segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Alice Cooper – Peter And The Wolf In Hollywood (2015):



ESTOU DE FÉRIAS. POR CONTA DISSO, ATÉ O DIA 15 DE NOVEMBRO, O BLOG RIFF VIRTUAL REPRISARÁ ALGUMAS MATÉRIAS. APÓS ESSA DATA, RETORNAREI COM TEXTO INÉDITO. LET´S ROCK!!!

Por Davi Pascale

História clássica ganha nova versão. E, mais uma vez, um roqueiro se aventura no universo de narrador. Dessa vez, o escolhido foi o cantor Alice Cooper. A escolha não poderia ter sido melhor.

Em 1936, o compositor russo Serguei Prokofiev, escreveu uma história infantil conhecida pelo nome de Pedro e o Lobo. O grande barato é que a historinha era contada através da música. Cada personagem tinha um instrumento que o representava. Isso fez com que, ao passar dos anos, músicos renomados fossem convidados para gravar a narração de alguma versão que estivesse sendo realizada. No Brasil, tivemos o cantor Roberto Carlos e a roqueira Rita Lee se aventurando no universo. No exterior, tivemos o camaleão do rock David Bowie e, agora, Alice Cooper.

Na história original, Pedro é um garoto que vive com seu avô no campo russo. Um belo dia, ao deixar a porta do jardim aberta, começa uma baita confusão no universo dos bichos. O pato se ataca na lagoa e começa a discutir com o pássaro. O gato fica na dele. O avô rabugento vai buscar o garoto e fecha a porta do jardim com o medo de aparecer algum lobo. Dito e feito, o animal aparece. O gato e o pássaro escapam, mas o pato não. Pedro monta uma armadilha para capturar o lobo e resgatar o pássaro. Alguns caçadores tentam atirar no animal, mas o garoto o impede. Ao invés disso, o animal é levado ao zoológico através de uma triunfante procissão.

A ideia do disco é mantida. Cada animal continua sendo representado por um instrumento. A parte musical continua sendo criada através da música clássica. Dessa vez, conduzida pelo maestro inglês Alexander Shelley. Os arranjos são muito bem executados e intrigantes. Dão asas à imaginação.

Alice Cooper é o responsável pela narração do disco

A história, contudo, foi adaptada ao presente. Agora, Pedro é um garoto russo que vai à Hollywood conhecer seu avô, um velho hippie. O lobo é um animal que fugiu do zoológico. A cidade entra em desespero ao receber a notícia nas rádios e na televisão. Paparazzis estão por todos os cantos, tentando conseguir um registro. O garoto resolve criar armadilhas para caçar o animal e devolvê-lo ao zoológico. Chega até mesmo a construir um robô, mas acaba mesmo resgatando o animal, usando a velha tática com uma árvore, uma corda e a ajuda do pássaro, assim como acontecia na história original.

Alice Cooper se sai muito bem narrando a história. Faz diferentes vozes. Utiliza-se de diferentes entonações. Narra no tempo certo. É como se estivéssemos ouvindo um desenho animado. Por vezes, até nos esquecemos que estamos ouvindo um astro do rock contar uma história infantil. “Escutei a história pela primeira vez em Detroit. Devia ter uns 5 ou 6 anos. Minha mãe costumava tocar o disco para mim. Imediatamente, era transportado para outro mundo. Foi muito divertido, para mim, fazer algo diferente, depois de 50 anos nesse negócio. E  eu amo o fato do personagem ter progredido”, declarou o cantor em nota oficial.

A nova historinha também foi lançada no idioma de seu criador, realizada por Campino, um cantor russo. No Brasil, entretanto, a versão que chega às lojas é a versão em inglês com Alice Cooper. Lembrando que o encarte não traz a história por escrito, nem em inglês, nem em português. Portanto, se você não tiver um bom domínio da língua inglesa, terá grandes dificuldades de compreender a história. Se você tem um bom domínio do idioma e gosta de ouvir coisas diferentes (afinal, esse disco deve ser encarado como um disco infantil), o registro é interessantíssimo. Achei a audição bem intrigante, mas é por sua conta e risco.

Nota: 9,0 / 10,0
Status: Inteligente e bem produzido

Faixas:
      01)   Peter Arrives And Settles In Los Angeles
      02)   Peter´s Birthday
      03)   The Wolf Hunt Begins
      04)   Peter Builds The Robot
      05)   The Hunt Continues
      06)   Back At Grandfather´s Home
      07)   Peter Is Greeted By The Bird
      08)   The Duck Waddles Over
      09)   Peter Notices The Cat
      10)   Grandfather Warns Peter
      11)   The Wolf Reappears
      12)   The Duck Is Caught
      13)   The Wolf Stalks The Bird And The Cat
      14)   Peter Prepares To Catch The Wolf
      15)   The Bird Diverts The Wolf
      16)   Peter Catches The Wolf
      17)   The Paparazzi Arrive  
      18)   The Procession To The Zoo

sábado, 29 de outubro de 2016

Yngwie Malmsteen – World On Fire (2016):

ESTOU DE FÉRIAS. POR CONTA DISSO, ATÉ O DIA 15 DE NOVEMBRO, O BLOG RIFF VIRTUAL REPRISARÁ ALGUMAS MATÉRIAS. APÓS ESSA DATA, RETORNAREI COM TEXTO INÉDITO. LET´S ROCK!!!

