Por Rafael Menegueti
Os holandeses do Epica |
Muitas bandas da cena do metal sinfônico, power metal e
metal progressivo estão lançando trabalhos novos esse ano. O Epica não é uma
delas, mas a banda que une o melhor das três vertentes já está trabalhando em
um novo álbum que deve ser lançado no ano que vem. Os holandeses são uma das
bandas mais criativas na ideia de unir música clássica, inspirada em trilhas
sonoras para filmes e forte uso de corais, e heavy metal. A discografia deles é
bem interessante pela evolução que a banda apresenta a cada novo trabalho. Por
isso irei detalhar um por um os lançamentos da banda nos posts de hoje e
amanhã.
The Phantom Agony (2003)
Após se desligar do After Forever, Mark Jansen foi atrás
de montar uma banda para dar continuidade a sua ambição criativa. Aos poucos o
Epica (a principio chamado de Sahara Dust) tomou forma e em 2003 o primeiro
disco foi lançado. “The Phantom Agony” é um disco focado na melodia e no lado sinfônico.
Com influências góticas e de música árabe, e composições menos elaboradas do
que as que viriam em seus trabalhos seguintes, o trabalho é belo e audacioso. A
voz de Simone Simons é simplesmente o principal atributo da banda em seu
inicio. Um disco que agrada até aqueles que não se consideram fãs de metal. Destaques: Cry For The Moon, Façade
of Reality.
We Will
Take You With Us (CD e DVD - 2004)
Logo após o primeiro disco, a banda lançou seu primeiro
trabalho em DVD. “We Will Take You With Us mostra a banda executando as faixas
de seu disco de estreia em estúdio, em sessões gravadas para o programa de TV “2
Meter Sessions”. Por ser uma gravação em estúdio, não possui a mesma energia e
intensidade de um show da banda, mas é bacana para ver a execução das faixas de
modo intimista e direto. Talvez por isso, o som fica muito próximo da experiência
do álbum original, a não ser pelas versões acústicas, o que torna então o DVD
mais atrativo do que o CD. O destaque fica pela cover de “Memory”, do musical
Cats, de Andrew Lloyd Webber.
Consign to Oblivion (2005)
O segundo disco da banda seguia uma linha ainda próxima
do primeiro. Aqui, no entanto, a banda soa mais madura e completa. O lado mais
progressivo da banda começa a aflorar em algumas faixas, mas o peso ainda não é
uma das marcas da banda nesse trabalho. Mark se inspirou na civilização maia para
compor a temática por trás do disco, algo evidente ao se ver a arte da capa. O
disco conta com participação especial de Roy Khan, à época vocalista do
Kamelot, na faixa “Trois Vierges”, e o brasileiro Andre Matos, ex-Angra e
Shaman, participa do coral, novamente fundamental nas composições. Destaques:
Blank Infinity, Dance of Fate e Consign to Oblivion.
The Score – Na Epic Journey (2005)
Menos de seis meses depois do segundo
disco, a banda botou mais um CD no mercado. Dessa vez, era algo diferente. “The
Score” trata-se de um disco praticamente sinfônico, onde as faixas são apenas
trilhas sonoras compostas para integrarem um filme, “Joyride”. As orquestrações
foram escritas pelos integrantes da banda, que inseriu algumas versões
alternativas de faixas de “Consign to Oblivion”, sendo as únicas faixas com
vocais. Destaques: Unholy Trinity e Quietus (Score Version)
Road to Paradiso (2006)
Outro lançamento interessante, “Road to Paradiso” se
resume a uma coletânea de b-sides, demos, versões alternativas nunca antes
lançadas, algumas faixas ao vivo e entrevistas em áudio, num CD feito para
acompanhar o livro de mesmo nome que contava a historia da banda. O lançamento
buscava marcar uma era na historia da banda, já que viria junto com o primeiro
DVD com um show ao vivo, o “Live at Paradiso” (daí o nome do livro/CD). O
problema foi que, por conta da falência da Transmission Records, o DVD nunca
foi lançado. Pelo menos, “Road to Paradiso” ficou como um bom consolo aos fãs.
Ultimo lançamento com a formação original, já que o baterista Jeroen Simons
deixaria a banda em seguida. Destaques: Cry for the Moon (demo), Linger e Crystal Mountain (Death cover)
Amanhã nos voltamos com a segunda parte, com os lançamentos
mais recentes da banda!