quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Unleash the Archers – Demons of the Astrowaste (2011)

Por Rafael Menegueti

Unleash the Archers - Demons of the Astrowaste
Outra banda desconhecida, mas que deve começar a ganhar espaço agora. Os canadenses do Unleash the Archers já tem dois álbuns e um EP independentes lançados, então não dá pra dizer que seriam uma nova revelação, mas acabaram de assinar contrato com a Napalm Records, uma das maiores gravadoras de metal do mundo, e estão trabalhando em um novo disco. Aproveito então para apresentá-los falando de seu full-lenght mais recente, “Demons of the Wasteland”, de 2011.

O grupo é outro da linha com vocais femininos. Um pouco próximos do estilo do Kobra and the Lotus, com a diferença de ser uma banda que une elementos de hard rock, power metal e death melódico. O grupo é liderado pela vocalista Brittney Slayes e pelo baterista Scott Buchanan, únicos membros da formação original.

“Demons of the Astrowaste” mostra uma banda que busca criar um tipo de metal épico, que abusa de levadas e riffs acelerados, vocais poderosos de Brittney misturados aos gritos guturais dos dois guitarristas em músicas melódicas e agressivas. Os refrões são cativantes e empolgam, dando o clima que um disco com a temática de guerras medievais misturada à ficção cientifica (meio pra fãs de RPG talvez) poderia pedir.

A formação atual do Unleash the Archers
Depois da faixa introdutória, a primeira música do disco é “Dawn of Ages”, um épico exemplo de power metal simples e direto. “Realm of Tomorrow” é o tipo de música cujo refrão levanta e faz a plateia querer erguer os punhos pro alto repetidamente, com uma cadencia rítmica empolgante. “General of the Dark Army” pode ser considerado um clássico imediato da banda, e principal composição do disco. “Daughters of Winterstone” é mais acelerada e incorpora mais o lado death melódico do grupo, chegando a lembrar um pouco The Agonist. “Battle In the Shadow (of the Mountain)” e “Despair” são outras faixas onde os vocais de Brittney se destacam, além de possuírem um andamento interessante. “The Outlander” é mais lenta, quase uma balada, que explode na mudança de faixa para a agitada “City of Iron”. “Fall of the Galactic Guard” é mais brutal, e tem os vocais guturais do guitarrista Brayden Dyczkowski como destaque (vale mencionar que ambos os guitarristas nesse álbum não estão mais com a banda).  O disco encerra com “Astral Annihilation”, outra bem death melódica, e a bem elaborada e power “Ripping Through Time”, que termina com um som de alguém q estaria acordando de um sonho maluco.

Esse disco é melhor do que o primeiro e agrada pela boa intercalação dos estilos que a banda propõe fazer. Não fica uma coisa cansativa pois a variação entre os estilos vocais e o andamento das canções acontecem no tempo certo, e tudo soa bem organizado. O que me faz pensar que agora que estão em uma ótima gravadora como a Napalm (na minha opinião uma das melhores, pois permite que as bandas mantenham sua liberdade de criação) sua sonoridade tenda a ser ainda melhor.


Nota: 9/10
Status: Épico e agressivo

Faixas:

1. 00:00:01
2. Dawn Of Ages
3. Realm Of Tomorrow
4. General Of The Dark Army
5. Daughters Of Winterstone
6. Battle In The Shadow (Of The Mountain)
7. Despair
8. The Outlander
9. City Of Iron
10. The Fall Of The Galactic Guard
11. Astral Annihilation
12. Ripping Through Time