Por Davi Pascale
Yngwie Malmsteen acaba de soltar um novo álbum. Disco mantém seu velho estilo e traz o músico se aventurando pela primeira vez como cantor.
Quem viveu os anos 80 e início dos anos 90 lembra-se com clareza do impacto que o guitarrista sueco teve entre os músicos e ouvintes daquela geração. Influencia direta para músicos como Timo Tolkki (Stratovarius), Malmsteen se destacou por trazer referências da musica clássica para dentro do heavy metal e pela enorme velocidade nos momentos dos solos.
Também se destacou pelo seu perfeccionismo, pela sua presença de palco e por trabalhar com grandes músicos. Vários deles ganharam destaque na cena depois de terem trabalhado com o guitarrista. Caso de Mark Boals ou Jeff Scott Soto. E aí entra a primeira a decepção dessa nova fase. Cada vez mais, ele quer fazer tudo sozinho. Em World On Fire, por exemplo, ele escreveu as letras, fez os arranjos, produziu o disco, gravou teclado, violão, baixo, violoncelo, sítar, guitarra e voz. Somente a bateria que ele não se arriscou e deixou a cargo de Mark Ellis. Musico que o acompanha desde 2013. Nick Marino colaborou em alguns teclados, mas não cantou uma nota sequer (é ele quem canta nos shows).
Ninguém duvida da capacidade dele enquanto músico. O cara na guitarra é praticamente um gênio. Utilizar as técnicas que ele utiliza na velocidade em que ele utiliza é algo surreal. Mas, para produção, por exemplo, acho que ele fica a dever. Sonoridade um pouco pobre, em termos de mixagem, para alguém com sua história.
Musico faz estreia nos vocais
Querendo gastar cada vez menos com músicos de apoio, agora ele se aventurou nos vocais também. Ele já tinha gravado voz em algumas faixas antes, mas sempre musicas com uma pegada mais blues. Agora, ele resolveu cantar o material de heavy metal mesmo. No disco, isso não é um grande problema. Ele tem um timbre de voz bacana e é afinado. Até porque são poucas as faixas cantadas. Três, se não me engano. O problema é se ele inventar de assumir o microfone na próxima turnê. Embora cante bem, ele não tem o alcance necessário para reproduzir seus grandes clássicos que o publico sempre espera.
O disco é Yngwie Malmsteen sendo Yngwie Malmsteen. Bateria veloz, solos velozes. A logica musica clássica + heavy metal continua firme e forte. Aposta cada vez mais em faixas instrumentais. As músicas são boas, mas nenhuma tem a força para se tornar uma nova “Black Star” ou uma nova “Far Beyond The Sun”.
É um trabalho bacana de se ouvir, sem duvidas, mas longe do brilho de álbuns como Seventh Sign, Trilogy ou Odyssey. Em um próximo álbum também gostaria de ver um cantor de frente e mais músicas cantadas. Esse cara escreveu verdadeiros hinos do heavy metal como “You Don´t Remember, I´ll Never Forget”, “I´ll See The Light Tonight”, “Queen In Love”, “Rising Force”, “Heaven Tonight”, “Deja Vu”… A impressão que me dá é que ele está meio acomodado. Ainda estou esperando o próximo grande album do rapaz. Malmsteen, ainda acredito em você. 
Nota: 7,0 / 10,0

Status: Fiel

Faixas:
      01)   World On Fire
      02)   Sorcery (Instrumental)
      03)   Abandon (Instrumental)
      04)   Top Down, Foot Down (Instrumental)
      05)   Lost In The Machine
      06)   Largo (Instrumental)
      07)   No Rest For The Wicked (Instrumental)
      08)   Soldier
      09)   Duf 1220 (Instrumental)
      10)   Abandon (Slight Return) (Instrumental)
11)   Nacht Musik (Instrumental)

sexta-feira, 28 de outubro de 2016

Ace Frehley – Origins Vol 1 (2016):




ESTOU DE FÉRIAS. POR CONTA DISSO, ATÉ O DIA 15 DE NOVEMBRO, O BLOG RIFF VIRTUAL REPRISARÁ ALGUMAS MATÉRIAS. APÓS ESSA DATA, RETORNAREI COM TEXTO INÉDITO. LET´S ROCK!!!

