Por Davi Pascale
Korn lança novo álbum. Disco
mantém estilo tradicional do conjunto, aposta em mixagem pesada e traz um
convidado especial de peso.
Muita gente odeia o Korn, muita
gente afirma que o grupo não pode ser considerado heavy metal. Independente de
serem ou não heavy metal – o próprio grupo não se considera representante do
gênero – eles foram um dos últimos grupos a surgirem que conseguiram dar uma
mexida na cena. Foi um dos últimos representantes da cena pesada a adentrarem o
mainstream. E já merecem respeito por isso...
The Serenity Of Suffering mantém as características do Korn
intactas. A bateria quebrada está ali, o baixo funkeado está ali, as guitarras
com afinação baixa também. Continuam os inúmeros efeitos e os vocais de
Jonathan Davis oras limpos, oras mais agressivos.
Quem nunca morreu de amores pelo grupo, não mudará
sua opinião com esse álbum. Quem gostava da fase mais antiga e perdeu o
interesse nos trabalhos mais recentes, contudo, tem de tudo para voltar a se
encantar com a banda. O grupo voltou a explorar uma sonoridade mais pesada, as
composições estão fortes. É nítido que os músicos se inspiraram em seus
primeiros álbuns para criar o novo material. Um retorno à velha forma, sem dúvidas!
“A Different World” traz a
participação de Corey Taylor. A voz do Slipknot e do Stone Sour. Outro artista
que muitos amam e muitos amam odiar. Entretanto, não há como negar que os dois
artistas possuem muitos fãs em comum. A parceria funcionou bem.
“Rotting In Vain” remete à “Falling Away From
Me”, “Next In Line” nos recorda de “Make me Bad”. Os haters
provavelmente irão se utilizar disso para tentar depreciar o trabalho dos
caras, mas isso é bobagem. Quantas vezes não ouvimos riffs e harmonias vocais
nos trabalhos mais recente de artistas clássicos que nos recordam de outras canções
que fizeram no passado ou até mesmo de outros artistas que os influenciaram? Absolutamente normal.
“Take Me” tem de tudo para se
tornar um novo clássico do conjunto, assim como a faixa e abertura “Insane”.
Para o bem ou para o mal, o que temos aqui é o Korn sendo Korn. Ou seja, o Korn
em sua sonoridade clássica. E acredito que era justamente isso que seus fãs
estavam esperando.
Sempre curti o som da banda e os
acompanho de perto desde que soltaram o Follow
The Leader. Para quem curte a banda, o trabalho é extremamente empolgante.
Esse foi um dos que mais me empolgaram nos últimos tempos – junto com o novo do
Glenn Hughes e do Whitford/St Holmes. Se você curte ou já curtiu Korn um dia,
pode ir sem medo.
Nota: 9,0 /
10,0
Status:
Fiel
Faixas:
01) Insane
02) Rotting In Vain
03) Black Is The Soul
04) The Hating
05) A Different World (c/ Corey Taylor)
06) Take Me
07) Everything Falls Apart
08) Die Yet Another Night
09) When You´re Not There
10) Next In Line
11) Please Come For Me