domingo, 9 de novembro de 2014

Bad Company: The Official Authorised 40th Anniversary Documentary (2014)





Por Davi Pascale

Produzido por Jon Brewer, o filme tem como objetivo repassar a trajetória do grupo. Indo desde o início, quando seus músicos participavam de outros conjuntos, até sua situação atual. O longa prende a atenção, traz depoimentos interessantíssimos, mas falha por pular grande parte da história.

Paul Rodgers, Mick Ralphs, Simon Kirke e Boz Burrell já eram todos músicos renomados quando resolveram montar o Bad Company. Contudo, a ideia não era de um projeto e, sim de criar uma nova banda de rock n roll. Paul e Simon haviam pertencido ao Free. Mick Ralphs havia passado pelo Mott The Hoople, enquanto Boz Burrell havia cantado no King Crimson. E assim foi...

Não demorou muito e os caras deixavam de serem o número de abertura, para se tornarem o grupo principal das turnês. Emplacaram hits atrás de hits, ganharam disco de ouro, fizeram shows atrás de shows. Por trás do grupo, outra figura lendária: Peter Grant, empresário do Led Zeppelin. Com contrato assinado pela Swan Song, selo dirigido pelos músicos do Led, o rapaz logo começou a trabalhar para eles.

Pelicula retrata apenas fase clássica

Jon Brewer é um produtor/diretor renomado. Esse não foi seu primeiro documentário. Nem mesmo na área da música. É dele os documentários BB King: Life Of The Riley e também Jimi Hendrix: The Guitar Hero. Durante 80 minutos, intercala fala dos músicos com (poucas) imagens de arquivo. Os músicos comentam sobre a formação da banda, sobre a criação das músicas, sobre as gravações dos discos e, é claro, sobre as mortes de Grant e Burrell.

Não faltam também depoimentos sobre as dificuldades encontradas na estrada. O desgaste físico, as brigas sem sentido, o álcool, as drogas. Está tudo aqui. O grande problema é que eles dão um pulo de Rough Diamonds até a reunião de 99. Ou seja, é focado apenas a fase clássica. As fases de Brian Howe e Robert Hart foram simplesmente ignoradas, o que considero um erro já que a ideia é documentar a história do grupo. Até mesmo alguns trabalhos solos e o The Firm foram citados no longa. A fase sem Paul Rodgers é como se não existisse. Uma pena!

A produção é simples, porém eficaz. Adquiri a edição prensada pela revista inglesa Classic Rock Magazine. E, de boa, vale a pena. Mesmo aqueles que não dominam a língua inglesa podem comprar sem medo, já que foi incluída a opção de legendas em português. Quem diria.. Mesmo com essa gafe de pular parte da historia, o documentário é essencial para qualquer fã que se preze e deve ser assistido com o máximo de atenção.

Nota: 7,5/10
Status: bons depoimentos, história incompleta