Por Davi Pascale

Ace Frehley resolve revisitar suas raízes em seu novo álbum. Disco conta com a participação de grandes nomes do rock, entre eles um velho parceiro da banda que o tornou mundialmente famoso. Trabalho extremamente honesto e empolgante.

Há quem não goste, mas sempre considerei Ace Frehley não somente o melhor guitarrista do Kiss, como um dos grandes guitarristas do rock. Ok, não é um virtuose. Mas é um músico cheio de personalidade, excelente para criar riffs e solos. Um cara que tem uma magia em volta. 

Bah... Mas esse é um disco de covers, não é? Sim, mas o rapaz imprimiu sua marca em cada canção. As músicas não foram modificadas ao ponto de ficarem irreconhecíveis, nem de serem consideradas modernas, mas Ace não se preocupou em reproduzir nota por nota.Especialmente, nos solos. Tocou à sua maneira. E ficou matador! O cara está arregaçando na guitarra. Um solo melhor do que o outro. Fazia tempo que não o via tão inspirado. Na parte vocal? Ace sendo Ace. Quem gosta do seu estilo de cantar, ficará satisfeito. Quem não gosta, não mudará de opinião.

Como já era de se esperar, as músicas focam os anos 60. Cream, Rolling Stones, Jimi Hendrix... Os anos 70, período em que atingiu a popularidade, também não foram esquecidos. Resgata aqui sons de Led Zeppelin, Thin Lizzy e de sua antiga banda, o Kiss. Duas já eram manjadas. “Parasite” e “Cold Gin” são clássicos do quarteto mascarado que costumam pintar em seus shows solo. A grande surpresa aqui é “Rock n´ Roll Hell” deCreatures Of The NightÁlbum em que aparece na capa, mas não chegou a gravar. Dá uma dica aqui de como seria o disco com ele. Já é a segunda vez que ele nos surpreende. Em Trouble Walkin´ o rapaz fez uma (boa) gravação de "Hide Your Heart" (Hot In The Shade). O resultado da música do Creatures? Excelente! Ainda acho que o vocal de Gene casa melhor na música, mas o trabalho de guitarra está matador! Rock n roll na veia.


Paul Stanley volta a gravar com Ace Frehley 18 anos depois

As músicas não foram reinventadas, mas ganharam uma dose extra de peso. Origins é um álbum bem empolgante. Conta com uma sonoridade bem viva. Soa como se os músicos estivessem tocando dentro do seu quarto. Em algumas faixas, contou com convidados especiais. Dentre esses, vale destacar Slash (sim, esse mesmo) em “Emerald”, o vocal de Scott Coogan (músico da sua banda de apoio) em “Bring It On Home” e Paul Stanley em uma ótima interpretação de “Fire And Water”. Paul não ficou imitando Paul Rodgers. Deu uma cara dele e ficou sensacional.

Talvez alguns reclamem do set escolhido, por serem canções óbvias, mas a ideia aqui não era resgatar obscuridades e, sim, demonstrar um pouquinho as suas influências, mostrar quem foram seus heróis e se divertir um pouco, por que não? As faixas escolhidas são consideradas clássicos do rock. Algo sempre divertido de ouvir, certo? Em Origins Vol. 1, Ace Frehley dá uma aula de guitarra e de rock n´roll. Ouça e no talo!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Nota:  10,0 / 10,0
Status: Divertido e empolgante

Faixas:
      01)   White Room (Cream)
      02)   Street Fighting Man (Rolling Stones)
      03)   Spanish Castle Magic c/ John 5 (Jimi Hendrix)
      04)   Fire And Water c/ Paul Stanley (Free)
      05)   Emerald c/ Slash (Thin Lizzy)
      06)   Bring It On Home (Led Zeppelin)
      07)   Wild Thing c/ Lita Ford (The Troggs)
      08)   Parasite c/ John 5 (Kiss)
      09)   Magic Carpet Ride (Steppenwolf)
      10)   Cold Gin c/ Mike McCready (Kiss)
      11)   Til The End Of The Day (Kinks)
12)   Rock And Roll Hell (Kiss)

quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Paul McCartney - Run Devil Run (1999):

