia um hard rock um pouco mais pesado do que as outras bandas vinham fazendo. A outra razão que torna isso tão especial é que tudo ocorreu de uma maneira absolutamente despretensiosa.

Sempre que um artista lança um álbum ou anuncia uma turnê, a gravadora coloca o artista em questão para trabalhar a divulgação daquilo que está lançando. Naquele período, cede entrevistas e mais entrevistas, faz aparições em rádio e televisão. Foi assim que tudo começou. Os músicos caíram na estrada para promover seu segundo LP, o ótimo The Great Radio Controversy, e começaram a fazer algumas aparições em rádio. Em algumas dessas aparições, rolavam algumas performances no estúdio da rádio e, algumas vezes, no formato acústico.

Nessa época, estavam em turnê junto com o Motley Crue. O grupo de Vince Neil atravessava uma ótima fase, divulgando o LP Dr. Feelgood. Trabalho de enorme sucesso comercial. Haviam fechado um contrato de 5 semanas. Nesse meio tempo, a rapaziada do Motley resolveu tirar uma semana de folga. Para não deixar os músicos sem fazer nada e não pagar passagens para voltarem para casa e depois para retornarem para a estrada, o empresário do grupo, Peter Mensch, agendou uma série de shows acústicos em pequenos clubes. A ideia era simplesmente mantê-los ocupados.

A banda criou o espetáculo meio na correria e resolveu registrar o show de Filadelfia como uma espécie de recordação. Só que nesse meio tempo, começou a rolar nas rádios uma versão acústica deles tocando “Signs” em uma daquelas aparições nos estúdios das rádios. E muitos ouvintes começaram a pedir e procurar pela música. Por conta disso, a gravadora os pressionou a criar um álbum acústico com a tal canção. A decisão dos meninos foi pegar a gravação que tinham realizado para eles e colocar no mercado.

Lançado inicialmente em CD, VHS e LP, o show recebeu o nome de Five Man Acoustic Jam para o lançamento em áudio e Five Man Video Band para o registro em vídeo. O nome era uma homenagem ao grupo que criou a música “Signs”, a Five Man Electrical Band. Por serem uma banda ainda iniciante, com dois discos apenas nas costas, decidiram incluir mais alguns covers no setlist: “We Can Work It Out” (Beatles), “Mother´s Little Helper” (Rolling Stones), “Lodi” (Creedence Clearwater Revival), além de uma citação de “Truckin´” (Grateful Dead).

Gravado em 2 de Julho de 1990, o grupo estava em seu auge. Frank Hannon e Tommy Skeoch chamavam a atenção no trabalho realizado nos violões, mas o grande destaque mesmo era o endiabrado Jeff Keith. O cantor não parava quieto no banco e atacava a voz para cima todo o tempo. E o mais impressionante de tudo, não houve correção em estúdio. A banda se recusou a fazer alegando que ‘ao vivo é ao vivo’.

Justamente por não ter sido criado com a intenção de lançamento, o ar de descontração é total. Os músicos brincam com a plateia. Brincam entre eles. O repertório trazia canções de seus dois álbuns. Dos clássicos, apenas “Lazy Days, Crazy Nights” e “Hang Tough” ficaram de fora. O resto está tudo aqui. “Gettin´ Better”, “Modern Day Cowboy”, “Comin´ Atcha Alive”, “The Way It Is”, “Before My Eyes”. Performance simplesmente perfeita!

Infelizmente, o DVD (que chegou ao mercado em 2002) não traz nenhum material adicional. A produção é tão simples quanto a do show em questão, mas vale muito a pena. Se você não conhece, aproveita para dar uma checada. E não deixe de conferir também os três primeiros discos do grupo: Mechanical Resonance, The Great Radio Controversy e Psychotic Supper. Bandaça!

Nota: 10,0 / 10,0
Status: Clássico

Faixas:
      01)   Comin´ Atcha Alive / Truckin´
      02)   Heaven´s Trail (No Way Out)
      03)   The Way It Is
      04)   We Can Work It Out
      05)   Signs
      06)   Getton Better
      07)   Before My Eyes
      08)   Paradise
      09)   Lodi
      10)   Mother´s Little Helper
      11)   Modern Day Cowboy
      12)   Frank Hannon Jam
      13)   Love Song
      14)   Tommy´s Down House
      15)   Little Suzi
      16)   Down Fo´ Boogie

terça-feira, 28 de junho de 2016

Yngwie Malmsteen – World On Fire (2016):



Por Davi Pascale

Yngwie Malmsteen acaba de soltar um novo álbum. Disco mantém seu velho estilo e traz o músico se aventurando pela primeira vez como cantor.

