domingo, 19 de janeiro de 2014

Kamelot - Silverthorn

Por Rafael Menegueti

Kamelot - Silverthorn
A poucas semanas de mais um show dos mestres do power metal sinfônico, Kamelot, no Brasil, vamos falar do mais recente trabalho da banda, o álbum “Silverthorn”, lançado em 2012. Este álbum marca a estréia do vocalista sueco Tommy Karevik na banda. Ele tem a difícil tarefa de substituir Roy Khan.

Difícil tarefa mesmo! Afinal, não é fácil substituir um vocalista em nenhuma banda. Isso porque os fãs criam uma identificação muito forte com a voz dos vocalistas. De modo que, quase sempre, quando uma mudança ocorre, o novo vocalista vira alvo de inúmeros julgamentos por parte dos fãs. E muitas vezes, eles acabam sendo massacrados, simplesmente por não serem como seus antecessores. E não seria Tommy que escaparia disso.

Não há como negar. É bastante perceptível a diferença de estilos entre Roy Khan e Tommy Karevik. O primeiro tinha uma voz mais marcante, enquanto o novo tem como principal qualidade o timbre mais suave e um ótimo domínio técnico. No meu ponto de vista, Tommy é um substituto a altura de Roy, embora sua entrada no grupo marque um novo estilo para os mesmos.

“Silverthorn” é um disco bom, com músicas agradáveis e arranjos bem trabalhados. Mas, comparado aos álbuns anteriores da banda, é bem mais contido. A impressão que se tem é a de que as músicas poderiam oferecer mais. Poderia ter sido mais ousado. Parece que eles tiveram receio de inovar e frustar os fãs. Mas isso não chega a tornar o disco chato, de modo algum.

O fato é que esse álbum tem excelentes faixas, como “My Confession”, “Sacrimony (Angel of Afterlife)”, “Torn” e “Prodigal Son”. Também não decepcionam as baladas “Song for Jolee” e “Falling Like the Fahrenheit”. As participações especiais de Elize Ryd (Amaranthe), Alissa White-Gluz (The Agonist), e também do quarteto de violinistas Ekipse foram muito bem incluídas.
Os membros do Kamelot, com Tommy Karevik ao centro
Assim como em outros trabalhos anteriores, esse disco conta uma historia. No caso, de uma garota chamada Jolee, que viveu no século XIX e morreu em um acidente presenciado pelos irmãos, e se torna uma anjo da vida após a morte. A capa do disco mostra a imagem de Jolee como uma adulta em espírito. Embora você precise prestar bastante atenção nas letras para conseguir captar essas referencias, isso deixa o disco mais interessante e dá um significado às composições.

Mesmo que “Silverthorn” não esteja entre os melhores álbuns do Kamelot, vale conferir. Isso porque ele mostra uma banda em um novo caminho, com músicas interessantes e um novo e talentoso vocalista. Pode até ser que você estranhe tantas diferenças, mas definitivamente ele vai agradar os seus ouvidos

Nota: 6,5/10
Status: Inspirador

Faixas:
1 "Manus Dei"
2 "Sacrimony (Angel of Afterlife)"
3 "Ashes to Ashes"
4 "Torn"
5 "Song for Jolee"
6 "Veritas"
7 "My Confession"
8 "Silverthorn"
9 "Falling Like the Fahrenheit"
10 "Solitaire"
11 "Prodigal Son"

12 "Continuun"


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