Por Rafael Menegueti
Não é mais
nenhuma novidade ouvir falar que determinado integrante de determinada banda
está abandonando o barco. Pelo menos uma vez por semana sai uma nóticia desse
tipo. O fato é que o ramo da música é igual a todos os outros. O que resulta em
ciclos que tem começo, meio e fim. Mas às vezes ouvimos historias de situações
que não são simples mudanças de formação, são inícios de verdadeiras novelas
mexicanas, com direito a trocas de farpas, acusações e até mesmo brigas na
justiça. Sem mais enrolação, veja agora alguns casos que me chamaram a atenção:
Dave
Lombardo – ex-baterista do Slayer
Um dos
fundadores de uma das maiores bandas de thrash metal do mundo, o Slayer, e um
dos melhores bateristas do gênero. Quando deixou o grupo pela primeira vez, em
92, já havia criado problemas com os outros membros. Voltou em 2002, e ficou até
o começo do ano passado. Foi demitido após reclamar publicamente dos acordos
financeiros da banda, afirmando ter recebido muito pouco por seu trabalho. Essa
discussão seguiu através da imprensa e de postagens em redes sociais após sua
saída. Dave ainda constantemente critica as atitudes de Kerry King e Tom Araya,
que a seu ver, foram injustos com ele. As relações entre ele e os
ex-companheiros foram completamente cortadas.
Annete
Olson – ex-vocalista do Nightwish
Annete
substituiu Tarja Turunen no Nightwish, tarefa não muito fácil devido a devoção
dos fãs ao trabalho de Tarja na banda. Ela agüentou firme até meados de 2012,
quando as coisas entre ela e o resto da banda começaram a ficar mais
turbulentas. Em setembro, após precisar ser hospitalizada no meio da turnê norte
americana, foi substituída por Elize Ryd (Amaranthe) e Alissa White-Gluz (The
Agonist) em um show, em Denver. Anette se sentiu magoada com a decisão da banda
de realizar a apresentação sem ela, e foi demitida após isso. Muita gente
considerou o ocorrido algo muito estranho, e a situação dividiu opiniões sobre
se o tecladista e líder do grupo, Tuomas Holopainen, estaria agindo errado. Atualmente,
Anette se prepara para lançar seu primeiro álbum solo.
Franz Stahl
e William Goldsmith – ex-guitarrista e baterista do Foo Fighters
Dave Grohl é considerado a imagem do bom moço no rock: sempre simpático e atencioso com todos. Mas ele também passou por momentos problemáticos no Foo Fighters. Um deles foi quando ele decidiu demitir seu amigo de longa data, Franz Stahl, da banda por não se adaptar ao grupo. Franz estava a pouco mais de um ano na banda e recebeu a noticia da demissão por telefone, e não escondeu a magoa com o ocorrido em entrevista para o documentário “Back and Forth”, que contava a historia da banda. Pior ocorreu com o baterista William Goldsmith, que teve todas as suas linhas de bateria para o segundo disco da banda regravadas por Grohl sem que ele soubesse, e depois ainda foi mandado embora.
Ewout Pieters – ex-guitarrista do Delain
Ewout foi contratado no inicio de 2010 para substituir Ronald Landa, que havia deixado o grupo para iniciar um novo projeto. No entanto, em julho daquele ano, ele recebeu a noticia de que após o termino da turnê de divulgação do álbum “April Rain”, em outubro, ele estaria dispensado. O músico não pode sequer anunciar isso antes do fim de setembro, o que significa que por dois meses ele tocou com a banda já sabendo de sua demissão. Quando ele anunciou sua saída pelo facebook, ele demonstrou estar um tanto chateado com a situação. Depois, porém, ele acabou se acertando com a banda e a situação foi superada.
Scott Weiland – ex-vocalista do Stone Temple Pilots
Conhecido
por seus excessos, Scott Weiland sempre foi uma figura controversa do rock. Quando
o Stone Temple Pilots voltou a ativa, no entanto, parecia que as coisas iam
ficar mais tranquilas. Mas não. Scott soube de sua demissão, em 2013, pela
imprensa. A banda não foi muito clara sobre os motivos da saída, mas
especulasse que o motivo tenha sido os abusos de álcool de Weiland. Chester
Bennington, do Linkin Park, foi chamado para o seu lugar, e Scott agora move um
processo contra os seus ex-companheiros.