Por Rafael
Menegueti
Unleash the Archers - Demons of the Astrowaste |
Outra banda desconhecida, mas que deve começar a ganhar
espaço agora. Os canadenses do Unleash the Archers já tem dois álbuns e um EP
independentes lançados, então não dá pra dizer que seriam uma nova revelação,
mas acabaram de assinar contrato com a Napalm Records, uma das maiores
gravadoras de metal do mundo, e estão trabalhando em um novo disco. Aproveito
então para apresentá-los falando de seu full-lenght mais recente, “Demons of
the Wasteland”, de 2011.
O grupo é outro da linha com vocais femininos. Um pouco
próximos do estilo do Kobra and the Lotus, com a diferença de ser uma banda que
une elementos de hard rock, power metal e death melódico. O grupo é liderado
pela vocalista Brittney Slayes e pelo baterista Scott Buchanan, únicos membros
da formação original.
“Demons of the Astrowaste” mostra uma banda que busca criar
um tipo de metal épico, que abusa de levadas e riffs acelerados, vocais
poderosos de Brittney misturados aos gritos guturais dos dois guitarristas em
músicas melódicas e agressivas. Os refrões são cativantes e empolgam, dando o
clima que um disco com a temática de guerras medievais misturada à ficção
cientifica (meio pra fãs de RPG talvez) poderia pedir.
A formação atual do Unleash the Archers |
Depois da faixa introdutória, a primeira música do disco é “Dawn
of Ages”, um épico exemplo de power metal simples e direto. “Realm of Tomorrow”
é o tipo de música cujo refrão levanta e faz a plateia querer erguer os punhos
pro alto repetidamente, com uma cadencia rítmica empolgante. “General of the
Dark Army” pode ser considerado um clássico imediato da banda, e principal composição
do disco. “Daughters of Winterstone” é mais acelerada e incorpora mais o lado
death melódico do grupo, chegando a lembrar um pouco The Agonist. “Battle In
the Shadow (of the Mountain)” e “Despair” são outras faixas onde os vocais de
Brittney se destacam, além de possuírem um andamento interessante. “The
Outlander” é mais lenta, quase uma balada, que explode na mudança de faixa para
a agitada “City of Iron”. “Fall of the Galactic Guard” é mais brutal, e tem os
vocais guturais do guitarrista Brayden Dyczkowski como destaque (vale mencionar
que ambos os guitarristas nesse álbum não estão mais com a banda). O disco encerra com “Astral Annihilation”,
outra bem death melódica, e a bem elaborada e power “Ripping Through Time”, que
termina com um som de alguém q estaria acordando de um sonho maluco.
Esse disco é melhor do que o primeiro e agrada pela boa
intercalação dos estilos que a banda propõe fazer. Não fica uma coisa cansativa
pois a variação entre os estilos vocais e o andamento das canções acontecem no
tempo certo, e tudo soa bem organizado. O que me faz pensar que agora que estão
em uma ótima gravadora como a Napalm (na minha opinião uma das melhores, pois
permite que as bandas mantenham sua liberdade de criação) sua sonoridade tenda
a ser ainda melhor.
Nota: 9/10
Status: Épico e agressivo
Faixas:
1. 00:00:01
2. Dawn Of
Ages
3. Realm Of
Tomorrow
4. General
Of The Dark Army
5.
Daughters Of Winterstone
6. Battle
In The Shadow (Of The Mountain)
7. Despair
8. The
Outlander
9. City Of
Iron
10. The
Fall Of The Galactic Guard
11. Astral Annihilation
12. Ripping Through Time