quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Acústicos & Valvulados – Meio Doido e Vagabundo: O Fino do Rock Mendigo (2014):

A equipe do blog Riff Virtual se encontra de férias. Retomaremos nossas atividades no dia 20 de Janeiro. Enquanto essa data não chega, trazemos para vocês alguns de nossos melhores posts. Recordar é viver. Confira!




Por Davi Pascale

No ano passado, a banda gaucha Acústicos & Valvulados soltou dois trabalhos no mercado. Diamantes Verdadeiros, que trazia novas versões para velhas canções, e Meio Doido e Vagabundo, formado por material inédito. E é desse álbum que falaremos hoje.

Vocês devem estar se questionando o que seria o tal rock mendigo, expresso no título. O baterista Paulo James explicou, em entrevista, que se trata da dificuldade de fazer rock no Brasil. Segundo o mesmo, “enquanto a moda é ostentar, o rock anda mendigando, na sarjeta, matando cachorro à grito”. Velha realidade. Entretanto, o termo é muito legal, diz aí.

Faixas como “Meio Doido e Vagabundo”, “Efeito”, “Fogo e Gasolina”, “O Que Eu Sinto Por Você” e a divertidíssima “Vai Se Danar” trazem um bluesrock de primeira. Desde os tempos do Barão Vermelho que uma banda nacional não fazia esse tipo de som tão bem feito.

Formada em Porto Alegre, as influências do grupo sempre foram bem delineadas: rockabilly, folk, jovem guarda, bluesrock. Em sua maioria, rock n roll dos anos 60 e 70. Como não poderia deixar de ser, as guitarras falam alto. Daniel Mossman e Alexandre Moica são os grandes destaques do disco. Uma banda de rock não é nada sem um bom guitarrista e um bom cantor, certo? Desse mal, eles não sofrem. Rafael Malenotti não é de ficar cantando notas altíssimas, mas tem estilo próprio e ajudar a dar uma cara própria para o conjunto. Sem contar que tem um timbre de voz muito bacana.

Grupo gaúcho chega à seu sétimo disco

“Alguém Pra Gostar de Mim” e “Corações Partidos” trazem uma sonoridade mais radiofônica, com refrões pegajosos e poderiam se tornar canções de sucesso, caso fossem executadas nas grandes rádios. “Juntos Podemos Tudo”, “Sarjeta” e “Chalaça Total” apontam para um clima de festa. Essa ultima, inclusive, de maneira literal. Chalaça é um termo utilizado para se referir à escárnio, uma piada de mau gosto, e os garotos gravaram em arranjo com uma pegada meio de saloon. Conseguem a intenção, serem divertidos.

Como disse anteriormente, suas influências sempre foram nítidas. E aqui, deixam uma delas explícitas no título de uma de suas canções: “Tia Rita”. Uma singela homenagem dos garotos à rainha do rock brasileiro, Rita Lee. Meio Doido e Vagaundo traz um rock básico, direto e empolgante. Para quem sentia falta de um grupo fazendo um som mais raiz, sem se preocupar em se adequar às tendências do momento, está aí uma boa pedida. Belo disco!

Nota: 8,0/10,0
Status: Inspirado

Faixas:
      01)   Meio Doido e Vagabundo
      02)   Alguém Pra Gostar de Mim
      03)   Efeito
      04)   Tia Rita
      05)   Corações Partidos 
      06)   Não Vou Desistir
      07)   Sarjeta
      08)   Fogo e Gasolina
      09)   Juntos Podemos Tudo
      10)   Vai Se Danar
      11)   O Que Eu Sinto Por Você  
      12)   Chalaça Total

quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Stone Sour – Meanwhile In Burbank… EP (2015):

A equipe do blog Riff Virtual se encontra de férias. Retomaremos nossas atividades no dia 20 de Janeiro. Enquanto essa data não chega, trazemos para vocês alguns de nossos melhores posts. Recordar é viver. Confira!

Por Rafael Menegueti


Depois de uma separação polemica com o guitarrista Jim Root, o Stone Sour, uma das maiores forças do metal alternativo lança um EP para marcar sua nova fase. “Meanwhile In Burbank...” é composto de cinco covers, e marca a estreia de Christian Martucci na guitarra e Johny Chow no baixo em estúdio.

A banda não escolheu as cinco faixas trabalhadas por acaso. Todas as canções já haviam sido executadas ao vivo em shows da banda no ano passado e em 2013. A ideia de leva-las a estúdio e lançar um EP surgiu ainda durante a turnê. E elas foram escolhidas com um propósito. Todas são faixas de bandas que influenciaram a carreira dos membros do Stone Sour. Muito bem trabalhadas, as faixas também mostram mais uma vez a capacidade dos músicos de passear por diferentes estilos com eficiência.