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Por Davi Pascale
Publicado originalmente no Consultoria do Rock
Considero Paul McCartney um dos músicos mais talentosos que existem dentro do rock n roll. Compositor de mão cheia, criativo, profissional, excelente músico. Dono de uma discografia interessantíssima, como esse trabalho aqui.
Em 1998, Paul tomou uma das maiores porradas de sua vida. O músico viu sua amada esposa Linda McCartney, com quem esteve casado por quase 30 anos, perder uma batalha contra o câncer. O músico, que vinha em um excelente momento de sua carreira, tendo lançado à pouco, Flaming Pie, um de seus melhores álbuns e um dos melhores álbuns dos anos 90, resolveu se afastar um pouco do cenário por conta do baque. A retomada viria no ano seguinte com um o álbum Run Devil Run.
Disposto a recomeçar, resolveu retornar ao básico. Empunhou seu baixo hofner, se trancou no lendário Abbey Road Studios e resolveu reviver algumas músicas que marcaram sua juventude. Não era a primeira vez que fazia algo do tipo. Em 1988, Macca havia lançado Choba B CCCP. Álbum onde revivia clássicos de Eddie Cochran, Sam Cooke e afins. A ideia aqui era parecida.
A grande diferença é que, dessa vez, não focou em hits para criar o tracklist. Muitas dessas músicas são clássicos para quem conhece bem a cena. Para quem conhece mais de longe, apenas por escutar faixas nas rádios de classic rock, uma boa parte dessas canções era novidade.
Paul não queria modernizar as musicas. Queria manter a simplicidade e a magia das canções. Para acompanha-lo nas gravações, recrutou um verdadeiro dream team. A bateria ficou a cargo de Ian Paice (Deep Purple) e Dave Mattacks (Fairport Convention). Os teclados ficaram por conta de Pete Wingfield e Geraint Watkins. Enquanto as guitarras ficaram nas mãos de, nada mais, nada menos, do que David Gilmour (Pink Floyd) e Mick Green (Johnny Kidd & The Pirates). O baixo, obviamente, foi gravado pelo ex-beatle.
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Run Devil Run demonstrava que o rapaz não estava para brincadeira. Mais uma vez, fez um dos grandes álbuns de sua carreira. Suas versões de “She Said Yeah”, “Lonesome Town”, “Brown Eyed Handsome Man”, “Honey Hush” e “Shake a Hand” são tão boas quanto as originais. Os momentos menos empolgantes são as faixas que ficaram famosas na voz do rei do rock, Elvis Presley. É muito difícil se igualar ao rapaz de Tupelo. Por mais brilhante que você seja. O garoto tinha um estilo único de cantar e é muito difícil se desligar desse fator durante a audição. Principalmente em faixas como “I Got Stung” e “All Shook Up”. É verdade que as versões estão longe de serem ruins, mas…
Por falar em originais, o baixista não se acomodou e entregou três novas canções, escritas no mesmo pique das homenageadas. “Run Devil Run” trata-se de um rock n´ roll divertidíssimo àla Chuck Berry, mas as melhores mesmo são o boogie-woogie “What It Is” e a bluesy “Try Not To Cry”. Faixas que colocaria facilmente entre os grandes destaques do disco. Isso não é uma tarefa fácil quando se está revivendo Little Richard, Chuck Berry e Carl Perkins, mas Paul McCartney é Paul McCartney.
Se Choba B CCCP sempre ficou dividido na opinião dos fãs, Run Devil Run, de outro, sempre foi muito aclamado. Álbum apresenta McCartney cantando como nunca, qualidade de gravação impecável e arranjos extremamente bem resolvidos. Audição obrigatória!
Nota: 10,0 / 10,0
Status: Impecável
Faixas:
  • 01) Blue Jean Bop
  • 02) She Said Yeah
  • 03) All Shook Up
  • 04) Run Devil Run
  • 05) No Other Baby
  • 06) Lonesome Town
  • 07) Try Not To Cry
  • 08) Movie Magg
  • 09) Brown Eyed Handsome Man
  • 10) What It Is
  • 11) Coquette
  • 12) I Got Stung
  • 13) Honey Hush
  • 14) Shake a Hand
  • 15) Party

quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Mr. Big - One Acoustic Night: Live From the Living Room (2012)


Por Davi Pascale
Publicado originalmente no site Consultoria do Rock


O Mr. Big lança mais um álbum ao vivo. Como o título entrega, trata-se de um registro acústico. E, pra variar, foi gravado no Japão. Pode não ser o álbum mais original do mundo (afinal a banda já havia feito um registro acústico em 1996), mas certamente vale a audição.
Não é por acaso que a banda é mencionada quase sempre como supergrupo pelos críticos e amantes do rock 'n' roll. Paul Gilbert, Billy Sheehan, Pat Torpey  e Eric Martin sempre foram músicos de talento inquestionável. E, mais uma vez, isso se demonstra aqui, pois a execução beira a perfeição. Paul Gilbert consegue impressionar o ouvinte com o violão do mesmo modo que impressiona com uma guitarra.
No entanto, gostaria de ter escutado um pouco mais de canções antigas neste registro. Entre as dez faixas presentes, sete foram retiradas do mais recente álbum, What If..., e as outras três (“Take Cover”, “To Be With You” e “Voodoo Kiss”) já haviam recebido versões desplugadas no álbum Channel V at the Hard Rock Live. Nada contra o álbum, que particularmente me agradou, mas não seria difícil escolher três ou quatro músicas dos primeiros álbuns que ainda não tivessem sido executadas nesse formato. Talvez pudessem até tocar alguma faixa dos discos gravados com o guitarrista Richie Kotzen. Por que não? O próprio Kotzen já demonstrou em algumas apresentações solo que a faixa “Shine”, por exemplo, funciona perfeitamente nesse formato! Essa poderia ter sido uma boa oportunidade para reviver canções que não tocam há um bom tempo...


