Durante o mês de Janeiro, o
Riff Virtual está de férias. Nesse período, estaremos reprisando algumas de
nossas melhores matérias. A partir de 1 de Fevereiro estaremos de volta com
matérias inéditas. Obrigado pelo apoio. Rock On!
Por Rafael Menegueti
Ok, vamos lá. Avenged Sevenfold. A banda que mais gera brigas e bate-bocas em todo o cenário do heavy metal (talvez até de todo o rock) mundial. Por quê? Simples. Eles são aquele caso “ame ou odeie”. Uma banda que, ao mesmo tempo em que é extremamente elogiada e apontada como o futuro do metal por uns, é insultada, massacrada e tida como copiadora por outros.
Mas, afinal, o que o Avenged Sevenfold fez pra que isso ocorresse? Talvez nem eles mesmos saibam. Conheci a banda por acaso, quando vi um vídeo deles no Youtube, da música “Afterlife”. Na época eles ainda não eram tão famosos como hoje em dia, mas já tinham sua história (e também seus haters). O fato é que, desde que eu conheci o grupo, muita coisa mudou. Eles ficaram mais famosos, mudaram a sonoridade pra algo mais maduro, perderam o baterista The Rev e, com isso, ganharam combustível para compor canções fortes em um disco todo voltado ao trágico episódio (Nightmare, de 2010). Mas depois disso eles precisavam provar que estavam seguido em frente, de cabeça erguida.
Hail to the King chegou às lojas em agosto de 2013. Chegou causando um tremendo alvoroço, em vários sentidos. Pra quem gosta deles foi mais do que positivo. É pesado, bem mais do que qualquer antecessor. Tem riffs extremamente marcantes, com uma pegada clássica de heavy metal. Synyster Gates e Zacky Vengeance continuam com uma perfeita combinação de solos e ritmos. Os vocais de M. Shadows continuam bons, na linha dos outros trabalhos mais recentes. Destaques para a faixa titulo e Doing Time, ambas bem estruturadas. As linhas de bateria são o único ponto mais fraco. Os fãs sentem falta da versatilidade e técnica de The Rev. Arin Ilejay não é ruim, apenas não tem a mesma técnica que o batera original. De resto, o disco não podia ter feito mais jus à evolução que a banda vem demonstrando em seus trabalhos.
E aqueles que não gostam deles vieram logo com os ataques. Antes era o visual, que parecia “emo” (alguém ainda lembra deles?). Agora que eles estão mais maduros e essa conversa de “emos” não cola mais, eles precisavam achar um outro motivo pra pegar no pé dos caras, certo? Pois bem, eles acharam. Agora eles são acusados de tentar copiar outras bandas, mais especificamente o Metallica. Pra eles, “Hail to the King” não passa de uma cópia do “Black Album”, de 1991. Mas o único argumento é de que as musicas “lembram” Sad But True ou Wherever I May Roam.
Lembram? Usar outra banda como referencia não é copiar, chama-se influencia. Não é cópia. Seria se as músicas fossem iguais, mas aqui não é o caso. O único erro do Avenged aqui, talvez tenha sido não inovar. Em matéria do que já se conhece de metal, “Hail to the King” não mostra nenhum novo elemento que possa ser considerado algo inovador e criativo. Mas até que ponto isso é um defeito? Se a intenção deles era fazer um bom disco de metal à moda antiga, eles conseguiram. E isso é o que importa.
Nota: 7/10
Status: Bom pra “banguear”
Faixas:
1. "Shepherd of Fire"
2. "Hail to the King"
3. "Doing Time"
4. "This Means War"
5. "Requiem"
6. "Crimson Day"
7. "Heretic"
8. "Coming Home"
9. "Planets"
10. "Acid Rain"