segunda-feira, 9 de março de 2015

Graveyard – Lights Out (2012):


Por Davi Pascale

Terceiro álbum dessa que é considerada uma das novas revelações do rock. Bastante influenciado pelo hard rock setentista, grupo tem de tudo para agradar aos amantes do gênero.

Alguns dias atrás, escrevi sobre o Blues Pills e comentei que havia uma nova cena de rock n roll vindo com força. Graveyard é mais um desses conjuntos que estão começando a serem aclamados no exterior. Algumas de suas inspirações sãos as mesmas: Cream, Led Zeppelin. Aqui há um pouquinho de Black Sabbath também. A sonoridade, contudo, é bem distinta. Com guitarra um pouco menos suja, vocal mais grave.  

Assim como o grupo da semana passada, esses rapazes vieram da Suécia, dessa vez de Gothenburg. Os músicos iniciaram a atividade em 2006. O guitarrista/vocalista Joakim Nilsson e o baixista Rikard Edlund, vieram do mesmo conjunto: Norrsken. É possível que alguns de vocês já tenham lido esse nome por aí, já que suas cinzas também renderam o nascimento do Witchcraft. Antes de iniciaram o Graveyard, contudo , criaram o Albatross. Uma banda de blues rock que não foi pra frente. Resolveram se reunir então com o guitarrista/vocalista Truls Mörck e o baterista Axel Sjöberg e estava formado o grupo.

Lights Out ainda é seu mais recente trabalho. Em 2013, os caras fizeram uma turnê européia dividindo os palcos com o Soundgarden, já promovendo esse disco. Essas apresentações ajudaram a trazer um pouco mais da atenção da imprensa para os meninos que já vinham se destacando na cena, desde seu álbum anterior, Hisingen Blues.

Grupo fez uma série de shows ao lado do Soundgarden em 2013

Ainda que tenham declarado à Rolling Stone dos Estados Unidos que nunca tenham tido a pretensão de soar como um grupo setentista, é quase impossível não fazer alguma associação com os conjuntos da época, enquanto ouvimos o álbum. A própria capa tem uma ideia similar à do álbum Look At Yourself do Uriah Heep. “An Industry Of Murder” nos remete aos primeiros anos de Black Sabbath, tem um ‘q’ de Blue Cheer também. “The Suits, The Law And The Uniform” aposta naquela sonoridade hard/blues que o Free fazia tão bem, porém com uma pegada mais moderna. Há algumas baladas com uma cara meia psicodélica que permeiam o disco como “Slow Motion Countdown” ou “20/20”. Entretanto, são os momentos mais rock n´roll que me chamaram a atenção mesmo.

Não é de hoje que se faz essa sonoridade setentista com uma cara mais moderna. Grupos como Wolfmother, Hellacopters, The Donnas, entre outros, já apostavam nessa cartilha. Portanto, não é raro notar algumas semelhanças com alguns desses artistas também durante a audição. O trabalho de guitarra e bateria de “Fool In The End” e refrão de “Goliath”, por exemplo, me remeteram bastante à algumas canções dos Hellacopters. Ao que tudo inidica, temos uma cena bastante promissora vindo por aí. Vale a pena ficar ligado!

Nota: 8,0 / 10,0
Status: Empolgante

Faixas:
      01)   An Industry Of Murder
      02)   Slow Motion Countdown
      03)   Seven Seven
      04)   The Suits, The Law & The Uniforms
      05)   Endless Night 
      06)   Hard Times Lovin´
      07)   Goliath
      08)   Fool In The End
      09)   20/20 (Tunnel Vision)

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