O show começa bem com “Undertow” que serve para demonstrar que os rapazes ainda conseguem escrever refrões memoráveis mesmo após 20 anos de estrada. “Voodoo Kiss” também empolga e prova que quando a canção é boa, não envelhece. Mas o grande momento do álbum é a parte final da apresentação. Mais precisamente “All The Way Up” e o hit “To Be With You”, que receberam um arranjo de cordas que ajudou com que as músicas ficassem mais encorpadas. Foi feito aqui exatamente o que se pede em um bom show acústico: canções curtas, músicos entrosados e arranjos que realçam a melodia das canções.

Quem já é fã do grupo vai adorar e não deve deixar passar em branco. A quem está descobrindo a banda agora e quer comprar um disco para ter uma ideia de seu trabalho, recomendaria começar com algum outro álbum. Pode ser um ao vivo, como o Back to Budokan (2009) ou até mesmo o já clássico Lean Into It (1991). O show também está sendo lançado em DVD com algumas faixas a mais, mas ainda não tive a oportunidade de assisti-lo. Para os fãs de carteirinha, vale a pena recordar que o DVD dessa apresentação está incluído no recém-lançado box set Raw Like Sushi 100. Sim, tem mais Mr. Big ao vivo no Japão a caminho...

Nota: 8,0 / 10,0
Status: Bem tocado

Track list:
01. Undertow
02. Still Ain't Enough For Me
03. As Far As I Can See
04. Voodoo Kiss
05. Take Cover
06. Around the World
07. Stranger In My Life
08. All the Way Up
09. To Be With You
10. Nobody Left to Blame

terça-feira, 25 de outubro de 2016

Elvis Presley – Elvis Sings... (2015):



Por Davi Pascale

Coletânea demonstra ecletismo e habilidade musical do rei do rock. Álbum foi lançado no Brasil e dá um bom panorama de sua qualidade artística.

Elvis Presley é dono de uma das discografias mais difíceis de se colecionar. Contando a discografia básica, material ao  vivo, e álbuns póstumos com material inédito acredito que dê mais de cem itens. Claro que ouvir todos os seus discos, é uma escola musical incrível, mas nem todas as pessoas possuem essa condição. Para esses, uma boa saída é recorrer às inúmeras coletâneas criadas com material do rapaz. Dentre essas, minhas favoritas sempre foram os box sets King of Rock n Roll, From Nashville to Memphis e Walk a Mile In My Shoes. A coletânea que chega agora ao mercado, não traz nada de novo, mas foge do óbvio.

Tenho visto muita gente fazer confusão esse disco, por conta da capa. Muitos acham que vão encontrar as versões dos artistas estampados na capa. Como se fosse uma compilação da galera que o inspirou. Outros acreditam que foram criados duetos com esse pessoal. Nem uma coisa, nem outra.

Elvis Presley era basicamente um interprete. O grande x da questão é que cada vez que ele gravava alguma musica, ele tomava aquilo para ele. Várias músicas ficam na cabeça das pessoas como a musica do Elvis, mesmo que literalmente, a realidade não seja essa. Os nomes estampados na capa, referem-se à alguns artistas que o garoto de Tupelo gravou durante os anos. Artistas que vocês verão sendo “homenageados” aqui.

Como disse, mesmo se tratando de uma coletânea, ela foge um pouco do óbvio. Não se trata de mais um greatest hits com canções como “Blue Suede Shoes”, “Hound Dog”, “Love Me Tender”, “That´s All Right”, “Suspicious Minds”, “Burning Love”, “It´s Now Or Never”… Portanto, se você tem pouca coisa do rei do rock, o álbum acaba sendo uma ótima pedida.

Durante sua trajetória, Elvis Aaaron Presley, apostou em diferentes caminhos. Gravou rocks, baladas, blues, country, gospel... E você conseguirá notar um pouco desse ecletismo. Até porque boa parte do repertório vem dos anos 60 e 70. Fase em que ele mais ousou.

O mais impressionante de tudo é que ele conseguia manter a qualidade do material. Muito artista quando sai de sua área principal, costuma passar uma certa vergonha. Acaba sendo respeitado mais pela iniciativa, pela ousadia, pela coragem, do que pelo produto em si. Elvis, não. Sua fase gospel é tão boa quanto seu inicio rock n roll. Parte disso vem pela qualidade dos arranjos e de seus músicos, mas boa parte vem por conta de seu domínio vocal. Pela sua afinação e por sua versatilidade vocal.

