segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Black Star Riders – The Killer Instinct (2015):



Por Davi Pascale

Black Star Riders chega ao seu segundo álbum e lança um dos melhores discos do ano. Contando com a presença do veterano Scott Gorham, o grupo entrega um trabalho honesto, bem feito e inspirado.

O Black Star Riders nasceu no final de 2012 quando a mais nova reencarnação do lendário Thin Lizzy decidiu que queriam gravar um trabalho de inéditas. Sabiamente, optaram por não utilizar o nome Thin Lizzy. Afinal, além de Phil Lynott estar morto há vários anos, o único cara ali que poderia se auto-intitular um membro efetivo do Thin Lizzy era o Scott. Os demais? Excelentes músicos contratados para o cargo e que se juntaram ao rapaz em um revival. Não foi aquele lance de ir saindo um e entrando outro. Em 2013, lançaram o seu debut, o bom All Hells Breaks Loose. Agora, dois anos depois, soltam The Killer Instinct demonstrando um enorme amadurecimento nas composições.

A formação mudou pouca coisa. Apenas o baixista saiu fora. Saiu Marco Mendoza (Blue Murder), entrou Robbie Crane, mais famoso por seu trabalho ao lado do Ratt e ao lado do cantor Vince Neil (Motley Crue). O resto da galera é a mesma: Scott Gorham, Damon Johnson (Alice Cooper), Jimmy DeGrasso (Megadeth) e Ricky Warwick (The Almighty). O mais bacana, contudo, é que os caras começam a criar sua identidade.

Banda começa a criar identidade e lança disco que é um dos destaques de 2015

Sim, a influência de Thin Lizzy é forte e aparece descarado em algumas músicas. “The Killer Instinct” soa como se fosse uma nova “The Boys Are Back In Town”. É quase impossível escutarmos “Soldierstown” e não nos recordarmos de “Emerald”. “Charlie I Gotta Go” soa como se fosse as músicas mais pop do conjunto, como “Don´t Believe a Word”. Inclusive, as linhas vocais de Ricky Warwick lembram bastante. Entretanto, temos alguns sons que começam a apontar para um novo caminho, a se distanciar da imagem de Thin Lizzy dos anos 2000.

Em alguns momentos eles soam mais contemporâneos. “Bullet Blues”, “Throught The Motions”, “Sex, Guns & Gasoline” e “You Little Liar” contam com uma influência anos 70, sim, mas com uma pegada mais moderna. “Sex, Guns & Gasoline” está mais para um som do Slash do que do Grand Funk, por exemplo. “Finest Hour” tem uma pegada mais comercial, me lembrou a carreira solo do Mike Tramp (White Lion), principalmente o refrão.

Contando com a produção do cultuado Nick Raskulinecz (Evanescence, Foo Fighters, Rush), o CD está com uma sonoridade matadora. Pesado, com as guitarras falando alto e som de bateria na cara, como um bom álbum de rock deve ser. O mais legal de tudo é que, para adquirir esse CD, ninguém precisará desembolsar rios de dinheiro já que a gravadora Nuclear Blast resolveu lança-lo aqui no Brasil. Corra atrás que vale a pena!

Nota: 10 / 10
Status: Disco do ano

Faixas:
      01)   The Killer Instinct
      02)   Bullet Blues
      03)   Finest Hour
      04)   Soldierstown
      05)   Charlie I Gotta Go
      06)   Blindsided
      07)   Through The Motions
      08)   Sex, Guns & Gasoline
      09)   Turn Your Arms 
      10)   You Little Liar