Por Davi Pascale
O baterista Mike Portnoy sempre gostou de prestar homenagem à seus
ídolos. Ao lado de seus ex-companheiros do Dream
Theater, interpretou álbuns lendários como Dark
Side Of The Moon (Pink Floyd), Made
In Japan (Deep Purple), Master of
Puppets (Metallica) e The Number Of
The Beast (Iron Maiden). Sem contar
os diversos covers que gravaram durante sua carreira. Indo de U2 à Kansas. Não
contente com isso, o músico foi além e criou bandas covers para homenagear alguns
de seus heróis. Uma delas foi o Hammer of The Gods (tributo ao Led Zeppelin), que
iremos falar hoje.
Famoso por sua técnica de bumbo duplo e sua quebradas de tempo trincadas,
o músico impressiona por manter os arranjos bem fieis ao grupo original. Ele
não transformou as músicas em canções de prog metal. Pelo contrário, manteve a essência
intacta. Mais do que isso, quem tiver a oportunidade de conferir o DVD, notará
que também houve uma preocupação em tentar reproduzir o visual do quarteto
original. Com Portnoy barbudo, o cantor vestindo uma calça jeans e uma camisa
aberta, tentam manter o espírito das apresentações do Zeppelin. Sem dúvidas,
uma bonita homenagem.
Não há iniciantes aqui. Todos os músicos são artistas renomados e de altíssimo nível.
Completam o time: o guitarrista Paul Gilbert (Mr. Big, Racer X), o baixista
Dave La Rue (Joe Satriani, Dixie Dregs) e o cantor Daniel Gildenlöw (Stream of
Passion). Gravado em duas noites, os músicos não ficam naquela de ficar
interpretando hits. Você não ouvirá clássicos manjados
como “Rock n´ Roll”, “Whole Lotta Love”, “All My Love”, “Dy´er Maker”, “Stairway
to Heaven”. Nem mesmo “Communication
Breakdown”. Há um ou outro grande hit, mas não é a tônica do show.
Músicos recriam atmosfera original |
Em um dream team desses, não preciso dizer que o instrumental é bem
executado. É chover no molhado. Entretanto, Led Zeppelin possui um material complexo não apenas para
tocar, mas também para se cantar. E é aí que a coisa complica um pouquinho.
Daniel não é um cantor ruim, tem um timbre bem similar ao de Robert Plant, mas
tem algumas músicas que são muito altas para ele e alguns falsetes ficam um
pouco à desejar na segunda apresentação. No show de Montreal, impressiona. Já
na performance de New York, em canções como “Out On The Tiles” e “The Wanton Song” fica a dever. Sem duvidas, a performance dele é respeitável. Mas o melhor cara que já vi para fazer cover de Zeppelin continua sendo o Jack Russell do Great White.
Quanto à banda, a única música que
acho que não deveriam terem gravado é “Black Dog”, deixa aquele sentimento de ‘alguma coisa faltando’ em shows onde os músicos estavam, até então, irretocáveis. Do mais, tudo está aqui intacto.
Canções emendadas, improvisos, longo solo de bateria em “Moby Dick”, longo solo
de guitarra em “Dazed And Confused”. Tudo que um fã de Zeppelin gosta de ouvir,
está presente. Dos 4 projetos covers que ouvi de Portnoy, esse foi certamente o que mais me impressionou.
Nota: 8,0
Status: Homenagem de alto nível
CD 01 – One Night
In Montreal:
01)
The Song Remais The Same
02)
Heartbreaker
03)
Livin´ Lovin´ Maid
04)
The Rover
05)
Houses of the Holy
06)
Misty Mountain Hop
07)
Immmigrant Song
08)
The Rain Song
09)
Dazed And Confused
CD 02 – One Night
In New York City?
01)
In The Light
02)
Celebration Day
03)
Night Flight
04)
The Wanton Song
05)
Out On The Tiles
06)
Moby Dick
07)
Ten Years Gone
08)
Black Dog
09)
The Ocean
10)
Thank You
11)
How Many More Times
12)
I´m Gonna Crawl