Por Davi Pascale
Essa é aquela típica banda que
todo mundo ama odiar e nunca consegui entender a razão. Ok, eles não são
revolucionários, mas certamente são competentes no que fazem. E sendo bem
honesto, os caras possuem bastante discos bons. E esse é mais um deles.
Não havia gostado de No Fixed Adress, onde os músicos tentaram
fazer um som mais moderno, mais pop. Achei que eles se perderam. Tinha música
que soava como Maroon 5. Nada contra, mas não é isso o que espero do grupo de
Chad Kroeger. Não tenho nada contra o cara querer inovar, querer buscar novos
ares, mas quando o resultado final não faz sentido, a coisa complica.
Aqui, voltam a entregar um disco
consistente e a razão é uma só. Os caras não inventaram moda. Fizeram o que
sabem fazer e deu certo. Durante a audição, vocês irão notar que eles continuam
trabalhando com a ideia de fazer uma mixagem mais moderna. O grande x da
questão é que aqui eles entram como uma costura das canções e não como o foco
principal. Dessa vez, a brincadeira funcionou bem.
Os rapazes seguem a risca sua
velha fórmula. Entregam um álbum de 11 faixas, com aproximadamente 40 minutos,
oscilando canções mais pesadinhas com baladas radiofônicas. Minhas preferidas
foram realmente as faixas mais pesadas: “Feed The Machine”, “Coin´ For The
Ferryman” e “The Betrayal (Act III)”, para ser mais exato. Outro grande
destaque fica por conta de “For The River” que traz um solo inspiradaço de Nuno
Bittencourt (Extreme).
Agora... Teve uma parada que não
entendi. Eles incluíram no
disco “The Betrayal” (Act III)”, “The Betrayal (Act I)” e não incluíram “The
Betrayal (Act II)”. Ok, têm vários artistas que começam uma sequencia
para terminar depois no trabalho seguinte, mas nunca vi deixarem o meio para
depois. E sendo bem honesto, poderiam terem incluído apenas a terceira parte, já
que o Act I é absolutamente descartável. Um número instrumental chinfrim que
não diz ao que veio.
Logicamente, sendo um álbum do
Nickelback e tendo o grau de exposição que eles têm, já era esperada a aparição
de algumas faixas mais radiofônicas. Temos algumas por aqui. “Song On Fire”, “After
The Rain” e “Every Time We´re Together” são as que aposto para se tornarem hits
em um futuro próximo. Dessas mais comerciais, contudo, a que mais curti foi “Silent
Majority”, que traz uma sonoridade meio termo e um refrão bacaninha.
Feed The Machine é um trabalho que certamente agradará aos fãs do
conjunto. Os músicos se tocaram que as mudanças não haviam agradado e vieram
com mais cautela. As composições são bem resolvidas. O disco é bem gravado. A
voz de Chad não sofreu mudanças (para quem está por fora, ele passou por uma
cirurgia nas cordas vocais recentemente para a retirada de um cisto). Contudo,
se você nunca foi com a cara da banda, não será aqui que você mudará de idéia.
Nota: 8,0 / 10,0
Status: Honesto
Faixas:
01) Feed The Machine
02)
Coing For The Ferryman
03)
Song On Fire
04) Must
Be Nice
05) After The Rain
06) For The River
07) Home
08) The Betrayal (Act III)
09) Silent Majority
10) Every Time We´re Together
11) The Betrayal (Act I)
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