Por Davi Pascale
Terceiro álbum dessa que é
considerada uma das novas revelações do rock. Bastante influenciado pelo hard
rock setentista, grupo tem de tudo para agradar aos amantes do gênero.
Alguns dias atrás, escrevi sobre
o Blues Pills e comentei que havia uma nova cena de rock n roll vindo com
força. Graveyard é mais um desses conjuntos que estão começando a serem
aclamados no exterior. Algumas de suas inspirações sãos as mesmas: Cream, Led
Zeppelin. Aqui há um pouquinho de Black Sabbath também. A sonoridade, contudo,
é bem distinta. Com guitarra um pouco menos suja, vocal mais grave.
Assim como o grupo da semana
passada, esses rapazes vieram da Suécia, dessa vez de Gothenburg. Os músicos
iniciaram a atividade em 2006. O guitarrista/vocalista Joakim Nilsson e o
baixista Rikard Edlund, vieram do mesmo conjunto: Norrsken. É possível que
alguns de vocês já tenham lido esse nome por aí, já que suas cinzas também
renderam o nascimento do Witchcraft. Antes de iniciaram o Graveyard, contudo ,
criaram o Albatross. Uma banda de blues rock que não foi pra frente. Resolveram
se reunir então com o guitarrista/vocalista Truls Mörck e o baterista Axel
Sjöberg e estava formado o grupo.
Lights Out ainda é seu mais recente trabalho. Em 2013, os caras
fizeram uma turnê européia dividindo os palcos com o Soundgarden, já promovendo esse disco. Essas apresentações
ajudaram a trazer um pouco mais da atenção da imprensa para os meninos que já
vinham se destacando na cena, desde seu álbum anterior, Hisingen Blues.
Grupo fez uma série de shows ao lado do Soundgarden em 2013 |
Ainda que tenham declarado à
Rolling Stone dos Estados Unidos que nunca tenham tido a pretensão de soar como
um grupo setentista, é quase impossível não fazer alguma associação com os
conjuntos da época, enquanto ouvimos o álbum. A própria capa tem uma ideia similar à do álbum Look At Yourself do Uriah Heep. “An Industry Of Murder” nos
remete aos primeiros anos de Black Sabbath, tem um ‘q’ de Blue Cheer também. “The
Suits, The Law And The Uniform” aposta naquela sonoridade hard/blues que o Free
fazia tão bem, porém com uma pegada mais moderna. Há algumas baladas com uma
cara meia psicodélica que permeiam o disco como “Slow Motion Countdown” ou “20/20”.
Entretanto, são os momentos mais rock n´roll que me chamaram a atenção mesmo.
Não é de hoje que se faz essa
sonoridade setentista com uma cara mais moderna. Grupos como Wolfmother,
Hellacopters, The Donnas, entre outros, já apostavam nessa cartilha. Portanto,
não é raro notar algumas semelhanças com alguns desses artistas também durante
a audição. O trabalho de guitarra e bateria de “Fool In The End” e refrão de “Goliath”,
por exemplo, me remeteram bastante à algumas canções dos Hellacopters. Ao que tudo inidica, temos
uma cena bastante promissora vindo por aí. Vale a pena ficar ligado!
Nota: 8,0 / 10,0
Status: Empolgante
Faixas:
01) An
Industry Of Murder
02) Slow
Motion Countdown
03) Seven
Seven
04)
The
Suits, The Law & The Uniforms
05)
Endless
Night
06)
Hard
Times Lovin´
07)
Goliath
08)
Fool
In The End
09)
20/20
(Tunnel Vision)