Quem viveu os anos 80 e início dos anos 90 lembra-se com clareza do impacto que o guitarrista sueco teve entre os músicos e ouvintes daquela geração. Influencia direta para músicos como Timo Tolkki (Stratovarius), Malmsteen se destacou por trazer referências da musica clássica para dentro do heavy metal e pela enorme velocidade nos momentos dos solos.

Também se destacou pelo seu perfeccionismo, pela sua presença de palco e por trabalhar com grandes músicos. Vários deles ganharam destaque na cena depois de terem trabalhado com o guitarrista. Caso de Mark Boals ou Jeff Scott Soto. E aí entra a primeira a decepção dessa nova fase. Cada vez mais, ele quer fazer tudo sozinho. Em World On Fire, por exemplo, ele escreveu as letras, fez os arranjos, produziu o disco, gravou teclado, violão, baixo, violoncelo, sítar, guitarra e voz. Somente a bateria que ele não se arriscou e deixou a cargo de Mark Ellis. Musico que o acompanha desde 2013. Nick Marino colaborou em alguns teclados, mas não cantou uma nota sequer (é ele quem canta nos shows).

Ninguém duvida da capacidade dele enquanto músico. O cara na guitarra é praticamente um gênio. Utilizar as técnicas que ele utiliza na velocidade em que ele utiliza é algo surreal. Mas, para produção, por exemplo, acho que ele fica a dever. Sonoridade um pouco pobre, em termos de mixagem, para alguém com sua história.

Musico faz estreia nos vocais

Querendo gastar cada vez menos com músicos de apoio, agora ele se aventurou nos vocais também. Ele já tinha gravado voz em algumas faixas antes, mas sempre musicas com uma pegada mais blues. Agora, ele resolveu cantar o material de heavy metal mesmo. No disco, isso não é um grande problema. Ele tem um timbre de voz bacana e é afinado. Até porque são poucas as faixas cantadas. Três, se não me engano. O problema é se ele inventar de assumir o microfone na próxima turnê. Embora cante bem, ele não tem o alcance necessário para reproduzir seus grandes clássicos que o publico sempre espera.

O disco é Yngwie Malmsteen sendo Yngwie Malmsteen. Bateria veloz, solos velozes. A logica musica clássica + heavy metal continua firme e forte. Aposta cada vez mais em faixas instrumentais. As músicas são boas, mas nenhuma tem a força para se tornar uma nova “Black Star” ou uma nova “Far Beyond The Sun”.

É um trabalho bacana de se ouvir, sem duvidas, mas longe do brilho de álbuns como Seventh Sign, Trilogy ou Odyssey. Em um próximo álbum também gostaria de ver um cantor de frente e mais músicas cantadas. Esse cara escreveu verdadeiros hinos do heavy metal como “You Don´t Remember, I´ll Never Forget”, “I´ll See The Light Tonight”, “Queen In Love”, “Rising Force”, “Heaven Tonight”, “Deja Vu”… A impressão que me dá é que ele está meio acomodado. Ainda estou esperando o próximo grande album do rapaz. Malmsteen, ainda acredito em você. 

Nota: 7,0 / 10,0
Status: Fiel

Faixas:
      01)   World On Fire
      02)   Sorcery (Instrumental)
      03)   Abandon (Instrumental)
      04)   Top Down, Foot Down (Instrumental)
      05)   Lost In The Machine
      06)   Largo (Instrumental)
      07)   No Rest For The Wicked (Instrumental)
      08)   Soldier
      09)   Duf 1220 (Instrumental)
      10)   Abandon (Slight Return) (Instrumental)
 11)   Nacht Musik (Instrumental)

segunda-feira, 27 de junho de 2016

Eric Clapton – I Still Do (2016):





Por Davi Pascale

Eric Clapton chega ao seu vigésimo-terceiro álbum solo. Contando com a ajuda do produtor de Slowhand, Clapton entrega álbum calmo e inspirado.

Antes de mais nada, é necessário dizer que I Still Do não está no mesmo nível do álbum lançado em 1977. Toda vez que esse tipo de parceria é retomada, os fãs acham que o artista retornará aos seus dias de glória do nada. Slowhand é um clássico e isso não é à toa. Contudo, Clapton sempre manteve a qualidade dos seus discos em um nível alto. E aqui não é diferente. Gravação perfeita, músicos de primeiro time, trabalho de guitarra absurdamente fantástico.