O interessante é ver que, apesar das bandas homenageadas serem grandes nomes do rock mundial, as faixas escolhidas não são exatamente os maiores hits deles, embora elas sejam cultuadas pelos fãs, e também pelos músicos que se incluem como admiradores desses grupos. Para abrir o EP, a banda escolheu “We Die Young”, primeiro single do primeiro álbum do Alice In Chains. Ficou claro a partir dali que a ideia não era fazer versões das canções, mudando arranjos, estilo ou incluindo elementos ausentes nas canções originais. Eles estão simplesmente executando as músicas, sem rodeios, mas também sem parecer imitarem os homenageados. Eles incluíram sua própria personalidade às faixas.


A segunda música é “Heading Out to the Highway”, do Judas Priest, onde a banda foi bem sucedida em dar um aspecto mais clássico ao seu som. Interessante também foi a versão de “Love Gun”, do Kiss, com destaque para Corey Taylor, que mostrou que é realmente um vocalista talentoso, fazendo bonito na interpretação de Paul Stanley, pra quem ainda acha que ele só sabe gritar. Outro grande clássico, agora do thrash metal, veio com “Creeping Death” do Metallica, uma faixa bem mais simples para uma banda como o Stone Sour reproduzir. Logo, impossível não ter ficado boa. Para encerrar, o grupo escolheu uma canção dos pioneiros do Black Sabbath, “Children of the Grave”, tirada do terceiro disco da banda, “Master of Reality”, uma boa alternativa de uma banda que não podia faltar.

O banda já anunciou que irá lançar ainda mais dois EPs de covers, ainda não se sabe quando. Ficamos no aguardo de mais boas demonstrações da capacidade dos músicos, que, apesar de sofrerem certa resistência dos fãs mais xiitas do metal (principalmente o vocalista Corey Taylor), são incrivelmente habilitados e souberam fazer desses clássicos do rock uma boa aventura musical para a banda explorar entre suas diversas influências.

Nota: 9/10
Status: Fiel e competente

Faixas:
1. We Die Young (Alice In Chains cover)
2. Heading Out to the Highway (Judas Priest cover)
3. Love Gun (Kiss cover)
4. Creeping Death (Metallica cover)
5. Children of the Grave (Black Sabbath cover)

terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Motorhead – Bad Magic (2015):

A equipe do blog Riff Virtual se encontra de férias. Retomaremos nossas atividades no dia 20 de Janeiro. Enquanto essa data não chega, trazemos para vocês alguns de nossos melhores posts. Recordar é viver. Confira!


Por Davi Pascale

Motorhead celebra seus 40 anos de estrada com álbum de inéditas. Disco mantém sua sonoridade típica e deve agradar seus fãs de longa data.

Há algumas discussões no mundo do rock que são infinitas. Uma delas é a questão de se o artista deve ou não mudar sua sonoridade com o passar dos anos. Há artistas que adoram se arriscar em novas aventuras sonoras e há aqueles que adoram manter sua tradição. Motorhead está no segundo time. Bad Magic apresenta, mais uma vez, Motorhead sendo Motorhead. E, mais uma vez, o resultado é inacreditavelmente bom.

Não é preciso ser um fã de carteirinha para saber que Lemmy Kilmister, infelizmente, não está passando por um período bom em relação à sua saúde. À todo momento, recebemos notícias sobre sua situação e as ultimas não foram muito animadoras. Os 3 últimos concertos do trio não chegaram ao fim porque o cantor simplesmente não apresentava condições físicas para isso e interrompeu a apresentação após poucas canções. Com isso, muitos começaram a questionar a interpretação vocal de Lemmy no último álbum. A verdade é que está dentro do que já é esperado. O baixista realmente está com a voz um pouco mais fraca, o que fica evidente na balada “Till The End”. Nas músicas mais porradaria, contudo, não se sente tanto. Até porque Lemmy nunca teve voz de molequinho, sejamos sensatos.

Grupo mantém a tradição em um dos grandes álbuns de 2015

O início do álbum mata do coração qualquer fã que se preze. Em “Victory Or Die”, após o baixista gritar o nome da canção, Phil Campbell entra com um riff rocker matador, no melhor estilo “Bomber”. “Thunder & Lightning” traz uma sonoridade mais direta. Com poucos acordes nos remete à canções como “Iron Fist”. Na sequência vem “Fire Storm Hotel” que traz uma sonoridade rock n roll, com ar mais festivo, nos remetendo à seus tempos de “Born to Raise Hell”. Mikey Dee demonstra que continua sendo uma metralhadora nos versos de “Shoot Out All Your Lights”, com uma bateria à la “Sacrifice”. Verdade seja dita, fazia tempos que o trio britânico não demonstrava composições tão fortes quanto às apresentadas aqui.

