terça-feira, 13 de dezembro de 2016

Korn – The Serenity of Suffering (2016):



Por Davi Pascale

Korn lança novo álbum. Disco mantém estilo tradicional do conjunto, aposta em mixagem pesada e traz um convidado especial de peso.

Muita gente odeia o Korn, muita gente afirma que o grupo não pode ser considerado heavy metal. Independente de serem ou não heavy metal – o próprio grupo não se considera representante do gênero – eles foram um dos últimos grupos a surgirem que conseguiram dar uma mexida na cena. Foi um dos últimos representantes da cena pesada a adentrarem o mainstream. E já merecem respeito por isso...
   
The Serenity Of Suffering mantém as características do Korn intactas. A bateria quebrada está ali, o baixo funkeado está ali, as guitarras com afinação baixa também. Continuam os inúmeros efeitos e os vocais de Jonathan Davis oras limpos, oras mais agressivos.

Quem nunca morreu de amores pelo grupo, não mudará sua opinião com esse álbum. Quem gostava da fase mais antiga e perdeu o interesse nos trabalhos mais recentes, contudo, tem de tudo para voltar a se encantar com a banda. O grupo voltou a explorar uma sonoridade mais pesada, as composições estão fortes. É nítido que os músicos se inspiraram em seus primeiros álbuns para criar o novo material. Um retorno à velha forma, sem dúvidas!



“A Different World” traz a participação de Corey Taylor. A voz do Slipknot e do Stone Sour. Outro artista que muitos amam e muitos amam odiar. Entretanto, não há como negar que os dois artistas possuem muitos fãs em comum. A parceria funcionou bem.

“Rotting In Vain” remete à “Falling Away From Me”, “Next In Line” nos recorda de “Make me Bad”. Os haters provavelmente irão se utilizar disso para tentar depreciar o trabalho dos caras, mas isso é bobagem. Quantas vezes não ouvimos riffs e harmonias vocais nos trabalhos mais recente de artistas clássicos que nos recordam de outras canções que fizeram no passado ou até mesmo de outros artistas que os influenciaram? Absolutamente normal.

“Take Me” tem de tudo para se tornar um novo clássico do conjunto, assim como a faixa e abertura “Insane”. Para o bem ou para o mal, o que temos aqui é o Korn sendo Korn. Ou seja, o Korn em sua sonoridade clássica. E acredito que era justamente isso que seus fãs estavam esperando.

Sempre curti o som da banda e os acompanho de perto desde que soltaram o Follow The Leader. Para quem curte a banda, o trabalho é extremamente empolgante. Esse foi um dos que mais me empolgaram nos últimos tempos – junto com o novo do Glenn Hughes e do Whitford/St Holmes. Se você curte ou já curtiu Korn um dia, pode ir sem medo.

Nota: 9,0 / 10,0
Status: Fiel

Faixas:
      01)   Insane
      02)   Rotting In Vain
      03)   Black Is The Soul
      04)   The Hating
      05)   A Different World (c/ Corey Taylor)
      06)   Take Me
      07)   Everything Falls Apart
      08)   Die Yet Another Night
      09)   When You´re Not There
      10)   Next In Line
      11)   Please Come For Me