Há, contudo, algumas similaridades com seu velho LP. Além de contar, mais uma vez, com a ajuda de Glyn Johns, o novo CD conta com uma enorme variedade nos arranjos e privilegia arranjos mais calmos. Apenas duas canções são da autoria de Eric Clapton. “Catch The Blues”, uma de suas famosas baladas guiadas pelo violão e o blues “Spiral”, para mim, um dos grandes destaques do novo trabalho. Aquela velha história... quem é rei nunca perde a majestade. Outros grandes momentos ocorrem quando resolve revisitar seus velhos ídolos. As versões de “Stones In My Passway” de Robert Johnson e “Alabama Women Blues” de Leroy Carr são simplesmente mortais.

Clapton mantém a qualidade em trabalho calmo e inspirado

Existem aqueles que dizem que os artistas depois de um certo tempo de carreira deveriam se aposentar, pois não seriam capazes de repetir os feitos do passado. Teoria que nunca foi a favor. Claro que todo mundo tem seu auge – técnico e criativo – mas daí dizer que tudo que foi feito após aquele período é descartável acho meio nonsense. I Still Do meio que comprova minha tese. Se por um lado, não apresenta o mesmo nível de trabalhos como Eric Clapton (1970) ou de Money and Cigarettes, de outro, está bem acima de 90 % daquilo que é produzido nos dias atuais. E, sim, meus amigos ele ainda toca e canta incrivelmente bem.

J.J. Cale, autor de hits como “Cocaine” e “After Midnight”, morreu em 2013, vítima de um infarto. Isso não impediu, contudo, que Clapton resgatasse duas canções de seu velho parceiro. Surgem aqui “Can´t Let You Do It” e “Somebody´s Knockin’”, sendo essa ultima outro dos pontos altos do disco. O não menos idolatrado e icônico Bob Dylan é revivido em uma interessante versão de “I Dreamed Saw Augustine”. 

Eric Clapton ficou marcado como musico de blues, mas em sua carreira-solo chegou a flertar com outros gêneros como o reggae e a música pop. Quem gosta de sua fase mais radiofônica, irá gostar da balada “I Will Be There”. No entanto, esse álbum é recomendado mesmo para aqueles que são fãs de sua fase mais blueseira. Diante dos comentários mais recentes do guitarrista, existe uma grande possibilidade que esse seja seu último álbum. Se for, encerra em grande estilo.

Nota: 8,0 / 10,0
Status: Inspirado

Faixas:
      01)   Alabama Woman Blues
      02)   Can´t Let You Do it
      03)   I Will Be There
      04)   Spiral 
      05)   Catch The Blues
      06)   Cypress Grove 
      07)   Little Man, You´ve Had a Busy Day
      08)   Stones In My Passway
      09)   I Dreamed I Saw St. Augustine
      10)   I´ll Be Alright
      11)   Somebody´s Knocking
      12)   I´ll Be Seeing You

domingo, 26 de junho de 2016

Nenhum de Nós – Teatro Paulo Machado (24/06/2016):



Por Davi Pascale
Fotos: Davi Pascale

O Nenhum de Nós animou aqueles que resolveram sair de casa e comparecerem ao Teatro Paulo Machado na ultima sexta. Durante aproximadamente 100 minutos, os músicos relembraram canções de diferentes fases de sua carreira.

Infelizmente, o publico que compareceu ao espetáculo foi um pouco abaixo do esperado. Com quase 30 anos de estrada nas costas, os rapazes levaram a situação numa boa. Logo no início da apresentação, o cantor Thedy Corrêa brincou com a plateia. “Obrigado a todos vocês que saíram de casa nesse frio para nos ver. Talvez isso tenha afastado o pessoal. Ou talvez eles tenham descoberto que não tocávamos sertanejo”.

Embora estejam longe da mídia há alguns anos, o grupo nunca se acomodou. Nunca parou de produzir. Nunca abandonou a estrada. Contando com a capa de seu mais recente álbum, Sempre É Hoje, como pano de fundo, o show se iniciou com a canção que abre o CD em questão, a ótima “Milagre”. Mais algumas desse álbum foram apresentadas. “Descompasso”, “Caso Raro” e o dueto com a Roberta Campos “Foi Amor” foram algumas delas. “Ela não pode nos acompanhar em todos os shows, mas a tecnologia de hoje permite que ela esteja aqui”, anunciou antes da música. Exato, os músicos samplearam a voz dela. Ficou bacana.

Obviamente grandes hits de sua trajetória – como “Astronauta de Mármore” e “Vou Deixar Que Você Se Vá” – não ficaram de fora. Além daquelas que são favoritas dos fãs e que poderiam ter se tornado tão fortes quanto caso tivesse ocorrido uma projeção maior. Caso de “Amanhã Ou Depois” e “Diga a Ela”. 

