Por Davi Pascale
Uma nova geração de bandas está
pintando por aí. O mais novo nome a chamar atenção no pedaço é o Scorpion
Child. Grupo faz hard rock com competência e entrega um dos melhores álbuns dos
últimos tempos.
As bandas atuais estão bebendo
bastante na fonte dos anos 70. Algo que podemos comprovar com clareza no trabalho
de artistas como Rival Sons, The Answer, Kadavar, Graveyard, Airbourne e Blues
Pills. Os texanos do Scorpion Child não fogem à regra. A influência de Led
Zeppelin é latente em seu trabalho. Algo perceptível já na faixa de abertura “Kings
Highway”, uma das melhores do disco. “Liquor” é outro forte exemplo da
influência exercida pelo grupo de Jimmy Page.
Eles não são a primeira banda a
seguir os passos do Zeppelin e, certamente, não serão a última. Aliás, o
trabalho vocal de Aryn Jonathan Black me lembrou bastante o trabalho vocal de
Lenny Wolf, vocalista do Kingdom Come. Outro que é altamente influenciado por
Robert Plant.
Mas a banda não se resume à um
clone do Zeppelin. Apostam um hard rock com uma pegada bluesy, onde misturam
vários elementos dos anos 70 com elementos dos anos 80. Em alguns momentos, nos
lembramos do trabalho realizado por artistas como Tesla, Fastway, Badlands e
até mesmo Dangerous Toys. A faixa de trabalho “Polygon of Eyes” é uma que
representa bem esse mix entre 70´s e 80´s. “Paradigm” é outro exemplo trazendo
aquele hard veloz, quase punk, que bandas como Guns n´ Roses e L.A. Guns sempre fizeram tão
bem.
Christopher Jay Cowart se
demonstra um guitarrista altamente criativo e entrega riffs impactantes em
canções como “The Secret Spot” e “Salvation Slave”. Como um bom grupo de hard
rock, entregam duas baladas aqui: “Red Blood (The River Flows)” e “Antioch”.
Nessas mais lentas, me remetem um pouco ao Tesla. Entre essas duas,
minha favorita é “Antioch”. A faixa bônus “Keep Goin´” remete à
Deep Purple. Principalmente, o trabalho de teclado e o solo de guitarra.
Peguei o álbum para ouvir
esperando um disco bacaninha, mas acabei realmente surpreendido pela qualidade
das composições e dos músicos envolvidos. Principalmente, pelo
trabalho vocal de Aryn. Se você está procurando novos artistas de rock n roll
para ouvir e busca uma banda que faça um trabalho sem muita preocupação em soar
moderno. Um artista que esteja preocupado somente em entregar um álbum de rock enérgico e cativante, vá sem medo de ser feliz. Discaço!
Nota: 9,0 / 10,0
Status: Empolgante
Faixas:
01) Kings Highway
02) Polygon of Eyes
03) The Secret Spot
04) Salvation Slave
05) Liquor
06) Antioch
07) In The Arms Of Ecstasy
08) Paradigm
09) Red Blood (The River Flows)
10) Keep Goin´ (Bonus Track)