quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Against Myself - Odyssey to Reflexion (2015)

Por Rafael Menegueti

Against Myself - Odyssey to Reflexion
Da Espanha, uma das novidades do metal sinfônico é o Against Myself. O grupo lançou seu segundo álbum esse ano, e segue aquela mesma receita que tantas outras bandas do gênero se consagraram fazendo: vocais femininos, melodias agradáveis e muita ênfase em arranjos sinfônicos e teclados. Pode parecer clichê, mas tem qualidade suficiente pra agradar aos fãs do estilo.

A banda tem seus próprios trunfos. Os vocais de Irene Villegas são mais suaves, sem fazer tanto uso de estilo lírico que faz parte das bandas que provavelmente influenciaram o som do grupo. Seu estilo é bem simples, mas ela possui um timbre muito doce que realça os momentos mais melódicos e contrasta com os mais agressivos.

O grande alicerce da banda está na habilidade do guitarrista Carlos Carretón e do tecladista Agustín Moya. Ambos conseguem conduzir o ritmo das faixas entre momentos mais pesados e os refrães, sempre bem cativantes. Os dois ainda recheiam as composições com solos e arranjos que dão um tom ainda mais empolgante a elas. As canções tem muitos elementos de metal progressivo, especialmente em “Beyond the Chains”, “Critical Situation” e “When Words Kill”, faixa mais longa do disco com mais de catorze minutos divididos em cinco atos diferentes.

Os membros do Against Myself
Em outros momentos a banda insere arranjos e influencias de ritmos locais, com uso de percussão, sintetizadores e elementos orquestrais. Isso é bem perceptível em faixas como “God of Deads” e “Cross Eternity”, essa última sendo uma balada bem interessante. Outros momentos melódicos de destaque estão em canções como “Glory” e “Shadow In My Head” e no single “Through the End of Times”, que ao lado de “Firebird Flight” são as melhores do álbum.

“Odyssey to Reflexion” surpreende ao ser um disco extremamente bem elaborado e excitante tendo sido concebido por uma banda ainda sem grande reconhecimento na cena do power metal. A banda é formada por excelentes músicos e sua capacidade nesse disco só me leva a crer que a banda tem muito potencial para virar uma referencia, mesmo que muita gente pense que o gênero do metal sinfônico possa já estar saturado por bandas desse tipo. Nada muda o fato dessa banda ser uma boa novidade que vale a conferida. Altamente recomendado para os fãs do estilo.


Nota:8,5/10
Status: Surpreendente

Faixas:
01. Origin
02. Beyond the Chains
03. Through the End of Times
04. Firebird’s Flight
05. When Words Kill
06. Glory
07. The Crusade
08. God of Deads
09. Cross Eternity
10. Shadows in My Head
11. Critical Situation