quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Stryper – Fallen (2015):



Por Davi Pascale

Stryper chega ao seu nono álbum de inéditas com sonoridade mais pesada. Disco traz cover inusitado e demonstra que Michael Sweet está em ótima forma vocal. Um dos melhores álbuns do ano.

No More Hell To Pay havia apaziguado uma ladainha que os rapazes escutavam desde seu retorno. Depois de fazer alguns discos com uma sonoridade mais moderna, os garotos retornavam à sonoridade clássica no álbum de 2013. Fallen segue de onde o álbum anterior parou, só que adicionando uma dose extra de peso. As características principais do grupo, contudo, seguem intactas.

Fallen foi produzido pelo próprio Michael Sweet. E a sonoridade está matadora. Guitarra suja, bateria na cara, trabalho vocal impressionante. Ouça “Pride” e tire suas próprias conclusões. Os destaques do disco continuam sendo as linhas vocais de Michael, os duelos de guitarra entre o cantor e Oz Fox e os backing encorpados.

Embora não seja um álbum nostálgico, algumas faixas resgatam a sonoridade de seus dias de ouro. Caso de “Love You Like I Do” que poderia estar facilmente em um álbum como In God We Trust ou até mesmo em To Hell With The Devil. A estrutura do álbum é mais ou menos a mesma que costumam fazer. Uma canção que leva o nome do álbum no começo do disco, uma balada, um cover inusitado. Algumas faixas com uma sonoridade mais puxada para o heavy, outras mais puxadas para o hard rock.

Stryper lança novo álbum com sonoridade mais pesada e cover de Black Sabbath

A balada aqui é “All Over Again”. A música é super bonita e traz uns backings naquela onda meia beatle. Ou para ficar na geração dos rapazes, meio Enuff Z´nuff. Até porque o arranjo é bem anos 80. O cover, contudo, é o mais inusitado. Stryper resolveu fazer uma versão de “After Forever”, velha canção do Black Sabbath. E o pior é que tem a ver com a proposta da banda já que a letra foi inspirada em um conflito religioso entre católicos e protestantes que ocorreu na Irlanda do Norte.

Faixas como “Kings of Kings”, “Heaven” e “Let There Be Light” demonstram que os rapazes ainda têm a mão para composição. Canções típicas para levantar arena. Michael continua com seus gritos característicos e já manda um logo na introdução de “Yahweh”. Oz Fox também rouba a cena em diversos momentos com ótimos riffs e solos inspirados.

Stryper fez o que sempre esperamos que nossos ídolos façam. Crie um álbum honesto, com ótimas músicas. Sem se preocupar com nada além de manter a qualidade de seu trabalho. Um dos melhores álbuns do ano. E um dos melhores, se não o melhor, que fizeram desde seu retorno em 2003. E o mais legal, saiu edição nacional. Corre atrás porque vale a pena!

Nota: 10,0 / 10,0
Status: Empolgante

Faixas:
      01)   Yahweh 
      02)   Fallen
      03)   Pride
      04)   Big Screen Lies
      05)   Heaven
      06)   Love You Like I Do
      07)   All Over Again
      08)   After Forever
      09)   Till I Get What I Need
      10)   Let There Be Light
      11)   The Calling 
      12)   King of Kings