Para o bem ou para o mal, o Motorhead segue sem novidades. O que também significa sem modernidades, sem se render à modismos. A sonoridade é a de sempre. A voz ríspida de Lemmy com seu baixo distorcido, as guitarras rock n roll, a bateria acelerada. Lemmy traz o vocal cavernoso de “Orgasmatron” de volta em “Choking On Your Screams”.  Canções como “Teach Them How To Bleed”, “Tell Me Who To Kill” e “When The Sky Comes Looking For You” estão entre os grandes destaques do disco. Os pontos baixos ficam com “Evil Eye” e a já citada “Till The End”.

O disco se encerra com uma versão de “Sympathy For The Devil” dos Rolling Stones. Não, ela não ficou melhor do que a original, mas ficou empolgante e matadora. Infelizmente, pelo andar da carruagem, esse deve ser o último disco dos caras. Se esse realmente for o último capítulo, os caras podem ficar descansados que estão encerrando com chave de ouro. Um dos grandes álbuns de 2015.

Nota: 8,0/10,0
Status: Empolgante e inspirado

Faixas:
      01)   Victory Or Die
      02)   Thunder & Lightning
      03)   Fire Storm Hotel
      04)   Shoot Out All Of Your Lights
      05)   The Devil
      06)   Electrify
      07)   Evil Eye
      08)   Teach Them How To Bleed
      09)   Till The End
      10)   Tell Me Who To Kill
      11)   Choking On Your Screams
      12)   When The Sky Comes Looking For You
      13)   Sympathy For The Devil

segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Nightwish – Endless Forms Most Beautiful (2015)

A equipe do blog Riff Virtual se encontra de férias. Retomaremos nossas atividades no dia 20 de Janeiro. Enquanto essa data não chega, trazemos para vocês alguns de nossos melhores posts. Recordar é viver. Confira!


Por Rafael Menegueti

Nightwish - Endless Forms Most Beautiful
Foi um longa espera. Os fãs de Nightwish conviveram com longos meses de ansiedade pelo lançamento de “Endless Forms Most Beautiful”, e eram inúmeros os motivos que fizeram a ansiedade aumentar. O mistério em torno das canções, quando a banda simplesmente não mostrou nada, nem uma nota sequer, enquanto apareciam em trailers falando sobre a criação e produção do novo álbum. A expectativa de saber como seria o primeiro registro de inéditas com Floor Jansen, e também com Troy Donockley, novo integrante da banda que incorporou instrumentos de sopro à sua sonoridade. O anuncio de uma música de 24 minutos, a mais longa da carreira da banda. E a participação improvável do escritor e biólogo Richard Dawkins. E então o álbum foi lançado. E dividiu opiniões.

Não sei ao certo o que pode ter provocado tamanho contraste na reação dos fãs ao receberem o novo disco, mas talvez uma explicação simples possa ser que a própria ansiedade criada em torno do disco, provocado pelo mistério em torno dele, fez com que se criasse uma expectativa muito acima do que o disco deveria ter recebido. O vazamento do single “Élan” ajudou para criar um clima não muito positivo para o que viria. Enquanto alguns fãs receberam o novo álbum com certa decepção, outros consideraram um trabalho digno da banda.

Uma coisa eu digo, “Endless Forms Most Beautiful” não é o melhor álbum da banda, mas está muito longe de ser o desastre que alguns fãs decepcionados apontam. O disco segue a linha dos trabalhos mais recentes da banda, como uma continuação da evolução que o Nightwish vinha promovendo em sua música. Alias, evolução é justamente um dos temas centrais do disco.

Segundo o tecladista e compositor da banda, Tuomas Holopainen, o disco é inspirado na obra de Charles Darwin, “A Origem das Especies”, tendo inclusive o nome sido tirado de uma passagem do mesmo. Segundo o compositor, o disco trata da beleza da vida, da existência e da evolução, sendo o conceito do álbum um tributo à ciência e ao poder da razão. A obra “O Maior Espetaculo da Terra: O Poder da Evolução”, de Richard Dawkins (que contribuiu com algumas narrações no disco), serviu de inspiração principalmente para a faixa que encerra o disco, “The Greatest Show On Earth”, a já citada canção mais longa da banda.

A sonoridade do disco remete muito ao que a banda apresentou em seus dois trabalhos anteriores. Muita melodia, arranjos feitos com instrumentos não comuns no metal, como flautas, gaitas e percussão, mas com a mesma pegada característica da banda. “Shudder Before the Beautiful” é uma faixa com a energia característica das que costumam abrir os discos da banda. Guitarra agressiva, levada empolgante e um refrão contagiante, ela é precedida por uma rápida narração de Richard Dawkins. A canção seguinte, “Weak Fantasy”, é uma das melhores do disco, agitada e com vocais potentes de Floor e Marco Hietala. Em seguida vem o single “Élan”, que divide os fãs. Embora ele possa parecer muito limpa e suave, a faixa aparece como um respiro no disco, dando um toque de melodia e beleza antes do que viria a seguir.

