Por Rafael Menegueti
Bullet For My Valentine - Temper Temper |
Uma das
melhores bandas da nova safra do metalcore que surgiu nos anos 2000, o Bullet
for My Valentine já nos presenteou com grandes trabalhos ao longo de sua trajetória.
O grupo formado no País de Gales alcançou o sucesso mundial com discos em que
mesclam o metalcore, estilo mais moderno, com o thrash metal mais tradicional. “Temper
Temper”, lançado em 2013, é o lançamento mais recente do grupo. E não deixou a
desejar em relação a essa proposta da banda.
O disco
abre com “Breaking Point”, faixa que já demonstra o clima que a banda incorpora
nesse disco. Conhecida por fazer um metal usando uma temática mais emocional em
suas letras, a banda dessa vez preferiu uma abordagem mais agressiva, assim
como o som da banda. O próprio nome do disco, e a faixa-título, são as provas
disso. Temas como raiva e descontrole emocional são os que encontramos entre as
letras.
Musicalmente
“Temper Temper” segue a linha dos trabalhos anteriores. As influências claras
de Metallica, Slayer e Guns n’ Roses aparecem na forma como a banda usa seus
riffs, solos, a pegada e as levadas. Velozes em certos momentos, como na
agressiva e reacionária “Riot” e em “Saints & Sinners”, e por vezes mais melancólicos
em suas linhas de guitarra, casos de “Dead to the World” e “Dirty Little
Secrets”, os rapazes usam as guitarras com precisão para criar melodias clássicas
do estilo e acertam no peso das faixas.
Os galeses do Bullet For My Valentine |
O disco
ainda possui a faixa “Tears Don’t Fall (Part 2)”, continuação de seu grande hit
do primeiro álbum, que segue uma estrutura parecida a da primeira parte, com
claras referencias instrumentais à música que fez a banda famosa mundo afora. A
enérgica “Livin’ Life (On The Edge Of A Knife)” fecha o disco, com um aspecto
mais hard rock e refrão gritado. Os músicos da banda deixam claro que a banda não
é passageira. O talento de Matt Tuck e Michael Padge nas guitarras é inegável. Os
vocais de Matt seguem agressivos, altos e com atitude. O baterista Michael
Thomas talvez seja o único alicerce mais fraco do grupo. Sua performance é
simples e comum, sem rodeios, apenas o básico.
Alias, esse
pode ser um defeito do trabalho. Ele é muito básico. Se por um lado a banda
mostra uma genialidade no modo como executa suas faixas, por outro ela parce
deixar o impacto de usas músicas cair ao longo das mesmas. Poucas faixas são
realmente marcantes por inteiro, te deixando com vontade de ouvi-las outras
vezes. Embora o disco seja bom, ele não pode ser comparado a singularidade que podíamos
conferir em seus três primeiros discos. Mas no geral, o saldo da banda é mais
que positivo, tornando “Temper Temper” uma boa pedida.
Nota: 7/10
Status:
Furioso
Faixas:
1. Breaking Point - 3:42
2. Truth Hurts - 3:36
3. Temper Temper - 3:08
4. P.O.W. - 3:53
5. Dirty Little Secret - 4:55
6. Leech - 3:59
7. Dead to the World - 5:15
8. Riot - 2:49
9. Saints & Sinners - 3:29
10. Tears Don't Fall (Part 2) - 5:38
11. Livin' Life (On the Edge of a Knife) - 4:01
Bonus Versão Deluxe
12. Not Invincible - 3:26
13. Whole Lotta Rosie (from the "Live Lounge" show
on BBC Radio 1) - 4:10
14. Scream Aim Fire (from the "Live Lounge" show
on BBC Radio 1) - 5:03
Bonus Versão Japonesa
Playing with Fire – 2:51