Há versões onde as versões definitivas ocorrem em sua interpretação. Outras, não supera, mas mantém o (alto) padrão. Preste atenção nas gravações de músicas como “What´d I Say”, “You´ve Lost That Love Feelin´”, “Got My Mojo Working/Keep Your Hands Off Of It”, “Proud Mary”, “Words”, “My Way” e tire suas próprias conclusões. Não costumo adquirir coletâneas, mas esse disco é bem legal. Recomendadíssimo!

Nota: 10,0 / 10,0
Status: Fantástico

Faixas:
      01)   Promised Land
      02)   What´d I Say
      03)   Early Mornin´ Rain
      04)   You´ve Lost That Lovin´ Feelin´
      05)   My Babe
      06)   Don´t Think Twice, It´s All Right
      07)   Got My Mojo Workin / Keep Your Hands Off Of It
      08)   Bridge Over Troubled Water
      09)   Help Me Make It Through The Night
      10)   Gentle On My Mind
      11)   Funny How Time Slips Away
      12)   Sweet Caroline
      13)   You Don´t Have To Say You Love Me
      14)   Proud Mary
      15)   I Got a Woman
      16)   Words
      17)   Something
      18)   You Don´t Know Me
      19)   I´m So Lonesome I Could Cry
      20)   Danny Boy
      21)   My Way
      22)   Tomorrow Is A Long Time
      23)   Only The Strong Survive

segunda-feira, 24 de outubro de 2016

Lobão – Lino, Sexy & Brutal DVD (2012)


Por Davi Pascale
Publicado originalmente no site Consultoria do Rock
O cantor e compositor Lobão invadiu as rádios de todo o Brasil na década de 80. Depois de emplacar vários hits nas FM´s, o artista comprou uma briga com as grandes gravadoras e tornou-se independente. De lá para cá,  ganhou respeito dos roqueiros e conseguiu alguns feitos (como a numeração dos discos), mas nunca mais conseguiu emplacar uma musica. Com uma carreira de mais de 30 anos, o artista carioca acaba de lançar seu segundo DVD.
Qual a diferença entre este trabalho e o anterior? Aqui está o registro do show elétrico. Certamente, é mais sua cara. No entanto, o vídeo peca em um pequeno detalhe. O rapaz optou por dar maior ênfase às canções mais novas no início do espetáculo e deixou a maior parte dos hits para o final. Com isso, o show demora para pegar no gás. Como havia dito anteriormente, o rapaz não emplaca uma canção há tempos. Portanto, ouvimos lado B atrás de lado B atrás de lado B. Dentre essas, as melhores continuam sendo “El Desdichado II” (uma das melhores letras escritas na história recente do rock brasileiro) e “A Vida É Doce”.
O cantor poderia ter intercalado as canções durante o espetáculo. Seria mais fácil de manter o pique. Também não tem como deixar de comentar que algumas musicas extremamente marcantes ficaram de fora. Entre elas: “Vida Louca Vida”, “Mal Nenhum”, etc. Mas... tudo bem. Afinal, são décadas de carreira e é impossível reunir tudo em uma única fita.
Mesmo assim, muitos dos seus hits estão aqui. Não ficaram de fora; “Corações Psicodélicos”, “Vida Bandida”, “O Rock Errou”, “Me Chama”, “Decadence Avec Elegance”... Todas tocadas com uma garra capaz de dar inveja à muito garoto aí e com um peso fora do comum...


Respeitado por uns, menosoprezado por outros

O grande destaque do show, contudo, é a parte em que o guitarrista Luiz Carlini sobe ao palco para executar várias canções ao lado do músico carioca. Lobão aproveita a presença do ex-Tutti Frutti e relembra “Ovelha Negra” da cantora Rita Lee. Carlini, contudo, continua no palco para tocar junto vários dos antigos sucessos do amigo. Embora João Luiz seja um bom instrumentista, não tem como deixar de reparar que Carlini dá um pau no rapaz. Se estivéssemos em outro país, esse cara seria um músico que teria mais reconhecimento. 
Nos extras, há uma pequena entrevista com o cantor carioca, onde acompanhado de seus músicos, comentam a dificuldade de escolher setlist, qualidade de gravação, jabás, etc. Declara aqui que esse é o primeiro registro onde ficou 100% satisfeito com o áudio. Eu juro que me recordo de ter escutado o mesmo discurso quando ele gravou seu primeiro DVD, o Acustico MTV. Enfim... Controvérsias à parte, o filme peca por ser curto demais. Quando o espectador começa a ficar animado com a entrevista, acaba. Sem contar que esse cara tem muita história para contar. Dava para ter ido mais à fundo...
A qualidade de gravação do show realmente é muito boa e deve agradar seus velhos e fiéis seguidores. Entretanto, lembro que curti mais a apresentação do Universo Paralelo que chegou a ser gravada - e exibida – pelo Canal Multishow alguns anos atrás. Na época, o artista chegou a declarar que aquele material iria virar um DVD. Algo que nunca ocorreu, o que é uma pena! 
Espero que o cara não pare por aqui e nos brinde com um CD de inéditas em breve. É o tipo de artista que faz a diferença nessa cena rasa que o rock brasileiro está atravessando atualmente.