Os membros do Nightwish
“Yours Is An Empty Hope” compete com “Weak Fantasy” para ser a mais pesada do disco. Riff de guitarra potente, vocais com personalidade de Floor, que chega a mandar guturais no refrão, e boa participação do baterista Kai Hahto, que substitui Jukka Nevalainen no disco. Já “Our Decades In The Sun” é uma balada com uso de corais e belos arranjos sinfônicos e de violão. “My Walden” é uma faixa onde começa a se destacar a figura de Troy Donockley na banda, com vocais e suas flautas. A faixa título vem em seguida com mais peso e um refrão bem destacado.

A faixa “Edema Ruh” tem um andamento mais calmo, mas com um pouco mais de peso do que “Élan” por exemplo, além de um solo de guitarra interessante. “Alpenglow” tem uma pegada característica da banda, mas não empolga tanto quanto as demais do disco. O disco vai chegando ao final com a instrumental “The Eyes of Sharbat Gula”, totalmente orquestral e com uso de corais.

E enfim, a faixa que encerra o disco é “The Greatest Show on Earth”, uma canção grandiosa, que se inicia com um piano e vai crescendo junto com a orquestração e a voz de Floor durante alguns minutos. Mais da narração de Richard Dawkins surgem antes da canção ganhar nova cara com a entrada de Floor meio como declamando a letra e a guitarra de Emppu Vuorinen. A canção logo vai progredindo, ganha energia, arranjos com backing vocals de corais, até ganhar um novo andamento, com o ritmo da bateria aliado as vozes antes de uma sequencia de sons de animais selvagens misturados a alguns toques de orquestração interromper a canção. Logo, a guitarra volta com peso e a voz de Marco Hietala.

E isso é só a primeira metade da faixa. É curioso que mesmo assim, a canção não cansa. Ela ganha vida nova depois disso, os vocais trazem empolgação, uma verdadeira evolução dentro da música. Por volta dos 16 minutos, a canção para totalmente, entra de novo o piano e arranjos orquestrais leves, seguido em seguida pela bateria e baixo ditando um ritmo cadenciado, lento, para mais narração de Dawkins. Mais orquestração, que vai diminuindo, sons de mar, mais narração. A canção já acabou, agora o que resta são sons da natureza e de animais, até que com 24 minutos o ciclo se encerra. Encerra um bom disco, com ótimas canções, com a cara atual do Nightwish.

Um trabalho bem produzido, com uma proposta interessante e com belos arranjos de metal sinfônico. Floor Jansen também não decepciona em sua estreia em um álbum de estúdio da banda. Mesmo que ela não tenha mostrado toda a potencia de sua voz no disco, o fato é que ela não precisa, a música do Nightwish não pede isso. Sua participação é exatamente da forma que as canções pedem, harmoniosa e com personalidade nos momentos certos. “Endless Forms Most Beautiful” não é como os grandes álbuns clássicos da banda finlandesa. Ele é único e diferente, mas ainda belo, e faz jus a historia da banda.

Nota: 8/10
Status: Espetacular

Faixas:
01. Shudder Before The Beautiful
02. Weak Fantasy
03. Élan
04. Yours Is An Empty Hope
05. Our Decades In the Sun
06. My Walden
07. Endless Forms Most Beautiful
08. Edema Ruh
09. Alpenglow
10. The Eyes Of Sharbat Gula
11. The Greatest Show On Earth

domingo, 27 de dezembro de 2015

Courtney Love – You Know My Name / Wedding Day (2014):

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Por Davi Pascale

Cantora sai do ostracismo e lança um compacto com novo material. Embora sejam apenas duas músicas, material mostra Courtney Love em seu melhor momento criativo desdeCelebrity Skin.  

Courtney Michelle Love sempre foi altos e baixos. Não apenas em seu dia-a-dia (oras aparece desleixada, totalmente fora de si, falando coisas desconexas. Oras aparece extremamente sexy, dando respostas sagazes o suficiente para quebrar a cara de qualquer um que a provoque, utilizando sempre o seu sarcasmo), mas também em sua carreira. Live Through ThisCelebrity Skin e até mesmo America´s Sweetheart são ótimos álbuns.Materiais acima da media, capazes de fazer com que o jornalista que mais a odeie, pense e repense na escolha das palavras na hora de escrever um review. Por outro lado, trabalhos como Nobody´s Daugher, o disco da tal volta do Hole, frustrou boa parte de seus admiradores com uma gravação sem brilho e poucas faixas memoráveis.

“You Know My Name”, primeira canção do disquinho, traz a velha Courtney. Canção curta, rápida, com guitarras sujas e vocais gritados. Embora traga um acento pop no refrão, nos recorda de seus anos iniciais. Mas peraí... Live Thorugh This e Celebrity Skin também possuíam um acento pop. Imagine a sujeira de Pretty On The Inside com um refrão no estilo de Celebrity Skin. É mais ou menos disso que se trata.

