Por Davi Pascale
Misturando blues, rock e soul,
grupo de Los Angeles se destaca como uma das melhores bandas da nova geração.
Vale conferir...
Esse álbum não é exatamente novo. Já tem
5 anos que o disco chegou ao mercado, mas o trabalho ainda é inédito no Brasil
e ainda é o meu favorito dos rapazes. Aqui, em nosso país, foi lançado somente
seu mais recente álbum, o (bom) 1
Hopeful Rd, mas honestamente sempre achei esse trabalho mais impactante.
Por isso, optei por abordar ele no post de hoje.
Esse é um dos melhores álbuns de
estreia que ouvi nos últimos tempos. E o mais impressionante é que os caras
fizeram esse registro em poucos dias e com pouquíssimo tempo de estrada. A
banda iniciou as atividades em 2010, apenas um ano antes do lançamento do
disco. E todo o registro aqui aconteceu em apenas 3 dias de estúdio.
Não demorou muito para que o
lendário empresário Doc McGhee (Kiss, Scorpions) tomasse conhecimento dos
rapazes e passasse a trabalhar para eles. Vivo como todo macaco velho, o
produtor sacou que toda essa rapazeada que apostava em uma sonoridade mais
vintage (Amy Winehouse, Duffy e afins), havia se destacado primeiro na
Inglaterra e somente depois adentrado nos Estados Unidos. Por isso, mesmo a
banda sendo de L.A., ficou decidido que o primeiro território que atacariam
seria a Europa.
A estratégia deu certo. Não
demorou muito e logo o grupo começou a dividir palco com grandes nomes como
Queen+Adam Lambert, Bon Jovi, entre outros e, assim, começaram a aparecer com
força para a mídia especializada e o grande público.
Doc McGhee ficou conhecido por
seu trabalho com o grupos de hard rock, mas sua atuação não para por aí. Um dos
artistas com quem chegou a trabalhar foi o lendário cantor James Brown. Não há
dúvidas de que é o cara certo para guiar essa banda. A influência da voz de “I
Feel Good” é latente na interpretação de Ty Taylor. Inclusive, em sua presença
de palco. O rapaz corre de um lado para o outro, sai dançando, se joga no chão.
A influencia da soul music se faz
presente em diversos momentos. Tanto no trabalho vocal de Taylor, quanto nos
arranjos de algumas músicas, principalmente nas baladas como “Nobody Told Me” e
“Gracefully”. A galera do Vintage Trouble também possui uma forte pegada de
blues-rock em sua sonoridade. Algo
nítido em faixas como “You Better Believe It”, “Total Strangers” e “Still And
Always Will”.
A sacada deles é exatamente essa.
Fazer um mix entre o bluesrock com a sonoridade motown. Uma sonoridade retro,
ou vintage como diz o nome da banda, carregada de referências dos anos 60. Sonoridade bastante suingada, funkeada e inspiradíssima. Tendo à frente, excelentes músicos, um excelente vocalista e faixas fortes, os
caras têm de tudo para construírem uma carreira brilhante. Vale se ligar.
Nota: 9,0 /
10,0
Status:
Excelente
Faixas:
01) Blues Hand Me Down
02) Still And Always Will
03) Nancy Lee
04) Gracefully
05) You Better Believe It
06)
Not
Alright By Me
07)
Nobody
Told Me
08)
Jezzebella
09)
Total Strangers
10) Run Outta You
10) Run Outta You