Por Davi Pascale
Stryper chega ao seu nono álbum de
inéditas com sonoridade mais pesada. Disco traz cover inusitado e demonstra que
Michael Sweet está em ótima forma vocal. Um dos melhores álbuns do ano.
No More Hell To Pay havia apaziguado uma ladainha que os rapazes
escutavam desde seu retorno. Depois de fazer alguns discos com uma sonoridade
mais moderna, os garotos retornavam à sonoridade clássica no álbum de 2013. Fallen segue de onde o álbum anterior
parou, só que adicionando uma dose extra de peso. As
características principais do grupo, contudo, seguem intactas.
Fallen foi produzido pelo próprio Michael Sweet. E a sonoridade
está matadora. Guitarra suja, bateria na cara, trabalho vocal impressionante. Ouça
“Pride” e tire suas próprias conclusões. Os destaques do disco continuam sendo
as linhas vocais de Michael, os duelos de guitarra entre o cantor e Oz Fox e os
backing encorpados.
Embora não seja um álbum
nostálgico, algumas faixas resgatam a sonoridade de seus dias de ouro. Caso de “Love
You Like I Do” que poderia estar facilmente em um álbum como In God We Trust ou até mesmo em To Hell With The Devil. A estrutura do
álbum é mais ou menos a mesma que costumam fazer. Uma canção que leva o nome do
álbum no começo do disco, uma balada, um cover inusitado. Algumas faixas com
uma sonoridade mais puxada para o heavy, outras mais puxadas para o hard rock.
Stryper lança novo álbum com sonoridade mais pesada e cover de Black Sabbath |
A balada aqui é “All Over Again”.
A música é super bonita e traz uns backings naquela onda meia beatle. Ou para
ficar na geração dos rapazes, meio Enuff Z´nuff. Até porque o arranjo é bem
anos 80. O cover, contudo, é o mais inusitado. Stryper resolveu fazer uma
versão de “After Forever”, velha canção do Black Sabbath. E o pior é que tem a ver com a proposta da banda já que a letra foi inspirada em um conflito religioso entre católicos e protestantes que ocorreu na Irlanda do Norte.
Faixas como “Kings of Kings”, “Heaven”
e “Let There Be Light” demonstram que os rapazes ainda têm a mão para composição.
Canções típicas para levantar arena. Michael continua com seus gritos característicos
e já manda um logo na introdução de “Yahweh”. Oz Fox também rouba a cena em
diversos momentos com ótimos riffs e solos inspirados.
Stryper fez o que sempre esperamos
que nossos ídolos façam. Crie um álbum honesto, com ótimas músicas. Sem se
preocupar com nada além de manter a qualidade de seu trabalho. Um dos melhores
álbuns do ano. E um dos melhores, se não o melhor, que fizeram desde seu
retorno em 2003. E o mais legal, saiu edição nacional. Corre atrás porque vale
a pena!
Nota: 10,0 / 10,0
Status: Empolgante
Faixas:
01)
Yahweh
02)
Fallen
03)
Pride
04)
Big Screen Lies
05)
Heaven
06)
Love You Like I Do
07)
All Over Again
08)
After Forever
09) Till
I Get What I Need
10) Let There Be Light
11) The Calling
12) King of Kings
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