Por Rafael
Menegueti
Fim do ano
chegou e, como de praxe, é hora de relembrar o que se passou no mundo do rock
em matéria de novos discos. E esse ano tivemos muita coisa interessante, de
modo que separar apenas 5 para mim foi bem difícil. Por isso decidi fazer
baseado em meus próprios gostos.
Antes de
qualquer coisa, já aviso: ISSO NÃO É UM RANKING! É apenas uma lista para quem
não se situou nesse ano achar algo que possa se interessar. Portanto, não
precisa lamentar se o disco que você gostou não está aqui. Isso não significa
que ele não seja bom, apenas que eu não o considerei dentre os outros que eu
acompanhei nesse ano. Mas se você achar que seria interessante lembrar de mais
algum, sinta-se livre para deixar nos comentários.
Black
Sabbath – 13
Só por ser
Black Sabbath eu não precisaria falar mais nada. Esse disco marca o retorno da
banda que deu origem ao metal com o vocalista e comedor de morcegos Ozzy
Osbourne. Pena que Bill Ward tenha ficado de fora, mas Brad Wilk (Rage Against
the Machine, ex- Audioslave) deu conta do recado de maneira brilhante.
Essencialmente “13” traz uma fusão dos elementos que fizeram do Sabbath a banda
lendária que é, com elementos mais modernos. Tudo sem parecer forçado ou deixar
a banda com um aspecto fora de época. Talvez o lançamento mais representativo
do ano.
O Alice in
Chains já havia provado com “Black Gives Way to Blue”, de 2009, que existe vida
após Layne Staley. Agora com “The Devil Put Dinosaurs Here” eles dão
continuidade aos trabalhos nos mesmos moldes. Alias, eles são uma das poucas
bandas que pode tranquilamente lançar um trabalho semelhante aos anteriores sem
soarem repetitivos ou afastarem os fãs. William DuVall se confirma como um
frontman a altura da banda mais uma vez e Jerry Cantrell continua compondo
canções que oscilam entre a melancolia grunge e uma acidez metaleira como
apenas o Alice in Chains consegue fazer.
Delain –
Interlude
Esse não é
um de álbum estúdio normal, é uma compilação com covers, versões alternativas, faixas
ao vivo e duas inéditas. Provavelmente 90 % de quem ler esse texto nunca ouviu
falar nesses holandeses, mas já comentei no meu primeiro post no blog que eles
são minha banda favorita atualmente, e nesse lançamento tem vários exemplos dos
meus motivos. Uma banda em ótima sintonia, que foge dos lugares comuns do metal
sinfônico com uma abordagem mais pop e uma sonoridade que vai dos riffs pesados
às baladas radiofônicas. Sem falar na voz de Charlotte Wessels, que funciona
como um tranquilizante natural.
Amaranthe –
The Nexus
Aqui o
bicho começa a pegar. O Amaranthe é uma daquelas bandas “ame ou odeie” do rock.
Quem gosta diz que eles são inovadores, tem um trabalho vocal excelente e
oferece uma mistura entre metal e pop como nenhuma banda jamais ousou fazer.
Quem não gosta acha eles comerciais e os chama de “RBD” do metal. Honestamente,
eu faço parte da primeira opção. The Nexus é o segundo disco da banda e tem
composições mais bem estruturadas e uma melhor interação entre as partes
eletrônicas e o metal. Perfeito pra quem não tem preconceitos com música.
Agora uma
banda nacional. Silent Revenge é o quarto disco do Hibria, e com certeza veio
pra firmar a banda como uma das novas potencias do metal brasileiro no
exterior. Basta pesquisar a banda para ver o quanto eles são elogiados lá fora.
E não poderia deixar de ser. O Disco é excelente, tem uma pegada avassaladora e
vocais potentes e marcantes. A banda dividiu o palco do Rock in Rio esse ano
com o Almah, de Edu Falaschi, mas eu aposto que, se continuar como está indo,
pode comandar seu próprio show na próxima edição do festival. Quem sabe talvez
no Palco Mundo.