quinta-feira, 7 de setembro de 2017

Nickelback – Feed The Machine (2017):



Por Davi Pascale

Essa é aquela típica banda que todo mundo ama odiar e nunca consegui entender a razão. Ok, eles não são revolucionários, mas certamente são competentes no que fazem. E sendo bem honesto, os caras possuem bastante discos bons. E esse é mais um deles.

Não havia gostado de No Fixed Adress, onde os músicos tentaram fazer um som mais moderno, mais pop. Achei que eles se perderam. Tinha música que soava como Maroon 5. Nada contra, mas não é isso o que espero do grupo de Chad Kroeger. Não tenho nada contra o cara querer inovar, querer buscar novos ares, mas quando o resultado final não faz sentido, a coisa complica.

Aqui, voltam a entregar um disco consistente e a razão é uma só. Os caras não inventaram moda. Fizeram o que sabem fazer e deu certo. Durante a audição, vocês irão notar que eles continuam trabalhando com a ideia de fazer uma mixagem mais moderna. O grande x da questão é que aqui eles entram como uma costura das canções e não como o foco principal. Dessa vez, a brincadeira funcionou bem.

Os rapazes seguem a risca sua velha fórmula. Entregam um álbum de 11 faixas, com aproximadamente 40 minutos, oscilando canções mais pesadinhas com baladas radiofônicas. Minhas preferidas foram realmente as faixas mais pesadas: “Feed The Machine”, “Coin´ For The Ferryman” e “The Betrayal (Act III)”, para ser mais exato. Outro grande destaque fica por conta de “For The River” que traz um solo inspiradaço de Nuno Bittencourt (Extreme).



Agora... Teve uma parada que não entendi. Eles incluíram no disco “The Betrayal” (Act III)”, “The Betrayal (Act I)” e não incluíram “The Betrayal (Act II)”. Ok, têm vários artistas que começam uma sequencia para terminar depois no trabalho seguinte, mas nunca vi deixarem o meio para depois. E sendo bem honesto, poderiam terem incluído apenas a terceira parte, já que o Act I é absolutamente descartável. Um número instrumental chinfrim que não diz ao que veio.

Logicamente, sendo um álbum do Nickelback e tendo o grau de exposição que eles têm, já era esperada a aparição de algumas faixas mais radiofônicas. Temos algumas por aqui. “Song On Fire”, “After The Rain” e “Every Time We´re Together” são as que aposto para se tornarem hits em um futuro próximo. Dessas mais comerciais, contudo, a que mais curti foi “Silent Majority”, que traz uma sonoridade meio termo e um refrão bacaninha.

Feed The Machine é um trabalho que certamente agradará aos fãs do conjunto. Os músicos se tocaram que as mudanças não haviam agradado e vieram com mais cautela. As composições são bem resolvidas. O disco é bem gravado. A voz de Chad não sofreu mudanças (para quem está por fora, ele passou por uma cirurgia nas cordas vocais recentemente para a retirada de um cisto). Contudo, se você nunca foi com a cara da banda, não será aqui que você mudará de idéia.

Nota: 8,0 / 10,0
Status: Honesto

Faixas:
      01)   Feed The Machine
      02)   Coing For The Ferryman
      03)   Song On Fire
      04)   Must Be Nice
      05)   After The Rain
      06)   For The River
      07)   Home
      08)   The Betrayal (Act III)
      09)   Silent Majority
      10)   Every Time We´re Together
      11)   The Betrayal (Act I)