Por Davi Pascale
The Real Thing foi o álbum que apresentou o Faith no More
para o mundo. Deixavam de ser uma banda promissora para se tornarem um grande
nome do rock. Um dos últimos grandes nomes do rock, diga-se de passagem. Depois
deles, conto nos dedos quantos artistas são dignos dessa expressão. Portanto,
fico mais do que sossegado para inclui-lo como um álbum clássico. Um trabalho que foi marcante. Não apenas para o Faith No More, mas para toda aquela geração.
Muito da sonoridade desse trabalho já havia sido trabalhada no disco o anterior, o (bom) Introduce Yourself. A fórmula de vocais raps com riffs pesados e influencias do funk já estava ali. No entanto, aqui os arranjos eram mais elaborados. Sem contar que fizeram uma grande descoberta, o vocalista Mike Patton. Sem as loucuras de Mike, seriam uma boa banda, sem dúvidas, mas não sei se teriam ido tão longe quanto foram. Não há dúvidas de que o carisma e a criatividade do cantor foram elementos chave na consagração do conjunto.
No entanto, nesse LP, sua participação ficou mais restrita à criação das letras e harmonias vocais. Acontece que o grupo já trabalhava nas demos do disco quando iniciaram a busca pelo substituto de Chuck Mosley. O cantor responsável pela gravação dos dois primeiros discos foi expulso da banda por conta de sua relação exagerada com as drogas. O novo vocalista vinha de um outro grupo ali de San Francisco que atendia pelo nome de Mr. Bungle. O guitarrista Jim Martin e o produtor Matt Wallace haviam ficado impressionados com o trabalho do rapaz nas demos que haviam escutado de seu conjunto.
Antes de se dedicarem à gravação do álbum, os rapazes gravaram uma demo para apresentar a nova voz do Faith No More à gravadora. A fita, gravada originalmente em 4 canais, trazia “Falling to Pieces”, “Surprise You´re Dead”, “Underwater Love” e “The Cowboy Song”. Aqueles que já tiveram a oportunidade de ouvir esse material dizem que as versões são bem similares às versões originais e que a diferença mais marcante seria o tempo do megahit “Falling to Pieces” que, segundo dizem, seria um pouco mais lenta.
Muito da sonoridade desse trabalho já havia sido trabalhada no disco o anterior, o (bom) Introduce Yourself. A fórmula de vocais raps com riffs pesados e influencias do funk já estava ali. No entanto, aqui os arranjos eram mais elaborados. Sem contar que fizeram uma grande descoberta, o vocalista Mike Patton. Sem as loucuras de Mike, seriam uma boa banda, sem dúvidas, mas não sei se teriam ido tão longe quanto foram. Não há dúvidas de que o carisma e a criatividade do cantor foram elementos chave na consagração do conjunto.
No entanto, nesse LP, sua participação ficou mais restrita à criação das letras e harmonias vocais. Acontece que o grupo já trabalhava nas demos do disco quando iniciaram a busca pelo substituto de Chuck Mosley. O cantor responsável pela gravação dos dois primeiros discos foi expulso da banda por conta de sua relação exagerada com as drogas. O novo vocalista vinha de um outro grupo ali de San Francisco que atendia pelo nome de Mr. Bungle. O guitarrista Jim Martin e o produtor Matt Wallace haviam ficado impressionados com o trabalho do rapaz nas demos que haviam escutado de seu conjunto.
Antes de se dedicarem à gravação do álbum, os rapazes gravaram uma demo para apresentar a nova voz do Faith No More à gravadora. A fita, gravada originalmente em 4 canais, trazia “Falling to Pieces”, “Surprise You´re Dead”, “Underwater Love” e “The Cowboy Song”. Aqueles que já tiveram a oportunidade de ouvir esse material dizem que as versões são bem similares às versões originais e que a diferença mais marcante seria o tempo do megahit “Falling to Pieces” que, segundo dizem, seria um pouco mais lenta.
Jim Martin foi um dos primeiros a apostar no talento de Mike Patton |
A gravação foi rápida. Em torno de 40 dias. Em 4 de Janeiro de 1989, o LP
foi entregue à gravadora já com a mixagem. Os executivos gostaram do disco, mas
não sabiam muito bem como trabalhar com o material que tinham em mãos. Nessa
época, a cena rock ainda era dominada pelas bandas de hair metal. Não
conseguiam identificar um possível hit ali. Arriscaram “From Out of Nowhere”.
Tiveram como sacada fazem um vídeo promocional que ironizasse as bandas do
momento. Deu mais ou menos certo. O grupo começou a se destacar na Inglaterra,
mas ainda não estava sendo muito bem aceito nos Estados Unidos.