Tommy Lee participou das gravações do novo compacto de Courtney Love

Se “You Know My Name” já nos traz uma vaga recordação dos anos 90, a faixa do lado B, “Wedding Day” nos leva de volta aos tempos onde o grupo se apresentava em casas como Whisky A Go Go e CBGB, com uma Courtney endiabrada mergulhando no publico, trazendo fãs ao palco e quebrando instrumentos no final de suas apresentações. Aqui, o acento pop, a pegada mais comercial, some de vez, apostando em uma sonoridade alternativa ao pé da letra. Canção que tem de tudo para agradar aos admiradores não apenas do Hole, mas da cena grunge em geral. O mais legal de tudo, Tommy Lee, baterista do Motley Crue (banda de hair metal, estilo acusado de ter sido destruído pelo grunge) participa das gravações.

Inicialmente, essas faixas seriam um aperitivo de um novo trabalho solo da cantora. Ideia que foi engavetada após Courtney se reconciliar com Eric Erlandson. Aparentemente a dupla estaria compondo material junto e planejando uma turnê do Hole ao lado de Melissa Auf Der Maur e Patty Schemel. Se bem que essa história também está meio nebulosa. E do jeito que a cantora é cheia de altos e baixos, recomendo aqueles que curtem, correrem atrás do disquinho antes que essas faixas se tornem raridades. Aos colecionadores, existe uma prensagem de 3.000 cópias com vinil rosa. Quem desejar, terá que revirar os ebays da vida, pois já encontra-se esgotado. Contudo, o vinil preto está em catálogo e as faixas encontram-se no Itunes. 

Nota: 9,0/10,0
Status: Empolgante

Faixas:
01) You Know My Name
02) Wedding Day

sábado, 26 de dezembro de 2015

Atreyu - Long Live (2015)

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Por Rafael Menegueti

Atreyu - Long Live
Depois de 6 anos, o Atreyu retorna com um novo disco, o sexto de sua carreira. A banda havia ficado por um bom período em hiato, e aparentemente isso serviu para que a banda definisse uma nova direção em sua proposta, ou melhor, uma velha direção. E tem tudo para agradar aos fãs de longa data.

Os californianos fizeram grandes mudanças em sua sonoridade desde seus primeiros trabalhos. Do metalcore cru e pesado do primeiro disco, “Suicide Notes and Butterfly Kisses”, a banda passou a fazer uso de mais melodia, influências de hard rock e um estilo mais comercial ao longo de seus outros lançamentos. Antes da pausa, o álbum “Congregation of the Damned” conseguiu diluir bem todas as fases da banda em um disco bem preciso. O desafio no retorno parecia ser como manter essa sequencia em sua evolução sonora.

“Long Live” mostra-se rapidamente um disco que dá um passo a frente. Algumas das características principais do som que a banda vinha apresentado aparecem bem, como os refrães se mostrando como o pico das músicas, além de riffs ferozes. A estrutura que a banda apresenta em suas composições é bem característica. Alex Varkatzas é o principal vocalista, mas ele divide a tarefa com o baterista Brandon Saller.

Os membros do Atreyu
Enquanto Brandon sempre apresentou sua voz com força e empolgação, formando os momentos mais acentuados das músicas, Alex oferecia um vocal mais brutal e emotivo. Se nos trabalhos anteriores Alex vinha mesclando os gritos com voz limpa, nesse disco ele optou por apenas gritar. Pode parecer pouca coisa, mas essa escolha foi fundamental na evolução do som. Brandon ganhou ainda mais importância, quebrando as partes mais pesadas com a potência de sua voz limpa e se tornando a principal referência melódica da banda.

O disco soa bem mais maduro. Seja no modo da banda compor, como na forma como eles executam as canções. O single “Long Live” inicia o álbum com competência. Em “Live to Labor” a banda usa mais velocidade e mostra bom entrosamento nas guitarras. Existem momentos que lembram bem a fase do álbum “The Curse”, mas um pouco mais bem elaboradas, como nas faixas “I Would Kill/Lie/Die (For You)” e “Heartbeats and Flatlines”. Flerta com o rock de arena no ritmo de “Do You Know Who You Are?”, e com o hard rock em “Brass Balls”, duas excelentes canções. Outros destaques ficam com a pesada “Cut Off the Head”, melhor do álbum, e “Reckless”, que encerra o disco como uma porrada.

É certo que esse disco deve agradar bastante aqueles que esperavam um disco de metalcore típico. “Long Live” tem todos os elementos necessários pra isso. Para o Atreyu é ainda mais interessante por ser um retorno com muita qualidade. A banda fez seu melhor álbum no quesito peso, e um dos melhores em matéria de melodias. O grupo pareceu até ter dado a deixa pros seus fãs no nome do disco. Todos devem estar pensando agora: “vida longa ao Atreyu”.

