Por Davi Pascale
Álbum marcava retorno de Phil
Lewis e o retorno à velha forma. Provavelmente, um dos melhores trabalhos
gravados pelo grupo de L.A.
O L.A. Guns chegou a ter um certo
destaque no período inicial, mais claramente em seus três primeiros álbuns.
Quem viveu os anos 80 e acompanhou de perto a cena de Los Angeles, certamente
se lembra de sons como “Sex Action, “Rip And Tear” ou “Kiss My Love Goodbye”.
Nunca chegaram a ter aquela musica que marcasse toda uma geração, aquele
megahit que levasse à venda de milhões de álbuns, mas sempre conseguiram
admiração e respeito entre os admiradores da cena.
Quem conhece a história do Guns
n´ Roses, ao menos já leu uma citação ao nome deles. Pois bem, quem é fã da
trupe de Axl, tem mais um motivo para ir atrás deste álbum. Esse disco, para
quem não sabe, foi gravado, produzido e mixado pelo Gilby Clarke. Guitarrista
que excursionou com o Guns na tour do Use
Your Illusion. Além disso, ele ajudou o guitarrista Tracii Guns a construir
os arranjos de todo o disco.
A história do L.A. Guns é cheia
de polêmicas, cheia de idas e vindas, brigas entre os integrantes, mas algo
ninguém nega. Quando Tracii Guns e Phil Lewis se juntam é sinal que vem coisa
boa por aí. Por isso, esse álbum foi aguardado com tanto ansiedade entre seus
admiradores. Afinal, ele marcava a volta de Phil Lewis às banda.
Os álbuns sem o rapaz não chegam
a serem ruins, mas perderam muito a essência do conjunto. O melhor trabalho
desse período é o excelente e raro EP Wasted que
conta com o trabalho vocal de Ralphn Saenz (o Michael Starr do Steel Panther).
Depois de diversas experimentações, os garotos voltavam a fazer o que sabiam de
melhor, hard rock com guitarra falando alto, com sonoridade nua a crua.
A sonoridade àla Guns n Roses
surge com tudo nos empolgantes riffs de “Man In The Moon”, “Hypnotized” e “Scream”. Slash ficaria
orgulhoso. Contudo, o disco também conta com uma bem-vinda influencia de 70´s.
Em composições como “Good Thing”, “Fast Talkin´
Dream Dealer” e, especialmente, “Out Of Sight” é facilmente perceptível
a influência de Led Zeppelin.
Phil Lewis demonstrava estar com
a voz em dia. Seu trabalho vocal não estava distante daquilo que havia
entregado em álbuns como Hollywood
Vampires, por exemplo. Steve Riley nunca foi de fazer levadas ultra-técnicas,
mas sempre realizou um trabalho eficiente que casava com a proposta do grupo. E
aqui não é diferente.
Conforme esperado, o álbum
apresenta 2 baladas: “Turn It Around” e, a minha predileta, entre as baladas, “Beautiful”.
De boa, se essa musica tivesse sido trabalhada nas rádios, o grupo teria mais
um hit em seu catálogo.
Man In The Moon se distanciava um pouco de seus antigos álbuns por
não trazer uma influencia tão descarada da cena punk, como acontecia em seus
primeiros registros (em especial, no seu debut auto-intitulado). Ainda assim, o
grupo apresentava um repertório forte, riffs impactantes e demonstrava que
ainda tinha muita lenha para queimar. Vamos ver se agora que Phil e Tracii
pararam com aquela viadagem de 2 L.A. Guns e voltaram a trabalhar juntos, se
eles nos brindam com mais trabalhos desse nível. Torço para que sim...
Nota: 8,0 / 10,0
Status: Empolgante
Faixas:
01)
Man In The Moon
02)
Beautiful
03)
Good Thing
04)
Spider´s Web
05)
Don´t Call Me Crazy
06)
Hypnotized
07)
Fast Talkin´ Dream Dealer
08)
Out of Sight
09)
Turn It Around
10)
Scream