We Care a Lot e Introduce Yourself estão longe de serem trabalhos multi-platinados, mas foram o suficiente para que criassem uma base de admiradores. Muitos dos antigos fãs, não aceitavam a nova formação. Um de seus antigos admiradores acabou dando uma força colocando-os como número de abertura de sua turnê. Trata-se de James Heitfield. Sim, o cantor do Metallica. Além de ser amigo de Jim Martin, ele curtia o som dos garotos. Quem reparar na capa do LP Garage Days irá reparar que ele estava usando uma camisa da banda. Entretanto, mesmo que suas intenções fossem as melhores, não ajudou muito. Os fãs do grupo thrash não aceitavam o som do Faith No More e costumavam vaia-los nos shows. A imprensa costumava dizer que a versão de “War Pigs” havia salvado a noite.
A banda não abaixou a cabeça e seguiu em frente. Não demorou muito e a presença de palco de Mike Patton começou a chamar a atenção da imprensa. Tal popularidade chegou a irritar, inclusive, Anthony Kiedis (Red Hot Chili Peppers) que o acusava de copiar seus movimentos. É a prova de que já começavam a incomodar.
O ano de 1990 já foi melhor. Os rapazes tiveram uma turnê de sucesso ao lado do Voivod a do Soundgarden que estava no auge, lançando o (excelente) Badmotorfinger. E mais do que isso, “Epic” dominou as paradas da rádio e da MTV. Não demorou muito e o Faith no More deixou de ser número de abertura para liderar sua própria turnê, que passaria inclusive no Brasil.
Tudo isso teve um custo. A banda começou a ficar irritada. Eles haviam vendido mais de 1.000.000 de cópias, haviam recebido disco de ouro e não viam a cor do dinheiro. E mais do que isso, a turnê não via fim. As brigas entre os músicos passaram a ser constantes. Mike Patton chegou, inclusive, a cogitar a ideia de abandonar a banda após a turnê. A resposta dos músicos viriam no trabalho seguinte, Angel Dust. A ideia era fazer um anti-Real Thing. Matt Wallace considerava a nova empreitada um suicido comercial. Mas vou deixar essa história para a próxima...
We Care a Lot e Introduce Yourself estão longe de serem trabalhos multi-platinados, mas foram o suficiente para que criassem uma base de admiradores. Muitos dos antigos fãs, não aceitavam a nova formação. Um de seus antigos admiradores acabou dando uma força colocando-os como número de abertura de sua turnê. Trata-se de James Heitfield. Sim, o cantor do Metallica. Além de ser amigo de Jim Martin, ele curtia o som dos garotos. Quem reparar na capa do LP Garage Days irá reparar que ele estava usando uma camisa da banda. Entretanto, mesmo que suas intenções fossem as melhores, não ajudou muito. Os fãs do grupo thrash não aceitavam o som do Faith No More e costumavam vaia-los nos shows. A imprensa costumava dizer que a versão de “War Pigs” havia salvado a noite.
A banda não abaixou a cabeça e seguiu em frente. Não demorou muito e a presença de palco de Mike Patton começou a chamar a atenção da imprensa. Tal popularidade chegou a irritar, inclusive, Anthony Kiedis (Red Hot Chili Peppers) que o acusava de copiar seus movimentos. É a prova de que já começavam a incomodar.
O ano de 1990 já foi melhor. Os rapazes tiveram uma turnê de sucesso ao lado do Voivod a do Soundgarden que estava no auge, lançando o (excelente) Badmotorfinger. E mais do que isso, “Epic” dominou as paradas da rádio e da MTV. Não demorou muito e o Faith no More deixou de ser número de abertura para liderar sua própria turnê, que passaria inclusive no Brasil.
Tudo isso teve um custo. A banda começou a ficar irritada. Eles haviam vendido mais de 1.000.000 de cópias, haviam recebido disco de ouro e não viam a cor do dinheiro. E mais do que isso, a turnê não via fim. As brigas entre os músicos passaram a ser constantes. Mike Patton chegou, inclusive, a cogitar a ideia de abandonar a banda após a turnê. A resposta dos músicos viriam no trabalho seguinte, Angel Dust. A ideia era fazer um anti-Real Thing. Matt Wallace considerava a nova empreitada um suicido comercial. Mas vou deixar essa história para a próxima...
Faixas:
01)
From Out
of Nowhere
02)
Epic
03)
Falling to
Pieces
04)
Surprise!
You´re Dead!
05)
Zombie
Eaters
06)
The Real
Thing
07)
Underwater
Love
08)
The
Morning After
09)
Woodpecker
From Mars
10)
War Pigs
(apenas no CD)
11)
Edge of the World (apenas no
CD)