Por Davi Pascale
Acompanho o Vivian Campbell já
tem algum tempo, mas só descobri essa banda agora. Os caras soltaram um novo
álbum chamado California, que ainda
não tive a oportunidade de ouvir, e fui pesquisar sobre. Descobri que o grupo
fez sua estreia em 1990, já contando com as guitarras de Campbell e retornaram
à ativa com esse EP de 2011, que comento hoje. Assim que ouvir o novo trabalho,
escreverei por aqui, mas vamos nos concentrar agora nesse...
Acredito que muitos correrão
atrás da banda por conta da participação do famoso guitarrista. Afinal, além de
empunhar as guitarras do Def Leppard desde 1992, o rapaz chegou a trabalhar com
outros grandes nomes do rock como Thin Lizzy, Dio e Whitesnake. Entretanto, já
devo avisá-los: não esperem um trabalho pesado, nem um trabalho guiado por
guitarras. Ao menos nesse disco, o trabalho do Riverdogs apresenta um som
limpo, bastante melódico, onde o grande destaque acaba sendo o vocalista Rob
Lamonthe.
Não conhecia muito o trabalho de
Rob. A única referencia que tinha dele eram os vocais de “The River” no álbum
solo de Greg Chaisson (Badlands). Gostei muito do seu timbre de voz que me remeteu
à bandas como Mr Big e Lynch Mob. Embora não cante tão alto quanto, seu timbre
vai meio nessa onda. Aparenta ser um grande vocalista. O baterista Marc
Danzeisen ficou conhecido por seu trabalho ao lado de Gilby Clarke (Guns n
Roses), já o Nick Brophy sempre foi o cara de frente no Riverdogs.
Esse material teve início em
2003, assim que resolveram retornar à ativa, mas por algum motivo as gravações
foram engavetadas e os músicos só voltaram a mexer nesse material 8 anos
depois. A única mais pesadinha é justamente a faixa-título. Responsável por
abrir o CD, a faixa traz um ar meio moderno e já deixa claro algumas
características da banda. Conta com uns backing vocals meio Beatles e um solo
de guitarra curto e simples. Características que seguem em todo o álbum.
“Big Steel Town” é bem simpática. Soa como um
feliz cruzamento entre Collective Soul e Goo Goo Dolls. “Just a Little
Higher” traz os violões guiando a faixa, mas para os fãs do hard rock L.A.
(sim, essa banda é de Los Angeles), a que trará maior satisfação será
justamente “For You”, quem embora também traga uma mixagem moderna é guiada por
um riff meio bluesy. Elemento que os fãs da cena curtem bastante.
Sinto que poderiam deixar
Campbell um pouco mais solto. Entendi que a proposta é não ser um grupo
exibicionista, o que não considero ruim, mas é de chorar quando ouvimos um solo
tão bonito quanto ao que criou em “This Empty Room” terminar tão rápido.
Poderiam deixar que o garoto solasse um pouco mais. Bem... Talvez isso aconteça
nos shows.
Para quem não está preocupado com
esses detalhes e quer apenas ouvir um bom álbum de rock n roll, o disco atende
bem o propósito. O material é bem gravado, bem tocado e as músicas são boas. “Glitter
Town” traz uma pegada bem rock n roll e conta com um bom refrão. “Best Day of
My Life” também é bem interessante. O único senão foi a regravação de “No
Matter What” (Badfinger). Certamente, não ficou ruim, mas também não é algo
memorável. Serve mais como uma curiosidade mesmo.
World Gone Mad é um trabalho melódico, calmo, moderno, porém muito
bem feito. Os arranjos são muito bem resolvidos e, como já deu para sentir, os
músicos são de primeira. Vale uma checada...
Nota: 7,5 / 10,0
Status: Bem resolvido
Faixas:
01)
World Gone Mad
02)
Big Steel Town
03)
Best Day Of My Life
04)
Just a Little Higher
05)
For You
06)
This Empty Room
07) Glitter Town
08) No Matter What
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