Por Davi Pascale
Coal Chamber está de volta! Dez
Fafara resgata antigo grupo, mas não a antiga sonoridade. Novo álbum demonstra
uma banda mais pesada, mais agressiva e com composições acima da média. Até
agora, um dos melhores discos do ano.
Quem viveu os anos 90 viu, ao
menos, 4 movimentos dominarem a parada rock. Todos eles repletos de polêmicas.
Na primeira metade da década tivemos o grunge e o britpop. Depois, tivemos o
rock industrial e o nü-metal. Se no
início da década, a explosão do grunge deixava os fãs do hair metal próximos à
vera-verão, no fim da década foi a vez dos headbangers se descabelarem com a
explosão de grupos que eram rotulados de metal, ao mesmo tempo em que faziam
sons mais experimentais. Não era raro, cruzarem com elementos eletrônicos ou
com o hip-hop. Entre os grandes destaques da cena estavam o Korn, o Deftones, o
Limp Bizkit (pelo menos, nos primeiros discos) e o Coal Chamber.
Embora aqui no Brasil, o mimimi
fosse intenso; fora de nosso país, a realidade era bem diferente. Se aqui em
nosso país, as publicações de heavy metal viravam as costas para o gênero e
ficavam de mimimi nas resenhas, fora do país, muitos grupos eram capa das
publicações especializadas. Sem contar que vários nomes da cena se fortaleceram
participando do festival Ozzfest. Os
dois primeiros álbuns do Coal Chamber – Coal
Chamber e Chamber´s Music – são considerados
clássicos do gênero.
Grupo retorna com sonoridade mais pesada e direta |
Enquanto o grupo esteve na
geladeira, Dez Fafara criou o (ótimo) Devildriver com uma sonoridade mais
direta e agressiva. Muitos que adoravam odiá-lo passaram a comprar seus discos
e idolatrar o rapaz. Escutando Rivals
fica claro que ele quer, finalmente, unir os dois públicos. O novo trabalho há
alguns elementos que nos lembram a década de 90, mas está longe de ser um trabalho
nostálgico.
Há alguns elementos (como linhas
de baixo e levadas de bateria) que nos remetem ao movimento, mas não é um álbum
típico do gênero. O som está bem na cara. Extremamente pesado. Guitarra com
afinação lá embaixo, bateria na cara. A sonoridade nu-metal se faz presente em “Suffer
In Silence” que conta com a participação especial de Al Jourgensen (Ministry) e,
em especial, na faixa “The Bridges You Burn” que conta com um arranjo altamente
influenciado por Korn. “Another Nail In The Coffin” traz os vocais declarados,
só que com uma linguagem mais próxima de Slipknot do que de Limp Bizkit. É nítido,
durante a audição, que as experimentações diminuíram.
Os vocais limpos também diminuíram.
Dez está cantando, na maior parte do tempo, de uma maneira mais agressiva, meio
Sepulturawannabe. Está mais próxima dos discos do Devildriver do que dos discos
antigos do Coal Chamber. Eles fizeram uma releitura de como seria o Coal
Chamber hoje se nunca tivesse parado. A banda está olhando para frente e não
para trás. Os grandes
destaques ficam por conta de “Empty Handed”, “Over My Head”, “Bad Blood Between
Us”, além das já citadas “The Bridges You Burn” e “Another Nail In The Coffin”.
Para ouvir no talo!
Nota: 9,0/10,0
Status: Empolgante
Faixas:
01)
I.O.U.
Nothing
02)
Bad
Blood Between Us
03)
Light
In The Shadows
04)
Suffer
In Silence
05)
The
Bridges You Burn
06)
Orion
07)
Another
Nail In The Coffin
08)
Rivals
09)
Wait
10)
Dumpster
Dive
11)
Over
My Head
12)
Fade
Away (Karma Never Forgets)
13)
Empty
Handed
Nenhum comentário:
Postar um comentário