Músicos relembraram canções de diferentes períodos

A banda está muito bem entrosada. É bem difícil pegarmos algum erro na execução das músicas. Para quem é fã, o show foi ótimo. Os músicos misturaram grandes hits com lados B e passaram por boa parte de sua discografia. “Tocar em teatro nos permite tocar algumas musicas que normalmente não tocamos em shows maiores. Por isso, hoje o show é um pouco maior”.

O espetáculo começou com aproximadamente 20 minutos de atraso, mas isso não incomodou os presentes. Todos que compareceram, aplaudiram bastante os músicos e cantaram junto com eles boa parte do show. Na plateia, estava presente um ilustre convidado, o guitarrista Sergio Hinds do Terço. “Somos muito fãs da banda dele. Uma honra o termos aqui”.

O novo trabalho do grupo homenageia outro de seus grandes ídolos. O musico argentino Gustavo Cerati (Soda Stereo). Além do álbum ser uma homenagem, uma de suas canções foi executada. “De Musica Ligera”, canção que fez muito sucesso no Brasil na voz do Capital Inicial, que a transformou em “À Sua Maneira”. Contudo, os músicos a interpretaram em seu formato original.

A apresentação se encerrou próximo da meia-noite com duas canções do início de sua trajetória: “Eu Caminhava” e o clássico “Camila, Camila”. Quem resolveu encarar o frio, se divertiu assistindo um show alegre, descontraído, recheado de canções marcantes e, acima de tudo, muito bem executado. Quem preferiu ficar em casa vendo TV, agora tem que torcer para uma nova visita dos músicos ao ABC. E da próxima vez, vê se aparece, vale a pena! 

sábado, 25 de junho de 2016

Notícias do Rock



Por Davi Pascale

Hoje é dia de resgatarmos alguns dos principais acontecimentos da semana. Fique por dentro do que está rolando no universo do rock, dentro e fora do Brasil. Confira!


Vinyl é cancelada pela HBO



A famosa série de Mick Jagger e Martin Scorcese, sobre a cena musical dos anos 70, não terá segunda temporada. A notícia foi dada pela HBO na ultima terça (22). A série foi sucesso de crítica, mas pelo visto, não atingiu uma grande audiência. Pena...


Led Zeppelin inocentado da acusação de plágio



O Led Zeppelin é acusado de inúmeros plágios em sua carreira. Recentemente, a famosa canção “Stairway to Heaven” foi avaliada por juízes para saber se era ou não um plágio. A ação foi movida por Michael Skidmore, representante de Randy Wolfe, autor da faixa “Taurus” (Spirit). A responsável por toda a confusão. Foi explicado que a progressão de acordes nela é uma progressão cromática comum, utilizada há centenas de anos, em artistas dos mais diversos gêneros. Lawrence Ferrara, professor de musica de NY, comprovou a teoria ao demonstrar que canções como “Insensatez” (Tom Jobim) e “Michelle” (Beatles) tinham a mesma sequencia. Na decisão final, o júri voltou a favor do Led Zeppelin.


Lars Ulrich irá colaborar com Radio Dreams



Lars Ulrich está colaborando com um filme chamado Radio Dreams. A película retrata a história de uma banda de heavy metal do Afeganistão chamada Kabul Dreams, cujo maior sonho deles era conhecer o Metallica. Lars decidiu ajudar os garotos, ajudando-os a financiar a produção independente e fazendo uma breve aparição no filme. O baterista do Metallica comentou sobre o caso no So What Podcast. “É algo muito bacana e único. Amei a ideia de poder colaborar com o filme e a cultura de uma parte do mundo que não tem destaque de maneira global. Estou ajudando a colocar o filme na rota dos festivais de cinema para gerar a atenção que eles merecem.”


Ira! promete novo álbum para o segundo semestre



O músico Edgard Scandurra afirmou em entrevista à Rolling Stone Brasil que o Ira! está planejando um novo álbum para o segundo semestre. Segundo Edgard, a ideia é fazer a gravação com os músicos tocando juntos no estúdio, como as bandas faziam antigamente. O novo álbum, que não conta com a presença de Ricardo Gaspa e André Jung, misturará canções inéditas com releituras de canções obscuras da trajetória da banda. Esse será o primeiro lançamento com a marca Ira! desde Invisível DJ de 2007.


Pitty lançará novo DVD ao vivo no dia do rock



No próximo dia 13 de Julho chegará às lojas o novo DVD ao vivo da roqueira baiana Pitty. Atendendo pelo título de Turnê Sete Vidas Ao Vivo, o material traz uma recente apresentação na casa Audio Club (São Paulo) e será lançado pela Deckdisc, sua velha parceira. O vídeo estará disponível em material físico e digital.