Por Rafael
Menegueti
Definitivamente
os fãs do Kamelot que estiveram no Carioca Club no último domingo não têm do
que reclamar. A banda mais influente do metal sinfônico deu um show digno pra
quem desconfiava que a banda já não era mais a mesma. Isso diante de uma casa
abarrotada de fãs, que mesmo sofrendo com o calor, não pouparam energia, pularam
e cantaram durante todo o show.
A banda
esteve no Brasil divulgando o seu mais recente trabalho, “Silverthorn”, que já
foi resenhado a algumas semanas no blog. Os fãs brasileiros puderam conhecer o
novo vocalista, o sueco Tommy Karevik. Embora muitos ainda sintam falta do
excelente Roy Khan, é inegável que Tommy é um grande vocalista e, diferente do
que muitos pensam, tem uma ótima presença de palco. Ele definitivamente foi a
escolha certa para a posição.
Não foi fácil
conter a ansiedade nos longos minutos que antecederam o show. A banda demorou
um pouco para subir no palco, mas quando o fez, levaram o publico ao delírio. A
banda abriu com Torn, faixa que não sei se é uma boa música para começo de
show, mas até que serviu para esquentar o publico. Ao longo de quase duas horas
de show, a banda destilou sucessos de varias épocas. Não faltaram os principais
hits, como Rule the World, The Haunting (Somewhere In Time), alem de clássicos
como Karma e Forever.
A presença
da vocalista do The Agonist, Alissa White-Gluz deu ainda mais luz à apresentação,
embora em certos momentos, seus vocais tenham sido meio imperceptíveis em meio
a todos os outros instrumentos. Mesmo assim nas partes com vocais femininos ela
simplesmente roubou a cena, como nas canções Sacrimony (Angel of Afterlife) e
Veritas. Chutando pra escanteio o mito de que ela seria antipática, ela foi
extremamente carismática no palco. Sem falar que o encerramento com a faixa March
of Mephisto foi fenomenal.
Tommy Karevik e Alissa White-Gluz |
Outros bons
momentos ficaram por conta de faixas mais intimistas, como Song for Jolee e Don’t
You Cry. O guitarrista Thomas Youngblood interagia o tempo todo com o publico e
formava uma boa dupla com Karevik. Os dois até arriscaram uns truquezinhos de mágica
com as palhetas para descontrair. Bem humorados, ganharam o publico esbanjando
simpatia e carisma. Inclusive este que vos escreve teve a sorte de pegar uma
das palhetas de Thomas.
O guitarrista Thomas Youngblood em ação |
Com um setlist
bem escolhido e a performance de músicos que continuam tocando muito bem, o
Kamelot deu aos fãs o que eles mais queriam: Um grande show e a certeza de que
mesmo com a saída do Roy Khan, a banda continua viva e afiada. Tommy Karevik
vai aos poucos espantando o estigma de “substituto do ídolo” e garantindo seu
espaço no coração dos fãs, e a banda vai garantindo vida longa e próspera pela
frente.
Nota: 8/10
Setlist
Torn
Ghost Opera
The Great Pandemonium
Veritas
Center of the Universe
Soul Society
Song for Jolee
Rule the World
Drum Solo
When the Lights are Down
Sacrimony (Angel of Afterlife)
The Human Stain
Don't You Cry
My Confession
Keyboard Solo
Keyboard / Drum neo-classicsl theme
Forever
Encore:
Bass Solo
The Haunting (Somewhere in Time)
Karma
March of
Mephisto
Fotos retiradas
da pagina: http://wikimetal.uol.com.br/site/kamelot-em-sao-paulo/