Nota: 9/10
Status: Porrada

Faixas:
01. Long Live
02. Live To Labor
03. I Would Kill/Lie/Die (For You)
04. Cut Off The Head
05. A Bitter Broken Memory
06. Do You Know Who You Are
07. Revival (Interlude)
08. Heartbeats And Flatlines
09. Brass Balls
10. Moments Before Dawn
11. Start To Break
12. Reckless

sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

Shania Twain – Still The One: Live From Vegas DVD (2015):

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Por Davi Pascale

Registro de volta aos palcos, traz cantora se aproximando da ideia de mega-espetáculo. Durante 90 minutos, Shania relembra seus grandes hits e traz nostalgia para quem viveu os anos 90.

Existem alguns artistas que são difíceis de rotularem. Justamente por realizarem o famoso crossover, é possível encaixá-lo em mais de uma vertente. A Shania é um exemplo disso! A cantora mescla elementos do pop e do rock com sua amada country music. Algumas pessoas podem estranhar minha escolha, mas conheço vários roqueiros que são fãs declarados da cantora. Sendo assim, vamos em frente...

A carreira de Eilleen Regina Edwards foi um verdadeiro meteoro. Em seu segundo álbum,The Woman In Me, a moça atingiu o estrelato emplacando várias músicas nas rádios. Seu álbum seguinte – Come On Over – a consagrou como uma das grandes cantoras da década de 90. Shania havia conseguido ir além do que imaginavam. Havia deixado de ser uma estrela country para se tornar uma popstar. Muitos acreditaram que teria uma carreira longa, mas não foi o que aconteceu. Depois do bem-sucedido Up!, simplesmente sumiu da mídia.

Shania passou por várias dificuldades desde então. As mais notáveis são a perda de sua voz e o divórcio de um casamento de 14 anos. Shania Twain descobriu que seu marido Robert “Mutt” Lange (sim, o lendário produtor que trabalhou ao lado de AC/DC e Def Leppard) havia traído ela com Mari-Anne Thiebaud, sua ex-secretária e melhor amiga. Além de marido, Mutt também era seu produtor. A situação fez com que resolvesse dar uma pausa em sua carreira. Os fãs tiveram que esperar por 8 anos para que pudessem vê-la na estrada novamente. Infelizmente, a alegria está prestes a acabar.

Cantora aposta em show com megaprodução


Ironicamente, o DVD chega às lojas brasileiras no ano em que Shania Twain anunciou sua turnê de despedida. A cantora deixa claro que é um adeus dos palcos, não da música. Ou seja, em algum momento gravará um novo álbum, mas não terá nova turnê. A apresentação registrada aqui foi gravada em uma temporada que realizou nos cassinos de Las Vegas. Shania decidiu que queria entregar um espetáculo grandioso e realizou um show dividido em atos com uma produção de palco muito maior do que está acostumada.

Na escolha das canções, há poucas surpresas. A cantora focou nos seus hits, conforme esperado. Entretanto, há algumas ousadias! O show inicia com "I´m Gonna Getcha Good" e não mais com "Man! I Feel Like a Woman", conforme vinha fazendo há alguns anos. Aqui, optou por encerrar com essa canção, o que é outro diferencial, já que costumava encerrar suas apresentações com "Rock This Country".

A performance é dividida em 5 atos. O primeiro e o terceiro ato focam nas canções mais rock, digamos assim. Destacam-se aqui; "You Win My Love", "Don´t Be Stupid (You Know I Love You)" e "If You´re Not In It for Love (I´m Outta Here)". O segundo ato é onde explora seu lado mais country, trazendo um ar de salloon à Las Vegas. "No One Needs to Know" e "Whose Bed Have Your Boots Been Under?" roubam a cena. O quinto ato é o das baladas com os megahits "You´re Still The One" e "From This Moment On". O grande destaque do show, contudo, é o quarto ato onde realiza um set acústico com ar de luau, onde permite, inclusive, que alguns fãs sentem ao seu redor. As canções desse set ganharam novos arranjos e ficaram muito bacanas. Especialmente, "Rock This Country" e "Come On Over".

Embora o set seja longo, a apresentação não é muito comprida. 90 minutos cravados! O DVD ainda apresenta Backstage Pass. Um documentário de uma hora de duração, onde a cantora explica o conceito do show, desde figurinos, escolha de repertório, até o visual do palco, intercalando com imagens de toda a preparação. Filme bem legal de assistir! Embora tenha sofrido com problemas de voz recentemente, sua performance no show está excelente. Quem não conhece sua história, nem suspeita dos problemas que sofreu. E ah, sim, a moça continua lindíssima! Altamente recomendado!

