Por Rafael Menegueti
Against Myself - Odyssey to Reflexion |
Da Espanha, uma das novidades do metal sinfônico é o
Against Myself. O grupo lançou seu segundo álbum esse ano, e segue aquela mesma
receita que tantas outras bandas do gênero se consagraram fazendo: vocais
femininos, melodias agradáveis e muita ênfase em arranjos sinfônicos e teclados.
Pode parecer clichê, mas tem qualidade suficiente pra agradar aos fãs do
estilo.
A banda tem seus próprios trunfos. Os vocais de Irene
Villegas são mais suaves, sem fazer tanto uso de estilo lírico que faz parte
das bandas que provavelmente influenciaram o som do grupo. Seu estilo é bem
simples, mas ela possui um timbre muito doce que realça os momentos mais melódicos
e contrasta com os mais agressivos.
O grande alicerce da banda está na habilidade do
guitarrista Carlos Carretón e do tecladista Agustín Moya. Ambos conseguem conduzir
o ritmo das faixas entre momentos mais pesados e os refrães, sempre bem
cativantes. Os dois ainda recheiam as composições com solos e arranjos que dão
um tom ainda mais empolgante a elas. As canções tem muitos elementos de metal
progressivo, especialmente em “Beyond the Chains”, “Critical Situation” e “When
Words Kill”, faixa mais longa do disco com mais de catorze minutos divididos em
cinco atos diferentes.
Os membros do Against Myself |
Em outros momentos a banda insere arranjos e influencias
de ritmos locais, com uso de percussão, sintetizadores e elementos orquestrais.
Isso é bem perceptível em faixas como “God of Deads” e “Cross Eternity”, essa última
sendo uma balada bem interessante. Outros momentos melódicos de destaque estão
em canções como “Glory” e “Shadow In My Head” e no single “Through the End of
Times”, que ao lado de “Firebird Flight” são as melhores do álbum.
“Odyssey to Reflexion” surpreende ao ser um disco
extremamente bem elaborado e excitante tendo sido concebido por uma banda ainda
sem grande reconhecimento na cena do power metal. A banda é formada por excelentes
músicos e sua capacidade nesse disco só me leva a crer que a banda tem muito
potencial para virar uma referencia, mesmo que muita gente pense que o gênero do
metal sinfônico possa já estar saturado por bandas desse tipo. Nada muda o fato
dessa banda ser uma boa novidade que vale a conferida. Altamente recomendado
para os fãs do estilo.
Nota:8,5/10
Status: Surpreendente
Faixas:
01. Origin
02. Beyond the Chains
03. Through the End of Times
04. Firebird’s Flight
05. When Words Kill
06. Glory
07. The Crusade
08. God of Deads
09. Cross Eternity
10. Shadows in My Head
11. Critical Situation