Lobão ao vivo

Nota: 8,0 / 10,0
Status: Pesado 

Faixas:
01. Não Quero o Seu Perdão
02. Vamos Para o Espaço
03. Bambina
04. Canos Silenciosos
05. Decadence Avec Elegance
06. El Desdichado II
07. Mais Uma Vez
08. A Vida É Doce
09. Você e a Noite Escura
10. Das Tripas Corações
11. Ovelha Negra
12. Balada do Inimigo
13. O Rock Errou
14. Essa Noite, Não
15. Me Chama
16. Radio Blá
17. Corações Psicodélicos
18. Vida Bandida
19. Por Tudo Que For

domingo, 23 de outubro de 2016

Noticias do Rock Pt2

Por Davi Pascale

Seguem mais algumas notícias quentinhas sobre os artistas que tanto gostamos. Confira a seguir:



Artistas regravam Revolver a pedidos de Howard Stern





Howard Stern resolveu celebrar os 50 anos de Revolver. Para isso, o radialista pediu para que diferentes músicos fizessem versões para as músicas do disco. Todas as faixas foram regravadas. Entre os artistas que participaram da brincadeira estão Joe Bonamassa, Gov´t Mule, James Taylor, Grace Potter, Jewel e Living Colour.


Pitty regrava clássico de Novos Baianos para novela global





A próxima novela das sete da Rede Globo, Rock Story, terá como trilha de abertura a roqueira Pitty interpretando Dê Um Rolê do grupo Novos Baianos. Essa não é a primeira vez que ela faz regravação para alguma novela. Em tempos passados, ela já havia regravado “Nos Vamos Invadir Sua Praia” para a novela Três Irmãs e “Calice” para Amor e Revolução.


Cantor do Keane lança álbum solo





Tom Chaplin acaba de lançar seu primeiro trabalho solo. As canções, pelo visto, retratam sobre as dificuldades que econtrou com o uso de entorpecentes recentemente. Não há nenhuma novidade sobre um provável retorno do Keane ainda. Confira uma das canções de seu álbum solo.



Mais shows em dose dupla





O pessoal do rock resolveu unir as forças. Além dos shows com Lobão e Sepultura, teremos Leo Jaime + Marina Lima no dia 29 de Outubro (São Paulo), Frejat + Paula Toller dia 11 de Novembro (São Paulo) e Frejat + Nando Reis dia 2 de Dezembro (São Bernardo). Para os fãs, a oportunidade é muito legal. Curte 2 ótimos shows em um dia, mas tanto shows em conjunto me faz acreditar que a cena anda meio enfraquecida. Torço para que esteja errado. Essa galera é bacana...

sábado, 22 de outubro de 2016

Notícias do Rock

Por Davi Pascale

Fique por dentro das principais novidades do mundo do rock. Curiosidades, lançamentos, shows no Brasil... Todos esses assuntos, entre outros mais, estão sempre presentes na nossa matéria semanal. Confira a seguir...


Deep Purple lançará novo álbum



O baixista Roger Glover publicou um vídeo afirmando que o Deep Purple já está com um novo álbum pronto. Segundo o músico, a parte de gravação e da mixagem já estão completas. Glover afirma que as gravações iniciaram em Fevereiro e que eles ainda não têm o nome do disco decidido. O novo trabalha chegará as lojas em 2017.


Vince Neil é preso



Em Abril desse ano, o cantor do Motley Crue entrou em uma confusão em Las Vegas junto ao ator Nicolas Cage. Na história relatada na ocasião, Vince teria puxado uma mulher pelo cabelo depois que ela se aproximou da mesa deles pedindo um autografo do Nicolas Cage. Inicialmente, o artista tentou negar a história, mas a investigação continuou e o músico assumiu a culpa. Neil pagará 1.000 dólares de fiança e ficará em liberdade condicional durante 6 meses. Contudo, Kelly Guerrero, a garota em questão, contratou um advogado e abriu um processo contra o rockstar. Não foram divulgados os valores exatos, mas a expectativa é de que o cantor tenha que desembolsar algo entre US$75.000,00 e US$150.000,00. 


Zakky Wylde transmitirá show online




O músico Zakky Wylde transmitirá uma apresentação do seu projeto Zakk Sabbath. Além de Zakk, fazem parte da banda o baixista Rob Nicholson e o baterista Joey Castillo. O repertório, como o próprio nome sugere, é formado por canções do Black Sabbtah. O show ocorrerá em Nova Iorque, no dia 31 de Outubro, e será transmitida pelo site zakksabbath.live. O horário programado para inicio é de 22:30h (horário de Brasília).