Nota: 9,0 / 10,0
Status: Profissional

Faixas:
01) Opening
02) I´m Gonna Getcha Good
03) You Win My Love
04) Don´t Be Stupid (You Know I Love You)
05) Up!
06) The Good, The Bad And The Sexy (Interlude)
07) I Ain´t No Quitter
08) No One Needs to Know
09) Whose Bed Have Your Boots Been Under?
10) Any Man of Mine
11) Shania Style (Interlude)
12) That Don´t Impress Me Much
13) Honey, I´m Home
14) (If You´re Not In It For Love) I´m Outta Here
15) Shania Memories (Interlude)
16) Carrie Anne
17) Come On Over
18) Love Gets Me Every Time
19) Rock This Country!
20) Today Is Your Day!
21) Black Horse, White Horse (Interlude)
22) You´re Still The One
23) From This Moment On
24) Red Storm (Interlude)
25) Man! I Feel Like a Woman!
26) Rock This Country (Live From Calgary) - Créditos

Extra:
Backstage Pass (Documentário)

quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

Ghost - Meliora (2015):

A equipe do blog Riff Virtual se encontra de férias. Retomaremos nossas atividades no dia 20 de Janeiro. Enquanto essa data não chega, trazemos para vocês alguns de nossos melhores posts. Recordar é viver. Confira!

Por Rafael Menegueti

Controversa e misteriosa, o Ghost é mais uma daquelas bandas que provocam “debates” entre os admiradores do rock e metal ao redor do mundo. Muitos não cansam de bradar por ai o quanto detestam o som desse sexteto sueco cujos integrantes tem suas identidades mantidas em segredo. Outros defendem a banda que, quando foi elogiada por nomes como Dave Grohl, ganhou status de cult. Fato que só aumentou a bronca daqueles que os odeiam.

Eu particularmente acho que esse pessoal reclama demais. O som do Ghost não é algo inovador e revolucionário, mas também está longe de ser o lixo que seus haters teimam em apontar. Quem ouve logo identifica a forte influencia de Black Sabbath, assim como de rock psicodélico e varias vertentes de rock clássico, principalmente dos anos 70. Pra ser sincero, nem sei se dá pra chamar o Ghost de metal. O visual e temática ocultista/satanista que a banda ostenta falam mais nesse sentido que a música. Mas isso pra mim faz mais parte do contexto artístico, da mística por trás deles. Puro marketing, e bem feito, diga-se de passagem.

Nos dois primeiros discos da banda podíamos conferir algumas faixas bem interessantes, e que ajudaram a impulsionar a popularidade deles. A banda lança agora “Meliora”, seu terceiro disco, novamente fazendo uso de seus velhos costumes. "Outro" vocalista comanda os atos (só o personagem muda, o cantor é o mesmo, caso não saiba). Papa Emeritus III tem um timbre que me agrada, e nesse álbum ele ousa um pouco mais na personalidade de sua voz.

Papa Emeritus III e os Nameless Ghouls
“Meliora” agrada em muitos quesitos. É um disco direto, simples e rápido. As composições mostram climas e direções variadas. O primeiro single “Cirice” já havia me impressionado muito quando ouvi. Considero uma das canções mais fortes de toda o repertorio da banda, daquelas que dá vontade de voltar e ouvir de novo. A faixa “Spirit”, que abre o disco, é bem marcada pelo estilo da banda, mas aparenta ter mais cor e vida. O álbum inteiro segue nesse clima.

Varias faixas são marcantes por um ou outro elemento que se destacam nelas. A levada de “From the Pinnacle To The Pit”, a delicadeza de “He Is”, o peso de “Mummy Dust”, o ritmo envolvente de “Majesty”, o peso na medida certa de “Absolution”, e o encerramento com a melodia simples e agradável de “Deus In Absentia”, formam o conjunto de virtudes desse bom álbum do Ghost. A banda pode não ser genial, mas tem competência suficiente pra ser um nome interessante no rock mundial, que precisa mais do que nunca de boas direções. Se o pessoal que insiste em reclamar não enxergar isso, o problema que seja só deles

Nota: 8/10
Status: Bem elaborado

Faixas:
01. Spirit
02. From The Pinnacle To The Pit
03. Cirice
04. Spöksonat
05. He Is
06. Mummy Dust
07. Majesty
08. Devil Church
09. Absolution
10. Deus In Absentia

quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Badlands : o supergroup que não vingou

A equipe do blog Riff Virtual se encontra de férias. Retomaremos nossas atividades no dia 20 de Janeiro. Enquanto essa data não chega, trazemos para vocês alguns de nossos melhores posts. Recordar é viver. Confira!



Por Davi Pascale

O fato de colecionar discos e de querer me aprofundar o máximo possível na carreira dos artistas que admiro, me levou a descobrir o Badlands muitos anos atrás. Formado por 4 excelentes músicos, o grupo tinha de tudo para ter sido um dos grandes nomes da época. Algo que, infelizmente, não aconteceu. Agora, décadas depois vejo muita gente correndo atrás da banda, mas ainda estão longe de serem um nome reconhecido entre o grande público. Em seu  primeiro disco, formavam o lineup: Ray Gillen, Jake E. Lee, Greg Chaisson e Eric Singer.

