Por Rafael
Menegueti
Amaranthe - Massive Addictive |
O Amaranthe
surgiu como uma promessa de criatividade e novo ar no meio do cenário do metal
europeu. A proposta diferente da banda, de unir o peso do metal à sonoridade do
pop e eletrônico, dividiu muito as opiniões. Houve quem aceitasse numa boa (meu
caso) e houve os que odiaram. O fato é que o grupo lançou um disco de estreia
que chamou a atenção pelas músicas fortes, o talento de seus integrantes e pela
criatividade na hora de fazer videoclipes.
Depois, com “The
Nexus” a banda conseguiu levar a usa ideia adiante, mesmo que algumas faixas
pudessem soar muito parecidas umas com as outras. E acho que esse acabou sendo
o principal problema de “Massive Addictive”, que acaba de ser lançado pelo
sexteto sueco. O disco continua na mesma pegada que a banda mostrou em seus
trabalhos anteriores, mas parece estar ficando monótono por conta disso.
Tudo que
ouvimos em “Massive Addictive” não vai soar novo aos ouvidos dos fãs, a não ser
pela voz gutural do novo vocalista Henrik Englund, que acaba de se juntar a
banda substituindo Andreas Solveström. Intenso uso de sintetizadores e ênfases
nas guitarras continuam fazendo o estilo da banda. A banda segue fazendo um bom
trabalho instrumental, mas tudo está ficando repetitivo demais, muito igual ao
que eles já haviam mostrado antes.
Os membros do Amaranthe |
Por um lado,
a qualidade não piorou. As primeiras faixas mostram isso, e algumas até são bem
empolgantes, de “Dynamite” até a faixa título, quarta do disco, as músicas são
bem interessantes, mesmo sem serem muito diferentes. O single “Drop Dead
Cynical” até se destaca, como pode-se imaginar, mas depois a mesmice faz com
que o álbum entre em um estado monótono. Algo mais empolgante só aparece
novamente na faixa “Unreal”, nas seguintes, a balada “Over and Done” e “Danger
Zone”. De “Skyline” pra frente o disco segue na mesma, algum peso, solos e refrões
pegajosos como de costume. Não chega a ser ruim ou chato, mas também não é
espetacular.
No geral, o
disco não chega a me decepcionar, pois já imaginava que isso pudesse ocorrer. A
proposta deles é muito ousada para garantir que eles sempre consigam lançar discos
únicos. O que salva a banda é o fato de eles serem extremamente competentes no
que fazem. Elize Ryd tem uma voz incrível. O guitarrista Olof Mörck é
habilidoso e tem domínio sobre as composições. Mas nem isso garante que se
consiga fazer um disco perfeito. “Massive Addictive” não chega a ser ruim, mas
está longe do que a banda poderia ter mostrado aos fãs.
Nota: 6/10
Status: Razoável
Faixas:
1. "Dynamite"
2. "Drop Dead Cynical"
3. "Trinity"
4. "Massive Addictive"
5. "Digital World"
6. "True"
7. "Unreal"
8. "Over and Done"
9. "Danger Zone"
10. "Skyline"
11. "An Ordinary Abnormality"
12. "Exhale"
2. "Drop Dead Cynical"
3. "Trinity"
4. "Massive Addictive"
5. "Digital World"
6. "True"
7. "Unreal"
8. "Over and Done"
9. "Danger Zone"
10. "Skyline"
11. "An Ordinary Abnormality"
12. "Exhale"