Por Davi Pascale
Produzido por Jon Brewer, o filme tem como objetivo repassar a trajetória
do grupo. Indo desde o início, quando seus músicos participavam de outros
conjuntos, até sua situação atual. O longa prende a atenção, traz depoimentos
interessantíssimos, mas falha por pular grande parte da história.
Paul Rodgers, Mick Ralphs, Simon Kirke e Boz Burrell já eram todos músicos
renomados quando resolveram montar o Bad Company. Contudo, a ideia não era de
um projeto e, sim de criar uma nova banda de rock n roll. Paul e Simon haviam pertencido ao Free. Mick Ralphs havia passado pelo Mott The Hoople, enquanto
Boz Burrell havia cantado no King Crimson. E assim foi...
Não demorou muito e os caras deixavam de serem o número de abertura,
para se tornarem o grupo principal das turnês. Emplacaram hits atrás de hits,
ganharam disco de ouro, fizeram shows atrás de shows. Por trás do grupo, outra
figura lendária: Peter Grant, empresário do Led Zeppelin. Com contrato assinado
pela Swan Song, selo dirigido pelos músicos do Led, o rapaz logo começou a
trabalhar para eles.
Pelicula retrata apenas fase clássica |
Jon Brewer é um produtor/diretor renomado. Esse não foi seu primeiro
documentário. Nem mesmo na área da música. É dele os documentários BB King: Life Of The Riley e também Jimi Hendrix: The Guitar Hero. Durante
80 minutos, intercala fala dos músicos com (poucas) imagens de arquivo. Os músicos
comentam sobre a formação da banda, sobre a criação das músicas, sobre as
gravações dos discos e, é claro, sobre as mortes de Grant e Burrell.
Não faltam também depoimentos sobre as dificuldades encontradas na
estrada. O desgaste físico, as brigas sem sentido, o álcool, as drogas. Está
tudo aqui. O grande problema é que eles dão um pulo de Rough Diamonds até a reunião de 99. Ou seja, é focado apenas a fase
clássica. As fases de Brian Howe e Robert Hart foram simplesmente ignoradas, o
que considero um erro já que a ideia é documentar a história do grupo. Até
mesmo alguns trabalhos solos e o The Firm foram citados no longa. A fase sem
Paul Rodgers é como se não existisse. Uma pena!
A produção é simples, porém eficaz. Adquiri a edição prensada pela revista inglesa Classic Rock Magazine. E, de boa, vale a pena. Mesmo aqueles que não dominam a língua inglesa podem comprar sem medo, já que foi incluída a opção de legendas em português. Quem diria.. Mesmo com essa gafe de pular parte da historia, o documentário é essencial para qualquer fã que se preze e deve ser assistido com o máximo de atenção.
Nota: 7,5/10
Status: bons depoimentos, história incompleta
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