Todos eles passaram por grandes bandas. Bem... quase todos. Greg Chaisson vinha do Steeler que é uma banda que também teve excelentes músicos (alguns renomados até como Yngwie Malmsteen, Axel Rudi Pell e Ron Keel), mas que também nunca chegou a acontecer de fato. Aquele famoso grupo que é conhecido entre os amantes do gênero. Não mais do que isso. O vocalista Ray Gillen vinha do Black Sabbath. O rapaz substituiu o Glenn Hughes na turnê do The Seventh Star e chegou a gravar as demos do disco Eternal Idol, que depois foi lançado com o vocal de Tony Martin. Eric Singer, atualmente no Kiss, era o baterista dessa turnê, mas também já tinha tocado com Gary Moore e Lita Ford. Já o guitarrista Jake E Lee tinha atingido a fama após participar da carreira solo de Ozzy Osbourne, tendo gravado os discos Bark At The Moon e The Ultimate Sin. Foi ele, aliás, quem acompanhou o ex-Sabbath na apresentação do Rock In Rio em 1985.

Foto promocional do Black Sabbath com Ray Gillen e Eric Singer

Vários fatores atrapalharam a carreira da banda. A pressão da gravadora por um hit – que nunca aconteceu – e as brigas entre Jake e Gillen, no entanto, acredito que tenham sido os maiores obstáculos. Embora não tenham conseguido musicas de grande destaque na radio, o quarteto chegou a ter 3 videoclipes veiculados na MTV, na época. Dois, “Winter´s Call” e “Dreams In The Dark”, extraídos do álbum de estréia. O outro foi “The Last Time, de seu segundo trabalho Voodoo Highway.

O primeiro a abandonar o barco foi o baterista Eric Singer. Quando lançaram seu segundo CD, já contavam com Jeff Martin assumindo as baquetas. Quando li seu nome no encarte pela primeira vez, me assustei. Jeff era conhecido por seu trabalho vocal no grupo Racer X (por sinal, liderado por outro grande guitarrista: o mr. big Paul Gilbert) e não tinha uma imagem associada enquanto baterista. Mas verdade seja dita, o cara é um bom músico. Ainda prefiro o estilo de Singer, mas realmente não fazia feio.

O debut tinha uma sonoridade que mesclava aquele hard dos anos 80 com influencias de grandes bandas dos anos 70, como o Led Zeppelin, por exemplo, além de uma influencia de blues. Essa veia zeppeliana é facilmente perceptível na faixa de abertura “Highwire”. Aliás, essa foi a primeira canção que ouvi do quarteto. Tinha esse faixa em uma coletânea chamada Comando Metal, mas reconheço que só fui dar valor ao grupo e procurar mais informações depois que peguei emprestado um VHS que um amigo meu tinha com várias gravações de TV e me deparei com o clipe de “Winter´s Call”. De cara, reconheci o baterista Eric Singer que naquela época estava trabalhando com o Kiss. Era a época do Alive III. Ou seja, fase desmascarada ainda. E também fiquei impressionado com o trabalho vocal de Ray Gillen. A influencia blues é mais facilmente percebida em “Rumblin´ Train”.

Capa dos 3 discos lançados pelo grupo

Essas influências setentistas e blueseiras, contudo, apareceriam em maior escala noVoodoo Highway. Trabalho que julgo tão bom quanto seu antecessor. Gillen estava mais confiante nos vocais. Talvez essa seja a razão que a galera que o idolatra prefira esse álbum ao debut. Eu, honestamente, acho os dois pau a pau. O que me frustrou um pouco foi o terceiro – e útlimo disco – Dusk, lançado de maneira póstuma. Já tinha esse material em formato bootleg, antes dele chegar às lojas. Lembro que não fiquei impressionado quando ouvi as demos e também não fiquei impressionado quando ouvi o lançamento oficial. É obvio que o trabalho dos músicos é impecável, mas achei as músicas pouco inspiradas. A que mais gosto é “Ride the Jack”. Não é um álbum ruim, mas acho bem abaixo dos anteriores.

Infelizmente, com a morte de Ray Gillen (vitima da Aids) em 1 de Dezembro de 1993, as chances de um retorno foram por água abaixo. Eu, pelo menos, não consigo imaginar esses caras funcionando com outro vocalista. Entretanto, existe como legado esses 3 discos que certamente merecem serem redescobertos pela nova geração. Os dois primeiros trabalhos foram relançados recentemente e são relativamente fáceis de serem encontrados. O VHSDag The Giblets, contudo, ainda não foi reeditado em DVD. Ainda bem que tenho minha fita aqui em casa...