Chuck Berry prepara disco novo




Essa semana o músico Chuck Berry completou 90 anos de idade. O artista que foi influência direta para grandes ícones do rock – como Beatles e Rolling Stones – anunciou que lançará um novo álbum no próximo ano. Esse será seu primeiro trabalho de inéditas desde Rock It (1979).


Lobão e Sepultura em turnê conjunta





O músico Lobão e uma das maiores bandas de heavy metal do Brasil, Sepultura, farão uma turnê juntos. Se a galera do metal for ao show de mente aberta, teremos uma gira bem interessante. Quem já viu o Lobão em cima do palco sabe que o rapaz não costuma deixar pedra sobre pedra.

sexta-feira, 21 de outubro de 2016

Green Day – Revolution Radio (2016):



Por Davi Pascale

Novo álbum do Green Day não inova em termos de sonoridade, mas satisfaz com composições acima da média. Disco explora críticas político-sociais em várias letras.

Atualmente, os fãs de Green Day dividem-se entre os pós Dookie e os pós American Idiot. Na ópera rock de 2004, os músicos se reinventaram, explorando diferentes estruturas nas construções de suas músicas. De lá para cá, muitos críticos vêm cobrando para que os garotos repitam o feito. Só que isso não acontece a todo momento e tem que ser natural. Entre fazer algo diferente e fake ou fazer um álbum sem invencionices, mas honesto, fico com a segunda alternativa.

Para o bem ou para o mal, Revolution Radio é Green Day sendo Green Day. Os arranjos mantêm aquela pegada pop punk. Sim, a pegada comercial continua se fazendo presente, mas eles parecem gostar dessa brincadeira e fazem bem feito. De maneira geral, soa mais próximo ao que o trio vem aprontando desde American Idiot, mas há alguns momentos de nostalgia no álbum. Oras mais velozes, oras mais melódicos. O single “Bang Bang” remete aos tempos de Insomniac com guitarras diretas, bateria reta e veloz. “Too Tumb To Die” soa como um b-side de Warning. A balada “Outlaws” também levará seus fãs de volta aos anos 90.

Alguns dirão que eles reciclaram velhas ideias em algumas musicas. “Forever Now”, por exemplo, é uma nova opera-rock de quase 7 minutos construída por diferentes suítes. Estrutura explorada em “Jesus of Suburbia”. “Ordinary World” é mais uma balada voz/violão, assim como foi “Time Of Your Life”. Como podem notar, as referências existem, mas não vejo isso de maneira negativa. Se as canções foram criadas pela mesma mente, acho normal que exista alguma relação entre seus álbuns. E isso ocorre com frequência na discografia de 90% dos artistas.

As críticas política-sociais aparecem em diversas letras, algo sempre bem vindo. A ideia da faixa-título nasceu dois anos atrás, na cidade de nova Iorque, depois que o cantor Billy Joe Armstrong se infiltrou no Black Matter Protest, uma manifestação contra a violência policial em relação à comunidade negra. “Estava no meu carro, fazendo o trajeto do Brooklyn à Manhattan e haviam aqueles protestantes, sobre o que havia ocorrido em Fergunson, segurando o trafico. Saí do carro e marchei junto com eles durante um tempo. Estive observando, reparando no que acontecia e acabei escrevendo sobre isso”, explicou o músico para a Rolling Stone americana.  “Troubled Times” retrata a ideia de se viver em um mundo com forte racismo (algo muito forte na cultura norte-americana) e desigualdade financeira.

Há também algumas questões pessoais. “Somewhere Now”, fala sobre enfrentar seus próprios demônios e foi escrita após o cantor sair de um rehab, enquanto “Youngblood” é dedicada à sua esposa Adrienne.

É bem capaz que vários críticos malhem o álbum. Seus fãs, entretanto, irão se empolgar com o novo CD. Desde o já citado American Idiot que os músicos não vinham com um álbum tão consistente. As músicas, em sua maioria, continuam sendo curtas. Os refrãos pop continuam. As linhas vocais seguem o mesmo padrão. Enfim, trazem tudo aquilo que seus seguidores esperam. Se você curte a banda pode ir sem medo. Ótimo disco!

Nota: 8,0 / 10,0
Status: Fiel

Faixas:
      01)   Somewhere Now
      02)   Bang Bang
      03)   Revolution Radio
      04)   Say Goodbye
      05)   Outlaws
      06)   Bouncing Off The Wall
      07)   Still Breathing
      08)   Youngblood
      09)   Too Dumb To Die
      10)   Troubled Times
      11)   Forever Now 
      12)   Ordinary World